A SÍNDROME DO NINHO VAZIO E A PORTA GIRATÓRIA
Por: Elianelang • 20/5/2017 • Resenha • 847 Palavras (4 Páginas) • 2.653 Visualizações
ACADÊMICAS: Aline Juliane B. Ferreira, Gisele Marcos da Silva Feliciano, Karine Graciele
Scoz e Monica Isabel Luzzani
A SÍNDROME DO NINHO VAZIO E A PORTA GIRATÓRIA
Para Mattos (2014) uma questão de maior felicidade para um casal é
quando os filhos nascem para enriquecer o contexto familiar. Com a chegada de
uma criança observa-se mudanças que proporcionam momentos de plenitude,
gratificação e crescimento para todos os membros da família. Do mesmo modo
como os filhos chegam eles irão embora. Esse impacto pode ser arrasador para
algumas pessoas que colocaram em primeiro lugar em suas vidas a criação
desses filhos até que um dia eles irão embora e encontram-se sozinhos,
chamamos esse fenômeno de Síndrome do Ninho Vazio. (MATTOS, 2014).
Papalia, Olds e Feldman (2010) conceituam a síndrome do ninho vazio
como um termo usado para designar uma fase de transição que ocorre com os
pais quando seu último filho saem de casa.
Os motivos que acarretam os filhos a saírem de casa são diversos e com
diferentes níveis de êxito. Pode ser por um motivo de um casamento, viagem,
um trabalho novo em outra cidade, decisão de morar só; esses são alguns
motivos que demandam os filhos ingressarem no mundo adulto e que as famílias
encontram uma nova maneira de se relacionar (WENDLING, WAGNER, 2010).
Papalia, Olds e Feldman (2010) relatam que os motivos pela saída dos
filhos podem ser de vários aspectos, isso dependerá da qualidade do casamento;
com a saída dos filhos pode melhorar o relacionamento entre os pais, uma
segunda lua de mel; uma família já com problemas, a saída dos filhos pode
acarretar uma separação, já que não tem mais motivos para ficarem juntos. Para
muitas mulheres causa alivio e liberdade, para outras solidão e depressão.
Para Mattos (2014) afirma que algumas famílias tem muitas dificuldades
em aceitar essa situação, elas mantém os quartos de seus filhos intactos, quase
que esperando um retorno sem notar que esse quarto serviria para um novo
espaço de lazer para que a família possa usufruir, ainda podem ocupar seu
tempo com mais liberdade pois já não há mais a desculpa de cuidar dos filhos.
Lilienfeld et al (2010) contradiz dizendo que a síndrome do ninho vazio
é um mito pois a maioria dos pais se adaptam bem a saída dos filhos de casa e
que até melhora o relacionamento deles e o relacionamento com seus filhos. Os
autores relatam que pesquisas indicam que o relacionamento dos pais com a
saída dos filhos experimentam um aumento da satisfação com a vida após
descobrirem uma maior flexibilidade do tempo e liberdade.
Papalia, Olds e Feldman (2010) afirmam que com a saída dos filhos de
casa não significa que será o fim dos papéis dos pais; é somente uma transição
de um novo estágio da vida.
Segundo Adriana C. R. Sartori e Monica L. Zilberman (2009) afirmam que
a síndrome do ninho vazio parece estar ligada à cultura, em países onde as
pessoas estão acostumadas e preparadas para se separarem dos filhos, a
síndrome parece não trazer grandes mudanças ou conflitos. Contudo, em
culturas em que as pessoas se dedicam exclusivamente à criação dos filhos,
observou-se que ainda existe sofrimento e sentimento de solidão, que podem
estar associados ao desenvolvimento de quadros depressivos e alcoolismo.
Conclui-se, também, que mães que trabalham fora de casa não estão
livres da síndrome do ninho vazio; seu comportamento depende da relação
estabelecida com os filhos e sua realização como mãe e profissional.
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