A Interpretação dos Sonhos

Trabalho de Conclusão de Módulo I Aplicado ao Curso Livre de Capacitação em Psicanálise

8º Módulo

Interpretação dos Sonhos

Piracicaba

2016

Geziel Oliveira Barros

8º Módulo

Interpretação dos Sonhos

Os Sonhos na Visão Freudiana

Trabalho apresentado para atender a avaliação da disciplina de Interpretação dos Sonhos, ministradas pela Prof. Orfeu Cairolli,

Referente ao 8º módulo do Curso Livre de Capacitação em Psicanálise.

Piracicaba

2016

Geziel Oliveira Barros

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SUMÁRIO

Introdução...............................................................................................................3

1.  Processos de Elaboração............................................................................4

1. Condensação.....................................................................................5
2. Deslocamento....................................................................................6
3. Simbolismo........................................................................................6
4. Dramatização.....................................................................................7
5. Elaboração Secundária....................................................................7

1. Conclusão......................................................................................................8

1. Referências Bibliográficas............................................................................9

 

INTRODUÇÃO

        A teoria dos sonhos foi proposta por Sigmund Freud em 1900 por meio da publicação do livro “A Interpretação dos Sonhos”. O que antes, era interpretado como algo espiritual, simbólico ou premonitório agora é visto como particularidades de nosso inconsciente. Através destes estudos, foi possível trazer ao consciente os conteúdos inconscientes, onde o sonhar é um fenômeno regressivo; no qual nos devolve aos estados primitivos da infância.

        Nesse trabalho veremos os processos de elaboração do sonho; condensação, deslocamento, dramatização, simbolismo e elaboração secundária proposta por Freud. O mesmo dizia que todo sonho tem um significado, embora oculto, da realização de desejos reprimidos vetados fortemente pela moral vigente.

        Sendo assim interpretar um sonho significa conferir-lhe um sentido, isto é, ajustá-lo à cadeia de nossas faculdades mentais.

 

1. PROCESSOS DE ELABORAÇÃO

        A distorção em que é submetido o conteúdo do sonho é produto do trabalho do sonho de não deixar passar algo proibido. A censura deforma os pensamentos latentes no trabalho do sonho. Tamanho é o disfarce nos sonhos que a realização dos desejos nos aparece às vezes sob forma de pesadelos. Freud concebe a censura como uma função que se exerce na fronteira entre os sistemas inconsciente e pré-consciente, algo que opera na passagem de um sistema para outro mais elevado. Um fragmento não é distorcido ao acaso, mas imposto por uma exigência da censura interna, a principal responsável pela deformação onírica, apresentando o conteúdo manifesto condensado, deslocado, simbolizado ou através da elaboração secundária. Existem dois conteúdos do processo onírico que deve ser ressaltado são eles:

Conteúdo Manifesto - Conteúdo do sonho que o individuo recorda e descreve. Freud fala que é o relato do que o individuo lembra-se do sonho.

Conteúdo Latente - Idéias e sentimentos do sonho, eles ameaçam acordar a pessoa. Impressões sensoriais, preocupação da vida, impulsos do id reprimidos.

        

1. CONDENSAÇÃO

Uma única imagem pode representar varias associações. Pode-se calcular a complexidade do conteúdo latente de um sonho ao se analisar como idéias antigas, recalcadas ou não reconhecidas, alem de associações imprevistas, estão ligadas à imagem condensada que forma a fachada do sonho. Freud dá o nome de “sob re-determinação” à maneira como uma única idéia ou evento representa ao mesmo tempo impulsos diferentes. Na condensação “uma representação única representa por si só várias cadeias associativas e traduz-se no sonho pelo fato de o relato manifesto, comparado com o conteúdo latente, ser lacônico: constitui uma tradução resumida.”

1. DESLOCAMENTO

        O processo de deslocamento de intensidade psíquica é resultado da ação de uma força psíquica que atuará em dois sentidos: retirando a intensidade de elementos que possuem alto valor psíquico e criando, a partir de elementos com baixo valor psíquico, novos valores que vão penetrar no conteúdo dos sonhos. Juntamente com o processo de condensação, o deslocamento é um dos fatores dominantes que determinam a diferenciação entre o pensamento dos sonhos e o conteúdo dos sonhos.

        “O aspecto mais significativo do sonho pode se apresentar de modo à quase passar despercebido, ao passo que os aspectos secundários aparecem, às vezes, ricos em detalhes. Nisto constitui o deslocamento da energia de uma imagem para outra”.

1. DRAMATIZAÇÃO

Segundo Jablonski, s.d., a dramatização é a representação de imagens em ação. O sonho é como um teatro que, como distingue Freud nos sonhos, a história está escondida e as imagens fornecem as pistas para descobri-la. A dramatização é também um mecanismo responsável pela economia dos sonhos. As operações mentais inconscientes por meio das quais o conteúdo latente do sonho se transforma em sonho manifesto, damos o nome de elaboração do sonho, também chamada dramatização. O processo responsável por essa transformação, que Freud considerava a parte essencial da atividade onírica, é o funcionamento do sonho.