A Sindrome Do Ninho Vazio

SÍNDROME DO NINHO VAZIO EM FAMÍLIAS DE FILHO (A) ÚNICO (A)

RESUMO

O seguinte trabalho trata de um estudo qualitativo de caráter exploratório. Para este estudo participaram quatro casais, a maioria dos entrevistados mudou sua rotina com a saída do filho e realizou movimentos de aproximação.

Os participantes passaram pela fase de forma a não alterar significativamente sua qualidade de vida , essa pesquisa auxilia na compreensão desse momento na vida familiar, possibilitando a criação de intervenções e estratégias que auxiliem pais quando o (a) filho(a) deixa a casa. O objetivo deste trabalho é investigar e compreender como pais de filho(a) único (a) experienciam a síndrome do ninho vazio, ou seja como passam por esta fase do ciclo vital familiar, segundo o texto de Camila de Souza Sperandio e Simone Isabel Jung.

O início do cliclo vital da família se dá com o casamento, continua com o nascimento e a adolescência dos filhos, com a saída dos filhos de casa, assim começando um novo ciclo vital (Carter; McOldrick, 1995).

Cada fase do desenvolvimento do filho é marcada por transformações físicas, emocionais, dificuldades, dependência, cuidados e muita responsabilidade, conforme o texto Síndrome do ninho vazio em famílias de filho(a) único(a) existem rituais de passagem, que são momentos que a família passa para elaborar e assumir as crises de transição de um estágio da vida para o outro (Falceto; Waldemar, 2001).

Quando os filhos são adolescentes os pais estão na crise da meia-idade e os avôs aposentados começam a apresentar problemas de saúde, os pais repensam sua vida quanto as mudanças e pensam que se deixarem passar poderá ser tarde demais. Quando essa reflexão se encaminha bem, o casal renova a relação conjugal, ficando emocionalmente próximo com os avós, liberando assim os jovens para encontrar seu espaço e liberdade, quando o filho sai de casa, o casal reaprende a viver a dois (Falceto e Waldemar, 2001).

A viuvez é um momento difícil para o cônjuge, o que fica precisa reaprender a viver sozinho (Cerveny e Berthoud, 2008).

A pesquisa aponta investimento financeiro e afetivo e o envelhecimento dos pais, motivos pelos quais optaram por ter somente um filho. Para os autores, esta é a fase mais complicada de ser filho único, afinal, é sobre ele que cairá toda a carga e cuidados dos pais.

A síndrome do ninho vazio, é definido pelo sofrimento emocional dos pais quando seu filho sai de casa (sartiru e Zilberman, 2008).

Algumas mulheres entram em depressão, outras com a saída do filho se sentem livres, os homens podem se acomodar ficando no ambiente doméstico, o que pode aumentar os riscos de conflitos no casal (Sartori; Zilberman, 2008).

Para alguns casais a situação de estar sozinhos novamente é como uma segunda oportunidade para explorarem novos caminhos, para outros casais a situação pode acarretar em divórcio (Baumgart e Santos, 2009).

A saudade, a falta e o vazio foram sentimentos que todos os casais relataram estar passando. Mesmos após a saída do filho, todos os casais entrevistados continuam apoiando seus filhos emocionalmente, logisticamente ou mesmo financeiramente, quando possível. Eles o fazem, pois acreditam que isso é importante para o amadurecimento