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A Prática profissional do psicólogo na saúde pública

Por:   •  4/4/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.029 Palavras (5 Páginas)  •  224 Visualizações

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A Prática Profissional do Psicólogo na Saúde Pública

Pontifícia Universidade Católica de Goiás

O estudo da psicologia da saúde é voltado para a prestação dos cuidados de saúde, focando nas experiências, comportamentos e interações relacionadas a como o sujeito experimenta a saúde e a doença e como ele e as pessoas a sua volta vivenciam esses momentos. Sendo assim, o trabalho é voltado para a promoção da saúde e tratamento da doença, tendo como objetivo contribuir para a melhoria do bem-estar dos indivíduos.

Em 1970, a American Psycholigical Association (APA) desenvolveu um grupo voltado para a Psicologia da Saúde, e, em 1978 a Psicologia da Saúde foi criada pelo fato de ser uma crescente área de pratica e pesquisa. Apesar de ser uma área recente, há cada dia que passa ela vem se desenvolvendo cada vez mais. (Kerbauy, 2002).

Logo após a década de 70, a saúde pública teve grande demanda de profissionais da psicologia (Dimenstein, 1998). Os movimentos sociais e culturais contribuíram para a atuação dos psicólogos nas comunidades, de maneira que o atendimento nas comunidades e a preocupação com a população fizeram a psicologia da saúde pública se apresentar e se instaurar, pois estão lutando para ganhar mais espaço no decorrer dos dias (Freitas, 2004; Nascimento, 2004).

Em alguns momentos da história, a Psicologia da Saúde ficou restrita apenas à Psicologia Hospitalar. Miyazaki e Amaral (1995), entendem que "o psicólogo da saúde deve ser definido como o profissional que lida com os problemas associados ao continuum saúde/doença, sem especificação do ambiente no qual atua" (p. 238). Por tratar-se de uma área recente, requer construções específicas, nas quais não se reproduzam apenas as práticas clínicas, portanto faz-se necessário à abertura da Psicologia para o diálogo com todos os atores envolvidos, entre eles a comunidade, estimulando inclusive a participação e o controle social.

Os psicólogos da saúde lutam cada vez mais para ganhar seu espaço, demonstrando que a saúde não deve ser compreendida unicamente na ausência de doença e sim em todos os aspectos biológicos, psicológicos e sociais que influenciam na saúde de cada um. Sendo assim, torna-se possível a implementação de ações, programas, projetos, regulamentações, leis e normas governamentais onde os psicólogos possam e devam engajar-se na construção de políticas públicas (Mendes, 1996; Nascimento, 2004).

Nos dias atuais é cada vez mais necessário o cuidado da saúde para os sujeitos enfermos, para a família e equipe de saúde, porque contribui para a qualidade dos cuidados e humanização dos serviços. Esse serviço de saúde pode contribuir também para a redução de internamentos hospitalares e diminuição na utilização dos medicamentos, obtendo-se maiores lucros para as redes de saúde. Os psicólogos da saúde têm os ramos de atuação bastante diversificados dentro do sistema de saúde, podendo trabalhar em níveis de serviços públicos e privados.

Três fatores podem ser atribuídos ao crescimento desta área: primeiro à evidência do aumento de doenças, ocasionadas pelo estilo de vida, segundo devido ao fortalecimento da ideia de que os indivíduos são responsáveis pela própria saúde, e, terceiro, pelo aumento da discordância da dominância do modelo médico. Sendo assim, a psicologia da saúde surge com as mudanças necessárias para a sociedade, valorizando o olhar para o contexto social, sendo a sua avaliação fundamental para qualquer ação a ser desenvolvida em prol da saúde.

Quando a Atenção Básica a Saúde tomou conhecimento sobre a realidade da população e das necessidades que passava, direcionou a psicologia para promover atendimento as demandas populacionais. O psicólogo entrou na rede pública no contexto histórico-político-econômico que favoreceu para a valorização cultural da profissão. Os hospitais, ambulatórios, postos e centros de saúde foram configurando-se como lugares privilegiados para a construção de novas práticas pelo psicólogo (Campos, 1999; Oliveira, 2001).

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