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A PSICOLOGIA E TRABALHO I ATIVIDADE

Por:   •  7/12/2020  •  Resenha  •  1.815 Palavras (8 Páginas)  •  145 Visualizações

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PSICOLOGIA E TRABALHO I

ATIVIDADE 3

Professor: João Henrique Rossler

Alunas: Amanda Rupel e Camila Pellizzer

Leitura dos textos selecionados para abordagem do conteúdo referente ao tópico: “O trabalho na sociedade contemporânea: taylorismo, fordismo e a reestruturação produtiva”. Responder a seguinte questão: quais as características principais de cada um dos três sistemas de organização e gestão do trabalho?

Taylorismo:

O Taylorismo foi um sistema criado por Frederick Winslow Taylor, estadunidense que abandonou os estudos para trabalhar em uma metalúrgica e, dentro dessa fábrica, desenvolveu métodos para otimizar a produtividade dos trabalhadores e aproveitar melhor o tempo de trabalho. A partir das observações que fez na fábrica, sua ideia inicial foi dividir minuciosamente as tarefas da produção e medir, com um cronômetro, o tempo de cada atividade. Com essa informação a gerência da fábrica poderia exigir dos trabalhadores uma “quantidade ideal” de trabalho diário, para que nenhum minuto do expediente fosse perdido. A fábrica adotou esse sistema, permitindo que Taylor colocasse suas ideias em prática e, posteriormente, vários outros estabelecimentos também adotaram o sistema de organização de trabalho de Taylor.

        Devido a tal reconhecimento Frederick aprofundou seus estudos, adquiriu seu diploma de engenheiro mecânico e trabalhou no desenvolvimento de técnicas de produção industrial. Dentre suas diversas obras, as mais interessantes para serem analisadas nesta disciplina são as que dizem respeito a divisão técnica do trabalho humano dentro da produção industrial. Taylor constatou a necessidade de uma subdivisão tanto das funções da produção quanto da administração. Antes da aplicação de seus métodos organizacionais ele percebia que os empregadores exigiam dos empregados muitas capacidades e energia para tarefas que, se otimizadas, exigiriam menos e produziriam mais. Essa lógica Taylor denominou como “administração por iniciativa e incentivo”. Assim sendo, Taylor implementou um novo sistema onde a divisão de tarefas e responsabilidades era mais precisa e eficaz, a “administração científica”. Isto posto, as principais características do novo sistema de Taylor, o taylorismo, são o estudo e otimização do tempo, uma gerência mais numerosa e funcional, padronização dos instrumentos e dos movimentos dos trabalhadores, elaboração de salas de planejamento, melhores instruções para os empregados, reforço para trabalhadores que realizam tarefas com sucesso e pagamento com gratificação. Em suma, o taylorismo tem como objetivo principal a otimização do tempo e da produtividade, através de uma especialização extrema de todas as funções e atividades.

Fordismo:

        Cativado pela mecânica, Henry Ford, também dos Estados Unidos da América, foi um inventor e profissional voltado para a indústria de veículos automotores. Durante anos Henry montou e desmontou diversos motores, criou alguns modelos automobilísticos, fez parte de uma sociedade que possuía uma fábrica de carros, a qual abandonou posteriormente, mas sempre indo atrás de sua principal ambição, que era construir um motor revolucionário. Até que, em 1903, ele concretizou a primeira edição da Ford Motor Company, fábrica essa que foi reconhecida, por muito tempo, como a maior fabricante mundial de veículos automotores.

Apesar de seu enorme prestígio, fama e reconhecimento após a disseminação da marca Ford, Henry continuou sempre pesquisando e interagindo com a parte prática de sua fábrica. Ele unificava o que pode ser denominado de “Engenharia de produto” e “Engenharia de processo”, ampliando tecnologias e formas organizacionais do trabalho. A sua elevada destreza intelectual o levou a querer produzir e induzir as pessoas a comprarem objetos padronizados para consumo em massa. Para ele, quanto mais veículos iguais fossem produzidos em um dia, da mesma forma, menor seriam os custos e maior seria o consumo, gerando lucro. Apesar de Ford não fazer referência direta a Taylor, essa lógica de produção do fordismo só foi possível graças aos ideais do taylorismo. Com a linha de produção em série aperfeiçoada pelo taylorismo, o fordismo conseguiu introduzir o objeto de trabalho em um mecanismo automatizado que passava por todas as fases produtivas, desde a matéria prima até a execução do produto final. A longo dessa linha as atividades de trabalho foram subdivididas em tarefas com grau de complexidade extremamente simples, e distribuídas por diversos operários fixos em seus postos.

O modelo fordista resume-se, em termos concretos, a dois fatores: um mecanismo de transferência responsável pelo transporte do produto ao longo da cadeia produtiva, que permanece em movimento regular ao longo do tempo; e um conjunto de postos de trabalho distribuídos lado a lado, pelos quais os produtos passam e os trabalhadores tem todas as ferramentas necessárias em mãos para executar sua função. Neste ponto a principal diferença entre os sistemas fordista e taylorista se constitui na substituição do trabalho humanos pela atuação de máquinas no transporte de mercadorias de um posto ao outro. Apesar das indústrias Ford não serem as primeiras a utilizar o sistema de esteiras de transporte, foram as primeiras a fazê-lo em larga escala. Com essas mudanças, cada uma das ações realizadas pelos trabalhadores precisavam estar, a cada instante, agregando valor aos produtos, pois passaram a ser reguladas pela velocidade da esteira de transporte.

O objetivo do sistema taylorista/fordista consistia em elevar a especialização das funções realizadas pelo trabalhadores a um nível de extrema simplificação, limitação e uniformização, a um nível que o trabalhador se tornou quase um “apêndice da máquina” (como descreve Marx), repetindo movimentos estereotipados inúmeras vezes em um curto período de tempo. O nível de simplificação exigido anula o processo criativo do trabalhador e impede qualquer tipo de abstração conceitual sobre o trabalho. Todos os fatores que constituem o trabalhador como sujeito, suas competências profissionais e educacionais, suas habilidades, sua iniciativa, suas vontades, se tornam dispensáveis. Apenas pessoas obrigadas pelas circunstâncias poderiam conviver durante um longo período de sua vida com este contexto de trabalho, e muitos eram forçados a sair do emprego devido a uma invalidez causada pelas próprias condições estabelecidas dentro das indústrias. Devido às condições de trabalho estabelecidas, a rotatividade dentro das indústrias era alta.

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