A Primeira Lição de Psicanálise
Por: Daniela Souza • 5/11/2021 • Resenha • 920 Palavras (4 Páginas) • 141 Visualizações
Matrizes do Pensamento em Psicologia – Psicanálise
1ª Lição de Psicanálise de Freud
Alessandra
Angélica Godinho chaves
Daniela de Souza Silva
Kézia Gonçalves da Silva
Liege Nunes
Rosemeire Beirigo
Suelen Rodrigues
Freud inicia a primeira lição de psicanálise creditando os méritos de tal matéria ao Dr. Breuer, seu precursor e mais tarde, companheiro de trabalho.
Ao longo do texto, discursa sobre o caso de uma paciente que apresentava graves sintomas creditados à histeria, para a qual o auxílio médico era então pouco providencial.
A histeria vem sendo objeto de estudo desde os primórdios da medicina, na Grécia Antiga com Hipócrates e foi, primeiramente, vinculada à um teatro feminino. O diagnóstico para a pessoa histérica era conhecido como neurose histérica ou histeria de conversão, hoje sendo nomeado transtorno dissociativo ou conversivo.
Histéricos sofrem de reminescência (expressão da memória que recusa o saber inconsciente; leve imagem lembrada do passado a qual se conserva na memória; lembrança vaga ou incompleta). Seus sintomas são resíduos e símbolos mnêmicos de experiências especiais (traumáticas) suprimidas: ideias retidas, sensações. Na histeria o afeto permanece estrangulado e a lembrança da experiência a que está ligada é isolada da consciência. Histeria é um tipo de neurose que se caracteriza predominantemente, pela transformação da ansiedade subjacente para um estado físico.
As pessoas que sofrem de histeria apresentam uma situação de pânico intensa, apresentada sobre a forma de sintomas físicos, como por exemplo, paralisia, cegueira, surdez, entre outros, perdendo assim seu autocontrole. Segundo Freud, os distúrbios poderiam abranger os sentidos da visão, audição, paladar e olfato e variar de desde pequenas sensações até a anestesia total e dores agudas. A maioria dos sintomas da histeria se apresentava de forma combinada com outros tipos de distúrbios neuróticos e o tratamento poderia se resumir no percurso que vai da memória sintomática à memória com saber inconsciente, estando sintoma, memória e trauma indissoluvelmente ligados, levando a crer que a descoberta do fato que desencadeou tal estado remetia à cura da pessoa histérica.
A hipnose (técnica utilizada para levar a pessoa a um estado de transe) começou a ser utilizada então para que fosse possível se expressar de todas as maneiras, até mesmo fantasiosas, e sem culpa, libertando o recalque (esquecimento de evento traumático como forma de defesa) o que culminava em bem-estar posterior e ao que se qualificou de cura de conversação ou ainda limpeza de chaminé, chamdo método catártico.
Reviver o acontecimento traumático – catarse - e fazer ligações entre eles causando purificações, libertação e limpeza da mente humana, podendo acontecer de forma verbal, emocional ou por meio de ações, o que para Aristoteles seria significava limpar as emoções, mente e espírito segundo seu propósito nas artes performáticas.
Esse método não tem o objetivo de curar os sintomas mas saber que eles tem a dizer e é usado com o objetivo de fazer com que o paciente se libere de suas perturbações psíquicas., fazendo por exemplo, com que raiva e tristeza fluam para ambientes mais saudáveis de processamento.
Em uma das situações, em que a paciente do Dr. Breuer se privava de beber, apesar da sede martirizante, por muitos dias, relembrar o episódio que primeiro deu origem ao sintoma e exteriorizar afetivamente através da hipnose, fez com que o mesmo desaparecesse.
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