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A Hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, da qual o agente etiológico é o Mycobacterium leprae

Por:   •  24/10/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  760 Palavras (4 Páginas)  •  442 Visualizações

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Descrição da doença

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, da qual o agente etiológico é o Mycobacterium leprae (M. Leprae). Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos (alta infectividade), mas poucos adoecem (baixa patogenicidade). A doença agride principalmente pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado ao poder imunogênico do M. leprae.

A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade. As referências mais remotas datam de 600 a.C. e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, são consideradas o berço da doença. A melhoria das condições de vida e o avanço do conhecimento científico modificaram o quadro da hanseníase, que há mais de 20 anos tem tratamento e cura. No Brasil, no período de 2007 a 2011, uma média de 37.000 casos novos foram detectados a cada ano, sendo 7% deles em menores de 15 anos. (Achei importante e não consegui mudar nada)

Sintomas: Os sintomas da hanseníase são:- Formigamentos, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo; diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).

Agente etiológico: O M. leprae é um bacilo álcool-ácido resistente, em forma de bastonete. É um parasita intracelular obrigatório, uma espécie de microbactéria que infecta nervos periféricos, especificamente células de Schwann – são células que envolvem alguns tipos de neurônios, costumam enrolar-se em torno do axônio, formando a bainha de mielina. Esse bacilo não cresce em meios de cultura artificiais, ou seja, in vitro.

Modo de transmissão: A hanseníase é transmitida principalmente pelas vias áreas superiores, por contato próximo e prolongado de uma pessoa vulnerável com a pessoa já infectada.

Período de incubação: A hanseníase demonstra longo período de incubação; em média, de 2 a 7 anos. Há relatos de períodos mais curtos, de 7 meses, e também de mais longos, 10 anos.

Transmissibilidade: Os doentes com Paucibacilares (PB), não são considerados importantes como fonte de transmissão da doença, devido à baixa carga bacilar. Os doentes Multibacilares (MB), todavia, faz parte do grupo contagiante, assim se mantendo como fonte de infecção, enquanto não se inicia o tratamento específico.

Suscetibilidade e imunidade: Como em outras doenças infecciosas, a conversão de infecção em doença depende de interações entre fatores individuais do hospedeiro, ambientais e do próprio agente. Mas na hanseníase o estado de infecção ainda não foi claramente estabelecido. A história natural da doença mostra que existe uma forma de alta resistência à infecção pelo bacilo, hanseníase HT, na qual há manifestações em relação à exacerbação da resposta imunecelular, com limitação de lesões, formação de granuloma bem definido e destruição completa dos bacilos. Mas também pode ocorrer a forma de alta suscetibilidade, hanseníase virchowiana - HV, onde ocorre uma deficiência da resposta imunecelular, com excessiva multiplicação de bacilos e disseminação da doença para o tecido nervoso e vísceras. Entre estas duas formas polares, estão as formas instaveis da doença:  hanseníase dimorfa - HD, podendo permanecer como dimorfa ou apresentar características tuberculoide ou virchowiana.

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