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A Era da Indústria

Por:   •  19/9/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.141 Palavras (5 Páginas)  •  95 Visualizações

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A Era da Indústria 4.0: uma análise crítica sob a perspectiva da psicologia organizacional e do trabalho

Discentes: Alef Moura de Oliveira Clayton Toste de Porencio Deise Cristina Daniel Campos Mariana Isabel da Silva Marlone Marley Ferreira Alves Miriam Kelly Correa Neves Rafaela Fernanda da Mata Thiago Michel Pereira Silva Valdêmia Fabiana Ferreira

Docente: Rachel Ferreira Sette Bicalho Disciplina: Psicologia Organizacional e do Trabalho

6º período de psicologia – Noite

A Era da Indústria 4.0: uma análise crítica sob a perspectiva da psicologia organizacional e do trabalho

Trabalho avaliativo da 1ª etapa apresentado ao curso de psicologia da Faculdade Arnaldo Janssen.

Docente: Rachel Ferreira Sette Bicalho

A Era da Indústria 4.0: uma análise crítica sob a perspectiva da psicologia organizacional e do trabalho

A Indústria 4.0, também conhecida como a Quarta Revolução Industrial, iniciou-se nos anos 2011 numa feira em Hanover, Alemanha, com a apresentação de tecnologias avançadas dentro das empresas, como Inteligência Artificial (IA), robótica/automação, internet das coisas, big data, cybersegurança, digitalização, integração de sistemas e computação em nuvem, e isso vem mudando as formas de produção e de trabalho, bem como exigindo da sociedade muita inovação, eficiência e customização na operação de novas tecnologias.

Essa revolução trouxe impactos sociais significativos no mercado de trabalho, com o surgimento de novas profissões ligadas à tecnologia, maior conectividade e acesso à informação, maior privacidade e segurança digital dos usuários, e, claro, o aumento da capacidade produtiva das pequenas, micro e médias empresas.

Segundo o levantamento realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), cerca de 30 novas ocupações em oito setores ganharão relevância nesse mercado nos seguintes segmentos: automotivo; alimentos e bebidas; máquinas e ferramentas; petróleo e gás; têxtil e vestuário; química e petroquímica; tecnologias da informação e comunicação, e construção civil.

As novas formas de trabalho, como o home office, a flexibilização de horários, o uso de tecnologias colaborativas e a demanda por habilidades sociais já podem ser visualizadas na prática, promovendo a digitalização das atividades industriais e aumentando a produtividade dos colaboradores.

Importante ressaltar que a pandemia da COVID-19 acelerou o avanço tecnológico e impulsionou o processo de implementação da indústria 4.0 no mundo dos negócios.

No que tange ao impacto econômico, estima-se que o ganho pode alcançar US$ 210 bilhões caso o país crie condições para acelerar a absorção das tecnologias relacionadas, o que depende de melhorias no ambiente de

negócios, na infraestrutura, nos programas de difusão tecnológica, no aperfeiçoamento regulatório, por meio de desenvolvimento de políticas públicas e estruturas de governança de tecnologia. O nível de heterogeneidade da indústria brasileira exigirá que as políticas sejam adaptadas para diferentes conjuntos de setores e de empresas, que assumirão velocidades e condições diferenciadas.

Além disso, estima-se que, até 2025, os processos relacionados à Indústria 4.0 poderão reduzir custos de manutenção de equipamentos entre 10% e 40%, reduzir o consumo de energia entre 10% e 20% e aumentar a eficiência do trabalho entre 10% e 25%.

No entanto, diante do atual cenário social do Brasil, onde há desemprego estrutural, desigualdade social e escassez de mão-de-obra qualificada, essas novas formas de trabalho e de produção poderão contribuir com a demissão em massa e a redução de postos de trabalho em virtude da substituição do trabalho manual por máquinas tecnológicas e inteligentes. Em consequência disso, o trabalho feito por mãos humanas que ainda permanecem na empresa será mais automatizado, no qual o trabalhador será apenas mais uma “máquina auxiliar” dentro de um sistema, realizando as atividades por meio de estímulos de um equipamento, sem nenhum real poder de decisão, tornando o seu trabalho insignificante, desmotivador e minando o sentido que o trabalho traz à humanidade.

O homem não é um ser universalizado, vindo de uma mesma fábrica, com manuais para montagem e funcionamento. Há um indivíduo cuja sua subjetividade opera sob e sobre fatores econômicos, sociais, culturais, políticos e históricos, e que influenciam suas escolhas, e sua forma de ver e de reagir com o mercado de trabalho vigente. Nem todos têm igual acesso às novas tecnologias e oportunidades, o que aumenta a divisão entre aqueles que se beneficiam das inovações e os que são deixados para trás, emergindo, ainda mais, a desigualdade social e o adoecimento psíquico já existente no Brasil.

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