A Importância Do Estudo Da Psicologia Para A Formação Do Educador
Dissertações: A Importância Do Estudo Da Psicologia Para A Formação Do Educador. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: MirelyLima • 2/2/2015 • 1.554 Palavras (7 Páginas) • 12.261 Visualizações
‘’ A importância da psicologia da educação na formação de professores’’, tem como objetivo realizar uma análise sobre a importância e as diversas formas que a psicologia da educação tem a função de atuar e orienta a prática docente. Têm sido uma das disciplinas obrigatórias nos cursos de formação de professores.
Por estudar como ocorre o desenvolvimento humano e o processo de ensino e aprendizagem, atribui-se grande importância a essa área da psicologia, que está diretamente ligada à educação e à prática docente .
É fundamental que o professor conheça as condições biológicas, cognitivas, psicológicas, afetivas, e sociais, de seus alunos, a fim de perceber como deve prosseguir no ensino e na convivência com os mesmos.
Abordar a história, os compromissos e as perspectivas da Psicologia Escolar e Educacional significa tratar de três dimensões fundamentais de seu estatuto como área de conhecimento articulada a um campo de prática social. A natureza dessa relação se expressa, pelo menos, em duas dimensões: a psicologia educacional como um dos fundamentos científicos da educação e da prática pedagógica e a psicologia escolar como modalidade de atuação profissional que tem no processo de escolarização seu campo de ação, com foco na escola e nas relações que aí se estabelecem. Dada a complexidade e a multiplicidade dessas questões, seu estudo comporta um amplo espectro de focos possíveis, tornando necessária uma delimitação que implica a opção por alguns caminhos em detrimento de outros, que podem ser abordados em outras oportunidades.
Numa perspectiva mais ampla, poder-se tratar a Psicologia Escolar e Educacional por algumas de suas articulações mais antigas. A Grécia Antiga, entre outras civilizações, constitui-se numa rica fonte de estudos, por sintetizar, em sua produção filosófica, a teoria do conhecimento, as ideias psicológicas e as propostas sistemáticas de educação da juventude e sua correspondente ação pedagógica. É possível, nessa perspectiva, estudar Protágoras e os sofistas, Pitágoras e a escola pitagórica, Sócrates e a maiêutica, Platão e a Academia, Aristóteles e o Liceu, entre muitos outros. Por esse mesmo foco é possível estudar o pensamento medieval, em que filosofia/teologia, educação/pedagogia e ideias psicológicas permaneceram intimamente articuladas. A modernidade trará uma complexidade que amplia muito o espectro de análise dessas relações, proporcionando um campo quase incomensurável de estudos, que estende para a contemporaneidade suas determinações e nela se faz presente. Em última análise, pode-se afirmar que a relação entre psicologia e educação, sobretudo em suas mediações com as teorias de conhecimento, é algo que acompanha a própria história do pensamento humano e constitui-se como complexo e extenso campo de estudo.
O processo de compreensão do humano e suas perspectivas de desenvolvimento podem ser analisados a partir de várias perspectivas e sob o olhar teórico-filosófico tanto das ciências naturais e biológicas quanto das ciências humanas e sociais. Neste artigo, propõe-se apresentar as concepções de quatro autores fundamentais - Skinner, Piaget, Vygotski e Wallon -, que influenciaram decisivamente as compreensões do humano ao longo do século XX. O principal objetivo é apresentar os autores e suas teorias dadas sua importância e inserção na educação. Inicia-se apresentando os conceitos principais de J. B. Skinner e de J. Piaget (representantes das ciências naturais) e, em seguida, apresentam-se os principais conceitos de L. S. Vygotski e H. Wallon (representantes das ciências humanas e sociais). Ao se apresentar as teorias, discute-se sua inserção na educação e suas implicações no desenvolvimento de práticas pedagógicas no interior da escola. O denominado behaviorismo radical de Skinner enfatiza o comportamento humano como objeto de estudo, valorizando os comportamentos observáveis do organismo, reconhecendo a existência de comportamentos encobertos como os pensamentos, sentimentos, cognições, sonhos, etc., denominando-os como eventos que ocorrem "por debaixo da pele humana". A ciência skinneriana assenta-se no conceito do comportamento operante, que é reconhecido como uma "[...] classe de respostas definida pelas relações funcionais do comportamento com suas consequências, com o estado de motivação e com as condições ambientais presentes no momento em que a resposta ocorre" (FIGUEIREDO, 1989, p. 85).
O behaviorismo radical pode oferecer possibilidades educativas importantes, desde que aplicado de forma consciente e voltado à construção de comportamentos que ampliaas capacidades dos estudantes, de forma a garantir espaços de ação para os sujeitos e não de submetê-los passivamente às contingências do ambiente, sobretudo na escola.
A importância da teoria piagetiana na escola considerando seus limites e possibilidades na compreensão do processo de desenvolvimento cognitivo dos indivíduos e reconhecendo-a no seu devir histórico e, portanto, submetida ao movimento dialético de superação por incorporação próprio da ciência. Enfatiza-se, portanto, o seu conhecimento e análise para se pensar nas possibilidades de construção de novos conhecimentos, teorias e métodos a partir dos existentes. A Psicologia Histórico-Cultural tem sua gênese na compreensão marxista-leninista do conceito de atividade, pois é nela que se encontra a essência genérica do homem. A atividade humana é determinada pelas formas e meios de comunicação que são possibilitados pelo processo de desenvolvimento da produção social. A atividade do homem concreto depende do lugar que ele ocupa na sociedade, de sua condição de classe, condições objetivas de vida e das mediações que constituem sua individualidade, instância única e original, reconhecida como síntese de múltiplas determinações (LEONTIEV, 1978a).
A apropriação da teoria vygotskiana passa a ser imprescindível no processo de revisão crítica da escola e de seu papel na formação e construção da subjetividade dos educandos. Tal apropriação, se significativa, possibilitará aos profissionais envolvidos com a educação instrumentos teóricos e metodológicos fundamentais para se rever o currículo, as disciplinas, as sistemáticas de avaliação, os conteúdos, o material didático-pedagógico, as estratégias de ensino, os processos de aprendizagem dentre outras questões próprias da escola e diretamente relacionadas ao processo de desenvolvimento e humanização dos educandos.
Nessa perspectiva, os profissionais da educação poderão desenvolver suas atividades objetivando a elevação
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