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A MINHA FILOSOFIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMO ELA SE DESENVOLVEU

Por:   •  16/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.319 Palavras (6 Páginas)  •  188 Visualizações

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OAT – ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA (NOITE)

A PESSOA COMO CENTRO

 MINHA FILOSOFIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS E COMO ELA SE DESENVOLVEU

Rio de Janeiro / RJ

Agosto / 2020

No texto “Minha filosofia das relações interpessoais e como ela se desenvolveu” Carl Roger traz o seu caminho percorrido de seu desenvolvimento e as mudanças em suas atitudes e posições em relações às pessoas, observando como tanto sua postura profissional quanto pessoal se modificaram através dos anos.

Ao abordar sua infância, Rogers traz um lar com uma presença marcante em seu desenvolvimento interpessoal. Conta que sua família tem uma “base religiosa estreitamente fundamentalista” (ROGERS, 1977) e com isso, agia de acordo com os ensinamentos de seus pais dentro dessa doutrina religiosa. Não havia muita troca com as pessoas externas a esse ciclo familiar, pois existia a premissa de que essas outras pessoas se comportavam de forma que não seriam aprovadas ou toleradas por essa família e, com essa dinâmica familiar, Rogers aponta o fato de que ele sentia um afastamento inconsciente arrogante que ele tinha para com as outras pessoas, sua atitude para com elas era distante e assim, não criou laços com pessoas de fora de seu âmbito familiar, ele cita que não tinha amigos íntimos.

        Dentro de seu seio familiar, havia um bom convívio com seus irmãos mais novos com quem Rogers adorava brincar, ciúmes do irmão imediatamente mais velho e uma grande admiração por seu irmão mais velho, mesmo que não tivesse ali uma grande comunicação entre eles. Com seus pais, ele não chegou a compartilhar qualquer ideia, sentimento ou pensamento pessoais ou íntimos, pois por mais que ele soubesse que existia amor nessa relação, esses tópicos não seriam considerados relevantes. Rogers mantinha guardado para si mesmo seus pensamentos, fantasias e os poucos sentimentos que tinha consciência, porém, com o passar dos anos Rogers conseguiu expressar alguns desses sentimentos através da escrita em suas aulas de redação nas aulas de inglês, a essa altura, ele já era capaz de identificar que era diferente das outras pessoas que convivia fora de seu seio familiar, se via como um solitário, sem um lugar ou possibilidade de encontrar um lugar no mundo das pessoas e a partir dessa elaboração, Rogers conectou seu grande interesse científico em colecionar e criar mariposas gigantes como uma forma de compensação parcial dessa falta de convívio mais íntimo com as pessoas que estavam a sua volta.

        Ao ingressar na faculdade que Rogers sentiu pela primeira vez o que significava ter companheiros e até mesmo amigos. Entrou para a escola de agronomia, associou-se a um grupo de colegas que se reuniam na ACM, ingressou no curdo de História da Faculdade de Ciências e Letras, foi líder de um grupo de meninos, conselheiro de um acampamento para jovens desprivilegiados e toda troca com o universo externo que era tão distante de Rogers passou a se tornar um lugar mais próximo, ele teve seu primeiro encontro, conheceu sua esposa Helen. Com ela Rogers começou a compartilhar genuinamente seus pensamentos, ideias e sentimentos mais íntimos o que fez com que ele amadurecesse cada vez mais.

        Rogers e Helen ingressaram em um curso de pós-graduação e apesar de sua crescente falta de interesse pelos cursos acadêmicos de religião, duas experiências o ajudaram a moldar sua maneira de se relacionar com outras pessoas. A primeira delas foi um seminário organizado e dirigido pelos alunos sem interferência dos membros da universidade, o que fortaleceu e amadureceu esse grupo com o compartilhamento de dúvidas, problemas pessoais relacionados ao trabalho etc. A segunda foi quando ele fez um curso sobre trabalho com jovens, e pela primeira vez, ele viu que era possível trabalhar com pessoas poderia ser uma profissão e uma alternativa para o trabalho religioso. Com seus aprendizados ao longo do caminho, o interesse de Rogers pelas entrevistas e terapia aumentou e ele relacionou esse interesse ao seu antigo sentimento de solidão, surgindo assim uma oportunidade de se aproximar das pessoas, preenchendo alguns vazios que sentia.

        Ao ingressar na o Teacher’s College, na Universidade de Columbia, Rogers passou a trabalhar com psicologia clínica e aqui ele passou entender a respeito do indivíduo, através de testes, medidas, entrevistas diagnósticas e conselhos que representavam o tratamento. Mais tarde ingressou no Instituto de Orientação da criança, que estava sendo dirigido por psicanalistas, ele aprendeu mais sobre a respeito do sujeito, mas aqui ele faz uma forte crítica à psicanálise que tinha a metodologia de conhecer seus clientes através de um longo histórico de casos contendo toda a dinâmica familiar daquele sujeito, etc. A partir do levantamento dessas informações se deveria seguir a testagem e após tudo isso, seguiria a entrevista com as crianças antes de se decidir o tipo de tratamento que essa deveria seguir que acabavam quase sempre do mesmo jeito. Mas Rogers nos traz uma fascinante descoberta, a emoção que se é possível obter na observação de mudanças no comportamento de uma pessoa.

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