A Influência da Família e da Sociedade na Formação da Identidade

Faculdade São Luiz – FSL

Curso de Administração – 1º período - Noturno

Disciplina: Domínio Pessoal e Profissional

Acadêmico: Joatan Cardoso da Silva

A influência da família e da sociedade na formação da identidade

Este trabalho tem como objetivo expor a interferência das metas e projetos da família, da sociedade, dos amigos, da cultura, e das experiências vividas no processo de formação da identidade de uma pessoa.

Um sujeito nasce como se fosse uma página em branco, desde de pequeno é estimulado e pressionado a seguir um padrão de vida, imposta por outras pessoas. Na família os pais desejam que os filhos sigam projetos de vida que eles impõem, seguindo como se fosse a continuação de suas vidas, querem que se tornem aquilo que eles são, e repitam aquilo que eles já fizeram, confrontando assim, com os desejos pessoais do filho e sua individualidade. Por isso destaco o que disse Gaulejac:

“A noção de ‘projeto dos pais’ inclui dois aspectos: de um lado um objetivo a alcançar, de outro uma projeção, isto é, o fato de atribuir ao outro aquilo que vem de si mesmo. O projeto dos pais é a expressão do desejo dos pais para os filhos. O filho é investido do amor que os pais tem pelo filho imaginário, guardado no fundo de si mesmos. Eles o investem da missão de realizar os desejos que eles não puderam satisfazer. O projeto dos pais é de alguma maneira um ‘modelo depositado’ em cada filho.” (Goulejac,1987,pag:)

O indivíduo nem sempre segue os projetos dos pais e sim aquilo que ele define ser o melhor para sua vida e seu futuro. É certo dizer que a identidade da pessoa é um pouco de cada coisa que ela mais se distingue, “supõe que o sujeito escolha uma identificação e renuncie às outras, que ele aceite a separação, uma ruptura.” Kristeva (1987).

No decorrer da vida o indivíduo constitui sua identidade de acordo com aquilo que ele mais se identifica, como por exemplo, turma de escola, estilo, amigos, músicas, enfim, a partir daí segue os caminhos que mais lhe identificam, extraindo de cada um a essência daquilo que mais lhe afeta. Freud (1921-1973) define o processo de identificação como “Processo psicológico pelo qual um indivíduo assimila um aspecto, uma propriedade, um atributo do outro e se transforma, total ou parcialmente, segundo o modelo desta pessoa.”

       De acordo com os argumentos, conclui-se que então que a constituição da identidade de um indivíduo se dá através de tudo aquilo que o ser vivencia, ouve, de todas as experiências e de tudo aquilo que lhe apetece extrair de pessoas próximas, adicionando isso na formação do seu “eu”.

REFERÊNCIAS

SESTREN, Gisele; SOARES, Dulce Helena Penna. A Trajetória Sócio-Profissional. São Paulo: Ed. Vetor, 2007.

COLTINHO, Maria Chalfin; KRAWULSKI, Edite; SOARES, Dulce Helena Penna. Identidade e trabalho na contemporaneidade: Repensando articulações possíveis. V 19, Edição especial, 2007.

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