A Invisibilidade Do Negro Na Historia Na Cultura E Na Sociedade Brasileira
Trabalho Escolar: A Invisibilidade Do Negro Na Historia Na Cultura E Na Sociedade Brasileira. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: daiane080287 • 23/3/2014 • 1.478 Palavras (6 Páginas) • 1.910 Visualizações
A invisibilidade do negro na história, na cultura e na sociedade Brasileira.
A INVISIBILIDADE DO NEGRO NA HISTÓRIA:
A SOBREPOSIÇÃO ENTRE CLASSE SOCIAL E COR CONTINUOU MESMO DEPOIS DA ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NO BRASIL EM 1888.IMIGRANTES EUROPEUS E ASIÁTICOS (BRANCOS E AMARELOS) VEM EMBRANQUECER NOSSO PAÍS E A LÓGICA CLASSE E COR PERPETUA-SE.
PROBLEMAS COMO PRECONCEITO, RACISMO E INJUSTIÇAS SOCIAIS NEGRA EM NOSSO PAÍS VÊM DE LONGA DATA. PODE-SE DIZER SE DERIVAM E SÃO A CULMINAÇÃO DE UM PROCESSO QUE COMEÇOU COM A COLONIZAÇÃO DAS AMÉRICAS E DO CAPITALISMO COLONIAL MODERNO E EUROCENTRADO .CUJO EIXO DE FUNDAMENTAÇÃO RECAIU E SE SOLIDIFICOU NA CLASSIFICAÇÃO SOCIAL DOS INDIVÍDUOS POR MEIO DA COR DE SUA PELE ,OU SEJA ,A PARTIR DA IDEIA DE RAÇA, QUE EXPRESSA A EXPERIÊNCIA BÁSICA DA DOMINAÇÃO COLONIAL.
A CODIFICAÇÃO DAS DIFERENÇA ENTRE CONQUISTADORES E CONQUISTADOS FUNDAMENTA-SE EM UMA SUPOSTA DISTINTA ESTRUTURA BIOLÓGICA QUE SITUAVA UNS COMO SERES SUPERIORES (BRANCOS)E OUTROS COMO INFERIORES (NÃO BRANCOS). A COR DA PELE PASSOU A SER O PASSO MAIS MARCANTE DESSA DISTINÇÃO CODIFICADA E LEGITIMADORA DA DOMINAÇÃO EUROPEIA SOBRE OUTROS POVOS. ASSIM, IDENTIDADES RACIAIS FORAM ESTABELECIDAS.
O CATIVEIRO INDÍGENA CARACTERIZAVA COMO UM NEGÓCIO INTERNO DA COLÔNIA. JÁ O COMÉRCIO E O TRÁFICO NEGREIRO DE POPULAÇÕES CAPTURADAS NA COSTA DA ÁFRICA E TRANSFORMADAS EM ESCRAVOS, ACUMULAVAM RIQUEZAS QUE FLUÍAM DIRETAMENTE PARA A METRÓPOLE. O TRÁFICO NEGREIRO EXPLICA A ESCRAVIDÃO AFRICANA E NÃO AO CONTRARIO. É DEVIDO A ALTA LUCRATIVIDADE DESSA ATIVIDADE QUE A MÃO DE OBRA NA COLÔNIA FOI A DE ESCRAVOS NEGROS.
UMAS DAS JUSTIFICATIVAS PARA A INSTITUIÇÃO DO NEGRO COMO ESCRAVO E IMPLANTAÇÃO DO TRÁFICO NEGREIRO, FOI (E POR VEZES É REPETIDA ATÉ HOJE)A DE QUE A ESCRAVIDÃO JÁ EXISTIA NO CONTINENTE AFRICANO ENTRE SEUS PRÓPRIOS POVOS E, PORTANTO, O NEGRO JÁ ESTARIA RESIGNADO Á SUA SORTE.
SEGUNDO MATTOSO(1988) TRATAVA-SE DE UMA ESCRAVIDÃO PATRIARCAL E QUE NÃO IMPLICAVA EM UM SISTEMA ESCRAVISTA, VISTO QUE OS FILHOS DOS ESCRAVOS ERAM CIDADÃOS LIVRES.
