A Psicanálise Freudiana
Por: prjcs2 • 3/12/2022 • Dissertação • 1.205 Palavras (5 Páginas) • 72 Visualizações
UNIMOGI
Psicologia
ALUNA: Jéssica Mariane Cunha Custódio
Ra 202000016
DISCIPLINA: PSICANÁLISE
Professora Luciana Souza
MOGI GUAÇU - SP
2022
1. INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
A cliente teve sua infância em um sítio vivendo numa relação boa com a mãe, pois conta de uma lembrança boa de suas peripécias. Por ter sido criada em condições precárias. Teve que trabalhar desde cedo para ajudar os pais na manutenção da casa. Perdeu a sua infância e adolescência. Relacionada a isso parou os estudos, entrando assim no sacrifício. Isso causou frustrações futuras refletidas até mesmo na saúde e no casamento.
A relação familiar, principalmente na primeira infância, é fundamental para aquilo que pessoa será. Freud fala de um modelo estrutural. Logo que nascemos, somos o ID em sua totalidade. O ID não tem acesso ao mundo externo, não há razão nem moral, apenas pulsões vibrantes pelo prazer. O ID não lida bem com frustrações e quer sempre uma solução imediata para tudo. O Ego é racional e controla os instintos. Ele funciona como um mediador e busca facilitar a interação do ID com as situações externas que ocorrem na vida da pessoa. O principal objetivo do ego é buscar um equilíbrio entre os impulsos do ID e a repressão do superego. O Superego é a moral e os valores, ou seja: Reprime através da culpa; Barra os impulsos que são contrários às regras sociais e insiste para que o ego se comporte com moral. Os distúrbios psicológicos nascem dos conflitos que existem entre essas estruturas.
Freud também fala sobre o complexo de Édipo na influência da personalidade do indivíduo. O complexo de Édipo teria castração dupla: a castração simbólica e a natureza biológica. Se dará pelo filho em relação tanto ao pai como a mãe. A menina se relaciona com o pai de uma forma e a mãe de outra, o menino se dará de forma contrária. Sempre ocorrerá essa tensão.
2. A DOR DAS PERDAS
A cliente perdeu uma irmã com 7 meses, o tio com câncer, o pai com problemas cardíacos, a infância do filho porque não queria morar com ela. Perdeu a saúde (três cânceres, pressão alta, diabetes) Perdeu o emprego, pois se aposentou por invalidez. Ao explicar o conceito em Luto e Melancolia, Freud (1915) o entende como uma reação à perda, não necessariamente de um ente querido, mas também, algo que tome as mesmas proporções, portanto um fenômeno mental natural e constante durante o desenvolvimento humano. A cliente trabalhou, ajudou a família e hoje enfrenta problemas de saúde. Como ela diz: “cuidei do tio com câncer, da avó e do pai. Eu sempre cuidei da minha família, corria atrás de médico, sempre disposta a ajudar”. Em outras palavras: “Será que alguém cuidará de mim?”, será que serei amparada? Ela teme em não ser cuidada. Ela é ansiosa. Freud fala da ansiedade neurótica ou secundária que surge da antecipação de acontecimentos ou circunstâncias. O desejo dela de viajar, ser independente é a necessidade de fuga. Os nossos medos trazemos desde a infância na forma de traumas não processados.
3. LIBIDO
Ela diz que não é mais a mesma pessoa, não tem vontade de sair. Isso é a falta da libido, vista por Freud como um catalisador para a vivência psíquica de uma pessoa em sociedade. Não apenas para relacionar, mas também para compreender o meio em que se vive e adaptar. Ela é o combustível emocional em nos ligarmos com outras pessoas. A libido seria a responsável pela nossa vontade em buscarmos o afeto e a conexão alheia, nutrindo e mantendo relacionamentos. A libido para Freud também resgata um sentido doloroso quando tocamos no impulso da morte. Freud validava a ideia de que sempre procuramos o prazer em nossas vidas e também o desprazer. Todavia, também temos uma inclinação à morte ou para a forma como ela pode ser representada. Involuntariamente acessamos parte de nossas histórias que nos machucam, embora pensamos inicialmente o contrário. Quando sentimos saudade de alguém, por exemplo, queremos reviver os momentos bons com ela. Todavia, isso traz a sensação dolorosa da ausência e do que não estamos vivendo ao seu lado. Esse impulso de morte se opõe diretamente com o Eros, este direcionado à vida e sua propagação. Com isso, se move em direção para tudo aquilo que não possui preservação. Ainda assim, ambos agem em conjunto, de forma cíclica e complementar. A libido para Freud também abraça diretamente a ideia de Eros. Em suma, se trata da força que nos move a procurar a sobrevivência e propagação, principalmente pelo sexo. Além disso, a libido se move a uma postura mais criativa em relação à vida. Neste ponto passamos a fazer produções sejam elas físicas, mentais ou mesmo emocionais. Este aspecto se designa ao amor pelos outros, por ideias e pela própria existência que temos.
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