A Entrevista com Psicólogo

CASO

Mallory Murray não tem muita experiência em trabalho em equipe. Recém-formada na University of Alabama, seu programa tinha se focalizado basicamente em projetos individuais e realizações. A pouca exposição que teve a equipes foi em seus cursos de comportamento organizacional, pesquisa de mercado e formulação de estratégias. Quando foi entrevistada pela ThinkLink, uma firma de software educacional na flórida, ela não deu muita atenção ao fato de que a ThinkLink fazia intenso uso de equipes de funcionalidade cruzada. Durante as entrevistas no local de trabalho, ela disse aos entrevistadores e gerentes que tinha experiência limitada com equipes. Porém disse a eles que trabalhava bem com outras pessoas e achava que poderia ser uma jogadora de equipe eficaz. Infelizmente, Mallory Murray estava errada.

Mallory entrou para a ThinkLink como gerente assistente de marketing para os programas centrados em escolas secundárias da empresa. Estes são essencialmente programas se software projetados para ajudar alunos a aprender álgebra e geometria. O chefe de Mallory é Lin (gerente de marketing). Os outros membros da equipe com quem ela trabalha atualmente incluem Todd (programador sênior), Laura (publicidade), Sean (vice-presidente de marketing estratégico), Joyce (co-fundadora da ThinkLink, que agora trabalha meio expediente na empresa e que antes era professora de matemática de segundo grau; é a líder formal deste projeto) e Gray (consultor Pedagógico).

Depois de sua primeira semana no emprego, Mallory estava pensando seriamente em pedir demissão. “nunca imaginei como seria difícil trabalhar com pessoas que fossem tão agarradas a suas ideias e competitivas”. Cada decisão parece um concurso de poder. Sean, Joyce e Gray são especialmente problemáticos. Sean acha que sua posição lhe dá o direito à última palavra. Joyce acha que suas opiniões deveriam ter mais peso porque ela foi um instrumento na criação da empresa. E Gray vê todos como menos instruídos do que ele. Como ele presta consultoria para várias empresas de software e distritos escolares, Gray é um ‘sabe-tudo’. Para piorar as coisas, Lin é passivo e silencioso. Ele raramente fala nas reuniões e parece querer evitar quaisquer conflitos.

“O que torna o meu trabalho especialmente difícil”, continua Mallory, “é que não tenho quaisquer responsabilidades específicas no trabalho. Parece que alguém mais está sempre interferindo com o que estou fazendo ou me dizendo como fazê-lo. Nossa equipe tem sete membros – seis chefes e eu”!

A equipe de projetos na qual a Mallory está trabalhando tem um prazo para cumprir de seis semanas. Atualmente a equipe está pelo menos com duas semanas de atraso. Todos estão cientes de que há um problema, mas ninguém parece capaz de resolvê-lo. O que é particularmente frustrante para Mallory é que nem Lin nem Joyce estão mostrando qualquer liderança. Lin está preocupado com alguns projetos e Joyce não parece controlar as fortes personalidades de Sean e Gray.

 Fonte: ROBBINS, Stephen. Comportamento Organizacional. Rio de janeiro, LTC, 1999, pp. 295-296.

QUESTÕES

1. Explique qual é a principal intenção de como lidar com conflitos utilizada por Sean, Joyce e Gray em sua equipe. Explicar cada uma fundamentando de acordo com a teoria vista na disciplina. (3,0 pontos)
2. O que é uma equipe de funcionalidade cruzada? Justifique sua resposta. (2,0 pontos)
3. Explique como os impactos dos conflitos da equipe podem afetar as variáveis dependentes da ThinkLink. (3,0 pontos)
4. Qual o comportamento político dos colaboradores apresentado no texto? Justifique sua resposta. (2,0 pontos)