CONTUDO ESSA PREOCUPAÇÃO OCORREU MAIS NO PLANO PSICOLÓGICO DO QUE NO PRÁTICO. MEDIDAS COMO A LEI DO VENTRE LIVRE EM 1871(DE ACORDO COM ESSA LEI O NEGRO NASCIDO LIVRE DEVERIA SER ENTREGUE AO ESTADO, SENDO O PROPRIETÁRIO INDENIZADO O RESPECTIVO NEGRO DEVERIA PERMANECER SOB TUTELA DO PROPRIETÁRIO ATÉ COMPLETAR 21 ANOS PAGANDO SEU SUSTENTO COM SEU TRABALHO. OU SEJA, DE FATO ERA A CONTINUIDADE DA ESCRAVIDÃO), QUE LIBERAVA DA ESCRAVIDÃO OS FILHOS DE ESCRAVOS NASCIDOS APÓS PUBLICAÇÃO DESTA LEI DO SEXAGENÁRIO EM 1885 (POUCOS ERAM OS NEGROS QUE VIVIAM ATÉ ESSA IDADE , GASTOS QUE ERAM NO TRABALHO REMUNERADO, CONTUDO, AQUELES QUE COMPLETAVAM 60 ANOS JÁ ESTAVAM DEBILITADOS DEMAIS PARA O TRABALHO REMUNERADO, SENDO MUITAS VEZES SIMPLESMENTE DESCARTADOS POR SEUS ANTIGOS PROPRIETÁRIOS) QUE LIBERTAVA OS MAIORES DE 60 ANOS, ERAM FACILMENTE BURLADOS E QUANDO CUMPRIDAS NÃO HAVIA POR PARTE DO ESTADO AMPARO AOS LIBERTOS.
QUANDO EM 13 DE MAIO DE 1988, FINALMENTE A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA FOI DECRETADA, O NEGRO DEIXOU JURIDICAMENTE DE SER ESCRAVO, MAS NÃO PASSOU A SER UM CIDADÃO.
SEM UM AMPARO MÍNIMO DA ESTADO OS NEGROS FORAM ENTREGUES A SUA PRÓPRIA SORTE. RECUSADOS COMO MÃO-DE-OBRA PAGA FORAM MARGINALIZADOS PELA SOCIEDADE, MUITOS MIGRARAM EM BUSCA DE TERRAS DISTANTES NAS QUAIS PUDESSEM PRATICAR AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA.
O NEGRO INSERIDO COMO ESCRAVIZADO NO BRASIL TEM SUA IMAGEM CONSTITUÍDA A PARTIR DOS ELEMENTOS ALTAMENTE NEGATIVOS, TAIS COMO CRIATURA INFERIOR, DE UMA CULTURA PRIMITIVA, PREGUIÇOSO, INTELECTUALMENTE INFERIOR, PORTADOR DE MAUS INSTINTOS. ASSIM O NEGRO FOI COLOCADO À MARGEM DA HISTÓRIA COMO SUJEITO E VISTO APENAS COMO UM OBJETO NO SENTIDO LITERAL DO TERMO, MESMO APÓS SUA ABOLIÇÃO.
A COLONIZAÇÃO EUROPEIA EFETUOU-SE ACIMA DE TUDO NO PLANO PSICOLÓGICO, O RETRATO DEGRADANTE IMPOSTO PELO BRANCO, MUITAS VEZES, SERÁ ACEITO PELO PRÓPRIO NEGRO. E É ESTE RETRATO QUE NOS CHEGA ATÉ OS DIAS DE HOJE NA FORMA DE PRECONCEITO E RACISMO. MESMO APÓS A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA EM 1988, O NEGRO CONTINUA SENDO VISTO E TRATADO DE FORMA MARGINAL, POIS QUANDO DEIXA DE SER A MÃO DE OBRA GRATUITA DÁ-SE PREFERÊNCIA A MÃO DE OBRA PAGA DO IMIGRANTE EUROPEU NUMA TENTATIVA DO EMBRANQUECIMENTO DO PAÍS.
A invisibilidade do negro na cultura:
*O que dizer do preconceito contra a cultura negra? Contra a religião afro-brasileira e contra o legado do negro na cultura brasileira? Que lei protege a cultura africana no Brasil da campanha racista que visa a sua aniquilação.
Senão, vejamos, o que dizer do que fazem algumas igrejas pentecostais demonizando o candomblé e a umbanda? Racismo e preconceito puro. No candomblé, religião panteísta, ao contrário do cristianismo, não há diabo, pecado, ou personificação do mal. Todavia, da mesma maneira racista com que os negros foram tratados nas fazendas de escravo do sul dos Estados Unidos, missionários da intolerância fixaram os cultos afro-brasileiros como a personificação do mal na terra, revivificando no Brasil os piores momentos da Ku Klux Klan, ao pregar, sem disfarces a intolerância e o fanatismo.
*Por que os italianos vindos ao Brasil são imigrantes e os negros vindos de Angola, Guiné Bissau, Zaire e de outros países africanos não têm o mesmo tratamento nos livros de história. Não há nenhuma emigração negra na história do Brasil. Ainda que escravos, os negros são emigrantes e impuseram sua cultura com mais força e mais influência do que italianos e alemães.
A desqualificação como folclórica da influência negra, o preconceito contra as religiões afro-brasileiras, o desconhecimento da importância do negro para a nossa cultura (toda nossa culinária é influenciada pelos negros e só tomamos banhos diários por conta dos negros e dos índios, pois os europeus vindos para cá eram bem sujos), a desqualificação do seu legado (como querer branquificar
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