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A Percepção Traduz o Impulso Sensorial

Por:   •  14/6/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.490 Palavras (6 Páginas)  •  316 Visualizações

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PERCEPÇÃO

  1. PERCEPÇÃO: É a seleção, organização e interpretação do impulso sensorial. A percepção traduz o impulso sensorial em algo significativo. Vale ressaltar que é o cérebro que constrói as percepções.

Os processos de sensação e percepção são normalmente difíceis de separar porque as pessoas automaticamente começam a organizar a recepção da estimulação sensorial no momento em que ela chega. Na teoria e na pesquisa a cisão entre sensação e percepção é útil, mas os dois processos são integrados.

O que o indivíduo percebe e como percebe, são dados importantes para a compreensão do comportamento humano.

  1. ESPAÇO E OBJETOS

Nosso mundo é espacial e nele há conteúdo; esse espaço é habitado por objetos localizados que são separados de outros objetos  e que possuem várias propriedades perceptuais que os distinguem uns dos outros.

Psicólogos alemães do início do século XX estudaram a maneira pela qual a mente organiza sensações e percepções. Diante de um conjunto de sensações, o humano as organiza numa Gestalt (palavra alemã que significa forma, todo).

  1. Percepção de Tamanho: os objetos diferem com relação ao tamanho (um grão de areia; um elefante). A retina é o tecido neural que reveste o interior do olho; absorve a luz, processa imagem e envia informações visuais ao cérebro. A retina é a mensageira do cérebro no olho. Contudo, contextos diferentes podem fazer com que objetos iguais pareçam muito diferentes quanto ao tamanho.

  1. Percepção de Forma: os objetos podem ter formas simples (bola) ou complexas (figura humana). A forma sofre influência por sua vizinhança imediata.
  1. Figura e Fundo: a primeira tarefa perceptiva é perceber qualquer objeto, chamado de figura, como distinto de seu ambiente, chamado fundo. 

Exemplos: entre as vozes que você ouve numa festa, aquela a que presta atenção se torna a figura, enquanto todas as outras são parte do fundo.

Enquanto você lê, as palavras constituem a figura e o papel em branco é o fundo.

  1. Agrupamento: a ideia de agrupamento de estímulos, identificada pelos psicólogos da Gestalt, ilustra a ideia de que o todo percebido difere da mera soma de suas partes.
  1. Proximidade: agrupamos figuras próximas. As coisas que estão próximas parecem fazer parte uma das outras.
  2. Semelhança: também agrupamos figuras similares.
  3. Continuidade: percebemos padrões regulares e contínuos, em vez de descontínuos.
  4. Fechamento: preenchemos as falhas para criar um objeto completo, um todo.
  5. Conexão: elementos que estão ligados tendem a ser agrupados.

  1. Percepção de Profundidade: esse tipo de percepção (objetos em três dimensões), permite-nos avaliar a distância que estão de nós por exemplo: a um olhar, calculamos a distância de um carro se aproximando ou a altura de um penhasco. Essa habilidade parece ser inata.

  1. Percepção de Tessitura (textura): os objetos podem ser percebidos quantoj as suas superfícies (áspero, liso, rugoso, regular, irregular, grosseiro, delicado, brilhante,  escorregadio, sedoso, etc...).

Associados à textura há um grande número de propriedades mais complexas, estéticas e expressivas e, por isso, há possibilidade de muitas combinações e mudanças (criação de desenhistas de moda, decorador, artista plástico, etc...).

  1. Percepção de Cor: há três dimensões para a cor:
  1. Matiz (tonalidade): corresponde à percepção das cores dos objetos (vermelho, laranja, amarelo-alaranjado, amarelo, verde-amarelado, verde, verde-azulado, azul-esverdeado, azul, azul-violeta, roxo-azulado, roxo-avermelhado).
  2. Brilho: desde a neve em plena luz do sol, até o veludo mais negro na escuridão.
  3. Saturação: grau de concentração ou diluição do matiz de uma cor (desde a cor mais desbotada até a mais concentrada).

  1. Odores, sabores, impressões e sons: os objetos não são apenas interpretados por meio da visão, mas também por outros sentidos.
  1. odores: cheiro da maçã, laranja, carne assada, da arruda, etc...
  2. sabores: amargo, doce, azedo, salgado, etc...
  3. impressões: é possível interpretar o mesmo objeto de maneira diferente  quando tocados ou manuseados. Há características de leveza ou peso, calor ou frieza, elasticidade ou fragilidade, duro ou mole, etc...
  4. sons: os objetos têm sons diferentes. Os sons variam quanto a altura (queda de um alfinete; explosão de uma bomba); intensidade (baixo de um bumbo até o agudo de uma flauta);  timbre (tom puro de um diapasão, até a mistura de sons harmônicos).
  1. Percepção de Movimento: no nosso mundo as coisas se movem com diferentes direções, velocidades e ritmos (suave, arrancos, etc...).

Exemplo: o movimento pode ser físico  real: o carro passou na rua.

O movimento pode ser induzido: perceber a Lua em movimento por trás das nuvens; após andar de trem, fixamos a paisagem em movimento e temos a ilusão que a paisagem ainda move-se lentamente (a ilusão é a de que o trem ainda move-se para trás); o filme é uma sucessão rápida de fotos estáticas que provoca a ilusão de movimento (fenômeno “pfi” descrito por Max Wertheimer em 1912).

  1. Percepção de Mudança: o movimento é uma forma de mudança e a mudança é uma qualidade perceptual significativa do nosso mundo.

Existem mudanças sutis e radicais e é possível percebê-las na localização, na cor, na forma, no tamanho, no cheiro e no som dos objetos.

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