A História Da Psicanalise No Brasil
Por: Ian Andrade • 1/11/2023 • Trabalho acadêmico • 664 Palavras (3 Páginas) • 68 Visualizações
O desenvolvimento da profissão de psicologia no Brasil, pode ser dividido em
três principais períodos: pré-profissional (1833-1890); profissionalização (1890/1906-
1975) e profissional (1975).
No período pré-profissional, era crescente o interesse da elite brasileira pela
produção e aplicação de saberes psicológicos. Com a chegada da Família Real, em
1808, e a independência do país, em 1822, houve um maior interesse por essa área que
acarretaram em investimentos na educação, em especial a medicina, visando o
desenvolvimento desses saberes psicológicos. Nas faculdades, os médicos apresentavam
um grande interesse pelos assuntos psicológicos, produzindo teses de doutoramento
acerca do tema.
No período de profissionalização, a Reforma Benjamim Constant (1890)
incorporou a disciplina de psicologia nos currículos das Escolas Normais. Isso foi
importante para o desenvolvimento da profissão, pois deu início ao processo de
institucionalização da psicologia.
Houve a incorporação da psicologia no currículo dos cursos de pedagogia e a
criação dos laboratórios experimentais que constituíram-se em vias trilhadas para a
profissionalização do psicólogo no Brasil.
Em 1932, o Decreto-Lei nº 21.173 transformou o Laboratório da Colônia de
Psicopatas no Instituto de Psicologia da Secretaria de Estado de Educação e Saúde
Pública. Ao Instituto caberia realizar pesquisas científicas, ser um centro de aplicação e
uma escola superior de psicologia. O objetivo desta escola seria o de formar os
primeiros profissionais de psicologia. No entanto, apesar do decreto, o Instituto foi
fechado em menos de um ano.
A formação profissional do psicólogo, como hoje está organizada, em
estabelecimento de nível superior e com currículo majoritariamente dedicado à
psicologia, foi iniciada em 1957, tanto no Rio quanto em São Paulo. Na capital da
República, o curso pioneiro funcionou na Pontifícia Universidade Católica. Já em São
Paulo, o curso de psicologia foi criado, pela lei estadual nº 3.862, começando a
funcionar na USP em 19588 (Penna, 1992).
Vale ressaltar que o processo de industrialização, sobretudo no governo de
Getúlio Vargas, abriu um novo espaço no mercado de trabalho para a psicologia. Além
disso, a regulamentação da profissão de psicologia no Brasil foi um marco significativo
para a área. Isso ocorreu por meio da Lei nº 4.119, em 27 de agosto de 1962, que
estabeleceu as bases legais para o exercício da profissão. Essa lei estabeleceu um
currículo mínimo para as instituições de ensino formarem seus alunos e também definiu
normas para a atuação profissional.
Algumas funções legais deram ao psicólogo a possibilidade de trabalhar em
diferentes
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