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A Percepção Do Processo Histórico Da Educação à Luz De Apontamentos Teóricos

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Por:   •  28/5/2014  •  3.559 Palavras (15 Páginas)  •  416 Visualizações

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Pretendo aqui neste trabalho registrar os aspectos mais relevantes da História da Educação no Brasil nos últimos 5 séculos.

1- O período colonial brasileiro (1500-1822)

Neste período segundo Cynthia Greive (2007) a educação se mostrou como uma civilização, não poderia ser considerada como educação brasileira, pois o modelo era lusitano. Durante o período colonial religiosos de várias procedências e diversas ordens religiosas estabeleceram no Brasil, como por exemplo, os beneditinos, franciscanos e jesuítas. Mas foram os jesuítas que predominaram em território brasileiro, devido a sua característica missionária. Quando os colonizadores portugueses chegaram ao Brasil aqui já existia o povo indígena com suas línguas, costumes, culturas, crenças e com sua organização. Para que os colonizadores pudessem usufruir o que a terra tinha para oferecer os jesuítas tiveram o papel de persuadir a população indígena a se converter ao cristianismo e transformá-la socialmente a fim de mudar a cultura indígena e organizar uma “nova sociedade” conforme o texto de Shigunov Neto e Maciel (2008).

Os jesuítas fundaram o primeiro colégio em 1549 na Bahia, intitulado Colégio dos Meninos de Jesus a principio era para educar meninos índios, alfabetizar na língua portuguesa, catequese, aritmética e canto, e manejo de instrumentos musicais. Depois deste colégio, vários outros foram surgindo. Segundo os autores Shigunov Neto e Maciel (2008) a conversão indígena foi uma estratégia para atingir Três objetivos: Objetivo doutrinário, persuadir os indígenas a seguir os princípios cristãos; objetivo econômico, tentar desenvolver nos indígenas a preocupação com o trabalho a fim de formar uma nova sociedade e o objetivo político, os indígenas convertidos eram incentivados a lutarem contra os indígenas que não se convertiam e a lutar contra os inimigos externos.

A autora Cynthia Greive aponta um aspecto fundamental que é a chegada dos nativos africanos escravizados pelos portugueses a partir do final do século XVI. Portanto o “Ensinar” estava destinado aos indígenas, aos nativos africanos e aos filhos dos colonizadores brancos. Aos indígenas e nativos africanos além da alfabetização, da pregação e do trabalho tinham o ensino de artes e ofícios. Aos filhos dos colonizadores brancos era destinada a educação do ensino da gramática latina. Já as meninas índias eram educadas no interior das aldeias onde lhe eram ensinadas também o ofício entre eles o de fiandeira, as meninas índias órfãs iam para um recolhimento criado pelo padre Manuel de Nóbrega. Entretanto sobre as escravas não tem estudos sobre a educação que recebiam, mas como diz a autora Cynthia Greive (2007) elas vendiam seus produtos então de alguma forma eram ensinadas para fazer contas. Os registros demonstram que as mulheres livres recebiam a educação em conventos e recolhimentos entre eles o Recolhimento de Nossa Senhora de Ajuda, criado em 1678, que mais tarde tornou-se um convento em 1749. Para quem pretendia cursar o curso superior a saída era enfrentar as longas viagens até Portugal, e realizar o curso na Universidade de Coimbra.

Sebastião Fontineli França (2008) em seu texto diz que os jesuítas permaneceram no Brasil de 1549 a 1759 com a da chegada da família real em 1808 a educação tomou outro rumo, necessitava criar um suporte para a estrutura da administração da Corte Portuguesa. No entanto a educação não se tornou prioritária para o Estado, pois tinham medo de perder a soberania para os homens letrados.

2- O período pombalino (1750-1777)

França (2008) aponta que com a nomeação do primeiro ministro Sebastião José de Carvalho e Melo o futuro Marquês de Pombal experiente político por D. José I (1750-1777). O Marquês promoveu mudanças estruturais no ensino de português que repercutiu nas colônias. A economia do Brasil fundamentava nas regulações mercantilistas, Marquês de Pombal tinha a função de recuperar a economia incrementando o comercio ultramarino e favorecendo a acumulação de capitais.

Segundo os autores Shigunov Neto e Maciel (2008) neste contexto os jesuítas foram expulsos do Brasil, as ideias dos movimentos iluministas e princípios liberais demandava a formação de um homem provido de razão, um homem burguês e não mais cristão. Portanto a expulsão dos jesuítas tinha motivos políticos e ideológicos: políticos porque tinham grande poder econômico cobiçado pelo estado, além de ser empecilho para concretização dos seus interesses, ideológicos porque o homem cristão formado pelos jesuítas não condiziam com o homem dotado de razão que pretendiam formar. Implantando dessa forma as aulas régias, que conforme explica Cynthia Greive (2007), eram estudos avulsos ministrados por um professor autorizado pelo rei para lecionar em salas alugadas ou nos antigos prédios das escolas Companhia de Jesus.

3- O período Joanino (1808-1821)

Para fugir das pressões da guerra napoleônica devido a razões política a corte transferiu para o Brasil trazendo a capital do império para o Brasil. De acordo com Cynthia Greive (2007) houve mudanças como aberturas de portos brasileiros ao comércio internacional; fundação da imprensa régia; criação de espaços culturais e de aulas para cursos superiores e também nomeação de professores para diversas cadeiras e ensinar as primeiras letras.

Neste período a educação que predominou no Brasil durante o governo de D. João tinha o intuito de formar profissionais aristocráticas e da corte, em detrimento das classes inferiores. Neste período projetos para a implantação da instrução publica foram debatidos, entretanto D. João optou por implantar o sistema mútuo ou lancasteriano que despendeu menos recurso e era mais racional. Segundo alguns registros negros e escravos eram educados através deste método. Através do método mútuo alternativo ao simultâneo e individual, ensinava oralmente a um maior número de alunos, por meio da repetição e memorização conforme escreveu Maria Teresa Barros Conde (2005).

Em 24 de abril de 1821, D, João retorna à Portugal a fim de restaurar o seu trono e deixa em seu lugar o herdeiro D. Pedro que deu continuidade ao processo de emancipação política do Brasil segundo França (2008).

4- O período imperial (1822-1889)

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