A INFLUENCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA REDUÇÃO DO ESTRESSE EM ESTUDANTES

Prática Integrativa V Universidade de Fortaleza Novembro de 2014

Diagnóstico de esquizofrenia paranóide: uma discussão em psicanálise e em psiquiatria.

Autores: Juliana Corrêa da Silva, Filipe Barbosa Teixeira.

Professor Orientador: Thiago Costa

Palavras-chave: Anamnése. Diagnóstico. Esquizofrenia Paranóide. Psicanálise. Psiquiatria.

Resumo

Este trabalho foi realizado a partir da cadeira de prática integrativa V da Universidade de Fortaleza, onde realizamos visitas em uma instituição psiquiátrica pública localizada em Fortaleza-CE. Foram coletados dados através de anamnése e entrevistas realizadas com uma paciente do sexo feminino, de 28 anos, que estava internada na instituição. O propósito desta pesquisa é a partir da sintomatologia apresentada pela paciente psiquiátrica fazer interlocuções teóricas, com embasamento da abordagem psicanalítica e com os manuais de diagnóstico, DSM IV e CID 10. Foi uma experiência gratificante e rica de novos conhecimentos e aprendizado, levando em consideração que a teoria passa a sair do papel e a ser vivenciada na realidade, dando assim preparação e segurança ao futuro profissional da área da psicologia.

Introdução

Este trabalho é decorrente de uma pesquisa feita para a disciplina de Prática integrativa V, do curso de Psicologia, da Universidade de Fortaleza, que tem como objetivo geral, o de analisar dados clínicos e processos psicológicos de pacientes de instituições de saúde mental, utilizando-se de técnicas de entrevista e de anamnese, com o propósito de levantar hipóteses diagnósticas. Como objetivo específico de conhecer a história de vida e o processo de adoecimento dos pacientes internados em um hospital de saúde mental.

A pesquisa foi realizada em um Hospital Psiquiátrico, com uma paciente do sexo feminino. A instituição visitada é localizada no município de Fortaleza, compõe a estrutura organizacional da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. É referência para o atendimento em psiquiatria no Estado do Ceará, integrante da rede hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS).

A pesquisa tem a importância de entender os processos de adoecimentos que acometem os sujeitos, a suas manifestações, as sintomatologias apresentadas e a importância da família e de profissionais qualificados frente a esse processo de aceitação e tratamento da doença.

Este trabalho de pesquisa tem como relevância poder relacionar o que se é observado e colhido na anamnése com as teorias vistas nas disciplinas de psicopatologia, ofertadas pelo curso de psicologia. A referida pesquisa terá como base teórica a abordagem psicanalítica e os manuais de diagnóstico, DSM IV e CID 10.

Metodologia

Para a construção deste trabalho a equipe se dirigiu ao Hospital Mental X com o intuito de realizar uma pesquisa qualitativa em uma determinada paciente internada na instituição visitada. A visita na instituição se deu pelo motivo de não necessitarmos apenas medir ou enumerar os resultados aprimorados e sim obter um contato direto com o sujeito em crise, e portador de um adoecimento mental.

Segundo Godoy (1995, pág. 58) a pesquisa qualitativa não procura enumerar e/ou medir os eventos estudados, nem emprega instrumental estatístico na análise dos dados, esta obtém seus resultados descritos a cerca de pessoas e lugares através do contato direto do pesquisador com a situação estudada.

É importante mencionarmos os escritos de Leitão (2008) apud Bogdan & Biklen (1994) para melhor explicar a utilização da pesquisa qualitativa, os mesmos afirmam que:

“Os investigadores qualitativos tentam interagir com seus sujeitos de forma natural, não intrusiva e não ameaçadora. Como os investigadores estão interessados no modo como as pessoas normalmente se comportam e pensam nos seus ambientes naturais, tentam agir de modo que as atividades, que ocorrem na sua presença não difiram naquilo que se passa na sua ausência” (LEITÃO 2008 apud. BOGDAN & BIKLE, 1994 pág. 68).

Durante a pesquisa qualitativa, o que nos interessa são os significados que o paciente da para os eventos de sua vida, segundo Godoy “Do ponto de vista metodológico, a melhor maneira para se captar a realidade é aquela que possibilita o pesquisador colocar-se no papel do outro, vendo o mundo pela visão dos pesquisados” (GODOY apud. BLUMER, 1995, pág. 61).

Para abordar a paciente o grupo aderiu às técnicas da entrevista semi-estruturada, isto porque esta se dá na forma de uma conversação, porem com foco em determinados assuntos descritivos. Para Triviños (1987, p. 146) a entrevista semi-estruturada tem como característica questionamentos básicos que são apoiados em teorias e hipóteses que se relacionam ao tema da pesquisa. Os questionamentos dariam frutos a novas hipóteses surgidas a partir das respostas dos informantes.

Também fora utilizado um pequeno roteiro para guiar a entrevista, porém pela flexibilidade que este tipo de recurso à equipe não ficou presa apenas a este, e tivemos liberdade de questionar ou nos aprofundar sobre os assuntos que julgávamos mais importantes durante nossas visitas.

Efetuamos três entrevistas no Hospital Mental de Messejana com uma paciente, V.A Esta possui 28 anos, cabelos escuros e duas tatuagens. Realizamos nossas entrevistas no pátio de uma das alas do hospital, V.A mostrou de inicio disposta a conversar. Coletamos dados de sua historia de vida, inicio dos sintomas, motivo da internação, relacionamento com a família, estadia no hospital dentre outros.

Para a coleta destes, além da entrevista semi-estruturada, fomos instruídos a utilizar as técnicas de entrevista por anamnese e observação de comportamentos manifestados pela paciente nos momentos das entrevistas. Santos, fala que:

“A anamnese, na prática clínica, consiste na rememoração dos eventos pregressos relacionados à saúde, na identificação dos sintomas e sinais atuais, com o intuito principal de fazer entender, com a maior precisão possível, a história da doença atual que traz o paciente à consulta.” (SANTOS, 2010, pág 357).

Utilizamos também como técnica para colher informações da paciente a observação. É importante ser levado em consideração à observação da fala da paciente, a observação da estrutura hospitalar, e do meio em que cerca a paciente. Segundo ALVAREZ (1991. Pág.560), a observação é o “único instrumento de pesquisa e coleta de dados que permite informar o que ocorre de verdade, na situação real, de fato”.

Após o fim das entrevistas fomos autorizados a ter acesso ao prontuário do paciente no hospital para compararmos nossas observações e teorias com o material já coletado anteriormente pelo hospital, assim poderíamos dar nossa parecer sobre o caso, atribuir o melhor tratamento e encaminhamento para a paciente.