A Psicologia Social Contemporânea: Principais Tendências E Perspectivas Nacionais E Internacionais
Artigo: A Psicologia Social Contemporânea: Principais Tendências E Perspectivas Nacionais E Internacionais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Zoraia1 • 8/4/2014 • 850 Palavras (4 Páginas) • 3.602 Visualizações
Resenha
Psicologia: Teoria e Pesquisa – 2010, Vol. 26 n. especial, pp. 51-64.
A Psicologia Social Contemporânea: Principais Tendências e Perspectivas Nacionais e Internacionais - Maria Cristina Ferreira - Universidade Salgado de Oliveira.
No artigo em análise, a ideia central desenvolvida pela autora é a condição atual da Psicologia Social, no plano nacional e internacional, revisando os principais pontos que marcaram a evolução da Psicologia Social na América do Norte, e as características atuais mais relevantes dessa disciplina na América do Norte, na Europa e na América Latina. Em seguida, analisa a recente produção brasileira em Psicologia Social. Para conclusão discute os desafios futuros que se colocam à produção nacional na área de Psicologia Social, especialmente no que diz respeito a seu impacto no cenário acadêmico internacional.
Na primeira parte do texto, com o enfoque na história, mostra que a Psicologia Social se caracteriza pela diversidade de abordagens teóricas e este fato obstou muito a definição do objeto de estudo, porém sempre havendo a preocupação dos psicólogos sociais com a relação que o indivíduo mantém com a sociedade ou cultura.
No surgimento da Psicologia Social, com o destaque para o individuo e a sociedade, aparecem os estudos de alguns autores defendendo a existência de duas psicologias: a Psicológica e a Sociológica. A primeira com a definição de G. Allport, onde tenta entender e explicar como os pensamentos, sentimentos e comportamentos dos indivíduos são influenciados pela presença atual, imaginada ou implícita dos outros. Já a segunda, Psicologia Social, segundo Stephan e Stephan (1985), o objeto de estudo é o grupo em que esse individuo vive, ou seja, como ele é impactado, mas existindo aí um vetor, onde há a experiência desse grupo que também é impactado pelo indivíduo.
Para confrontar a Psicologia Social surge a Psicologia Social Crítica, que em seus fundamentos contrapõe os elementos até então aceitos pela psicologia social, sob o argumento de que as bases das instituições e organizações sociais se estruturam em desigualdades, e que por isso o conhecimento produzido é inadequado. Tal entendimento se concentra muito mais na América Latina.
A Psicologia Social Psicológica e a Sociológica, se consolidam nos EUA e na Europa, procedendo de duas obras publicadas em 1908, uma de autoria de William McDougal, e outra de Edward Ross, sendo o primeiro psicólogo e o segundo sociólogo, onde já se previa a separação futura da psicologia social em correntes distintas.
Durante algum tempo, na América do Norte, a Psicologia Social desenvolveu-se paralelamente no contexto de ambas às disciplinas, porém nas primeiras décadas do século XX, a Psicologia Social Psicológica predomina no cenário norte-americano, em especial nos Estados Unidos da América (EUA), sob forte influência do behaviorismo.
A autora segue explicitando influências e estudos de psicólogos que contribuíram para a história da psicologia social, onde nos anos 1920 e 1930, os estudos das atitudes, da influência social interpessoal e da dinâmica de grupos predominavam, com destaque para os experimentos realizados por Muzar Sheriff e Kurt Lewin, psicólogos europeus que imigraram para os EUA e receberam fortes influências do Gestaltismo. Assinalando o período da Segunda Grande Guerra
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