A Psicologia do Transito
Por: vanessaFARIIAS • 3/12/2017 • Trabalho acadêmico • 1.827 Palavras (8 Páginas) • 250 Visualizações
[pic 1] | FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PRESIDENTE PRUDENTE CURSO DE PSICOLOGIA |
Educação e conscientização do trânsito
ISABELLE VELASCO
VANESSA FARIAS
Presidente Prudente - SP
2017
- INTRODUÇÃO
O trânsito está presente em todos os momentos da vida de um indivíduo. Rozestraten (1988) descreve o trânsito como um sistema com a função comum de deslocamento, organizado por normas que possibilitam a comunicação entre seus usuários e asseguram a integridade dos mesmos. Trânsito é o conjunto de deslocamento de pessoas e veículos nas vias públicas, dentro de um sistema convencional de normas, que tem por fim assegurar a integridade de seus participantes.
Portanto, é muito importante os projetos educativos criados nessa área, com o objetivo de priorizar a preservação da vida de todos os envolvidos no processo. Para evitar acidentes e comportamentos imprudentes de determinados condutores, é preciso ir além de campanhas, palestras e panfletos, precisa existir um trabalho educativo desde a infância, para que recebam ensinamentos de respeito, educação, responsabilidade, ética, além das normas e regras pré-estabelecidas pelo Código de Trânsito brasileiro.
Martins (2007, p.83) afirma que:
“É necessário conscientizar o cidadão que a reeducação, a se iniciar nos bancos escolares, já nas primeiras séries, não pode se limitar à situação escolar. Ela precisa mobilizar as crianças, os familiares, a comunidade, o estado e a nação, tanto em relação à educação dos pedestres quanto à dos condutores”.
Desta maneira, a proposta dessa intervenção é de conscientizar as crianças sobre um comportamento seguro no trânsito. E promover a prevenção de acidentes com elas entorno das escolas. Muitas escolas localizam-se em ruas de grande movimento, não possuindo semáforos para garantir uma maior segurança ao atravessar a rua. Diante desta realidade faz-se necessário abordar com os alunos conceitos de segurança no trânsito. Além disso, as mesmas podem se tornar multiplicadoras desses ideais, tanto para seus familiares, como para seu grupo de amigos. Crianças são pedestres, participantes indiretos da ação dos motoristas e futuros motoristas, por isso precisam saber de questões do trânsito, através de atividades lúdicas, que proporcionem uma construção de hábitos e comportamentos mais seguros. Segundo Vigotsky (1979), a criança pequena ao brincar, desenvolve aprendizagens. Embora possa parecer que ela brinca para distrair-se ou gastar energia, o brincar é muito importante para o desenvolvimento cognitivo, emocional, social, psicológico da criança.
- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Trânsito é o conjunto de deslocamentos diários de pessoas pelas calçadas e vias, é a movimentação geral de pedestres e de diferentes tipos de veículos. Ocorre em espaço público, atendendo às necessidades de trabalho, saúde, lazer. Para garantir o equilíbrio entre esses interesses coletivos é que estabelecem acordos sociais, sob formas de regras e normas. Compreender as leis de trânsito e respeitá-las garante a proteção da vida. (Tolentino 2006 p.1)
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), dedica um capítulo exclusivo à Educação, determinando, entre outros aspectos, a implementação da Educação para o trânsito em todos os níveis de ensino. A Educação se faz presente em todos os espaços e no trânsito é um instrumento de importante contribuição para a formação de todos os cidadãos, sensibilizando-os para a conscientização. Com o objetivo de diminuir os conflitos no trânsito e tem como base a prevenção. Para que a prevenção ocorra, é necessário a criação de métodos de precaução que tenham como princípios medidas preventivas e educativas para a segurança (Pavarino Filho, 2009).
Segundo Hoffmann e Luz (2007) para a criação de medidas educativas, que são em si preventivas, é preciso entender o homem em sua totalidade, incluindo o meio ambiente o qual está inserido e sua realidade social. Dessa forma, a educação para o trânsito surge a fim de facilitar a convivência social entre as pessoas, promovendo um maior entendimento das normas, dos valores, dos princípios, dos hábitos, que são determinantes para que haja uma boa convivência social.
De acordo com Brandão, 2007, todos estão sujeitos ao processo educativo:
“Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar […] Todos os dias misturamos a vida com a educação. A humanidade utiliza a mesma para saber, para fazer, para ser e para conviver. ”
Ensinar é imprimir marcas simbólicas para que o Outro possa se constituir como sujeito. A psicanálise pode transmitir ao educador uma ética, um modo de ver e entender sua prática educativa. É um saber que pode gerar, dependendo, naturalmente, das possibilidades subjetivas de cada educador, uma posição, uma filosofia de trabalho. (KUPFER, 2001, p. 24).
É possível supor que um ensino voltado para o sujeito, que recusa a técnica, que entende a educação como ferramenta para o sujeito do desejo, está submetido aos limites que a psicanálise impõe à sua transmissão, uma vez que não se trata de informar, mas de permitir que um sujeito crie um estilo que trará a marca do sujeito do desejo. "O saber da psicanálise poderá inclinar o educador a transmitir e fazer aprender por meio de um ato educativo tal como ele é entendido pela psicanálise: como transmissão de demanda social além do desejo, como transmissão de marcas." (KUPFER,1989, p.97).
Freud deixa claro que a psicanálise não deverá substituir o papel da educação: "o trabalho da educação não deve ser confundido com a influência psicanalítica e não pode ser substituído por ela. A psicanálise pode ser convocada pela educação como meio auxiliar de lidar com uma criança, porém não constitui um substituto apropriado para a educação." (FREUD, 1925, p.168).
A psicanálise acrescenta então à educação a compreensão de uma prática educativa melhor, mas não de controle, é responsável pelo resgate do sujeito. O objeto principal de estudo da psicanálise é o inconsciente composto por representações que “comparecem” na dimensão consciente da subjetividade humana, por isso, o sujeito é clivado, barrado consciente/inconsciente.
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