Psicologia social e trânsito
Tese: Psicologia social e trânsito. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: bru96 • 17/3/2014 • Tese • 419 Palavras (2 Páginas) • 392 Visualizações
A Psicologia Social e o trânsito
O professor Reinier J. A. Rozestraten, do Departamento de Psicologia e Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, é um dos estudiosos de Psicologia do Trânsito no Brasil.
A respeito do uso dos psicotécnicos, fez as seguintes afirmações na Revista Psicologia e Trânsito:
"Para mostrar como a situação é encarada na maioria dos países europeus, transcrevo aqui um parágrafo de uma carta da pesquisadora em Psicologia do Trânsito, A. Lightburn, da Universidade de Nottingham, na Inglaterra dirigida à comissão do Conselho Federal de Psicologia: 'O uso dos testes psicológicos para selecionar motoristas tem sido objeto de estudo da Organização Mundial de Saúde. Eles chegaram à conclusão de que aqueles testes têm apenas um lugar muito limitado não porque as condições psicológicas não fossem importantes, mas porque não foi possível organizar uma bateria de testes psicológicos de aplicação prática razoável que poderia predizer quais os motoristas de alto risco com algum grau aceitável de certeza. Além disto, não parece justificável numa base de custo/benefício, e parece também extremamente impopular em relação à população de motoristas, especialmente em países que dão muito valor à liberdade do indivíduo.' Portanto, questiona-se também se as autoridades têm o direito de devassar a personalidade de um cidadão simplesmente porque ele quer dirigir um carro. Praticamente todos os países da Europa aceitaram as conclusões do Simpósio de Roma. Nestes países, o direito de dirigir é comum a todos; os exames teóricos e práticos são mais apertados, e somente quando os erros e os acidentes mostram que existem problemas na pessoa e que eles prejudicam o bem comum, pode ser solicitado um exame complementar psiquiátrico ou psicológico.
O Brasil é um dos poucos países no mundo, talvez o único, onde o teste de personalidade é imposto simplesmente como uma condição sine qua non para a aquisição de uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Podemos questionar se somos os únicos certos e se as pesquisas em que se baseia o julgamento sobre o apto ou não-apto merecem esta confiança científica. Não há necessidade de começar imediatamente uma guerra iconoclástíca e acabar com os testes na seleção de motoristas e para a aquisição da CNH. Porém, em consequência destas reflexões, podemos, pelo menos, colocar alguns pontos de interrogação e estimular a pesquisa que poderá fornecer mais certeza a respeito da validade e da fidedignidade dos testes usados no Brasil para este fim" (transcrição parcial do artigo de Rozestraten, Reinier J. A. A relação da Psicologia do Trânsito com outras áreas da Psicologia.
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