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A Síndrome da Adolescência

Por:   •  12/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  3.372 Palavras (14 Páginas)  •  90 Visualizações

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‘Síndrome da adolescência normal’ –

• Item 1 – Busca de si mesmo e da identidade

- Qual a ideia principal do item.

A ideia principal do item é explicitar porque o adolescente reproduz alguns padrões de comportamentos. O autor explica que os comportamentos são decorrentes de conflitos internos após a transição da fase infantil até a juventude e a descoberta do eu.

- Quais os argumentos usados pelo autor para sustentar essa ideia.

De acordo com o autor, a identidade é um processo de construção que ocorre em cada período evolutivo e, na adolescência, ele vem à tona através de diversos comportamentos, como por exemplo, o amadurecimento genital e a evolução libidinal. O autor ainda explica que a criança entra na adolescência com dificuldades, conflitos e incertezas, que se magnificam nesse momento vital, para sair, em seguida, com a maturidade estabilizada com determinado caráter e personalidade adultos.

Durante a puberdade, é importante citar a evolução física do sujeito em três níveis fundamentais, onde Schteingard explica que há uma modificação endócrina exaustiva. O esquema corporal, ou seja, a representação mental do sujeito sobre seu próprio corpo, traz também o reconhecimento do mundo interno e externo, causando um luto com relação ao corpo infantil perdido.

Porém, a conquista de um autoconhecimento (também chamado de ego), também é construída nesta fase, o que, muitas vezes, faz com que o indivíduo assimile novos valores que constituem o ambiente social.

Nesta busca da identidade, o adolescente recorre a situações que se descrevem como as mais favoráveis no momento, variando desde a uniformidade até a uma identidade negativa, como por exemplo, adolescentes que tornam-se adeptos a drogas. Por isso, é comum nessa fase que o adolescente crie diferentes identidades, como as identidades transitórias, ocasionas e circunstanciais.

Contudo, nesta fase observam-se comportamentos de diferentes padrões para a busca da criação da identidade. Estes comportamentos trazem, muitas vezes, angústia ao adolescente. Entretanto, é uma fase de descobertas, tanto do próprio corpo, quanto do mundo externo, descobertas estas que são fundamentais para a formação do adulto.

• Item 2 – A tendência grupal

- Qual a ideia principal do item.

No capítulo de ´´tendência grupal´´, o autor busca explicitar uma característica do adolescente pela busca da identidade, através da uniformidade, portanto, ocorre uma identificação em massa, no qual um grupo de adolescentes se identificam um com outro, até mais que com os próprios familiares, fato que transmite certa segurança pessoal. Essa identificação fica aparente pela submissão do adolescente na maneira de se igualar as vestimentas, costumes do grupo, entre outros.

- Quais os argumentos usados pelo autor para sustentar essa ideia.

Na tendência grupal, que acontece como um comportamento defensivo do adolescente, o sujeito está tão ligado ao grupo, que não se separa da turma, e se adapta as regras do mesmo, nas vestimentas, preferencias, entre outros costumes.

Outra situação característica da tendência grupal é a oposição à figura parental. Os indivíduos do grupo buscam ter uma identidade diferente a de seus familiares.

Para o funcionamento de tal fenômeno é necessário a presença de um líder, para o adolescente submeter-se a este, ou mesmo se integrar como líder, e assim exercer o poder parental, e isso acontece por ser um momento em que os pais ainda são muito ativos da vida desse adolescente, e os mesmos requererem uma independência.

O autor justifica a iniciativa do grupo gerada devido ao fracasso de personificação -momento em que o sujeito necessita assumir responsabilidades e obrigações que ainda não está preparado- pois o sujeito busca reforçar sua identidade através da turma.

Esse comportamento nesta fase da vida faz com que o sujeito transfira a dependência que anteriormente era familiar, ao grupo, ação necessária para que alcancem o mundo externo, e assim, a individualização adulta. Nesse sentido, após essa experiência, que o sujeito se distingue do grupo, para alcançar, gradativamente, sua identidade adulta.

Enfim, o autor então comenta que esse fenômeno é o facilitador da conduta psicopática do adolescente, onde explicita acting-out motor -produto de descontrole à perda do corpo infantil- e o acting-out afetivo -produto do descontrole pelo papel infantil que está perdendo-, fatores responsáveis pela conduta de desafeto, crueldade com o objeto, falta de responsabilidade. Este momento, porém, é circunstancial, e transitório, que ocorre apenas nesta fase, diferentemente do sujeito psicopata, onde tal conduta é permanente. Outra coisa que os distingue é o sentimento de culpa como um mecanismo de defesa, e o luto pela infância perdida, evidente no do adolescente normal.

• Item 3 – Necessidade de intelectualizar e fantasiar

- Qual a ideia principal do item.

A ideia principal deste item NECESSIDADE DE INTELECTUALIZAR E FANTASIAR, é discutir e explicar sobre como ocorre os pensamentos e fantasias na vida dos adolescentes baseando-se em estudos e falas de estudiosos.

- Quais os argumentos usados pelo autor para sustentar essa ideia.

O autor começa explicando sobre a necessidade de intelectualizar e fantasiar os pensamentos como uma forma de válvula de escape, uma forma de recorrer ao próprio pensamento para poder compensar as inevitáveis perdas que ocorrem em si mesmo.

Anna Freud tem assinalado a intelectualização e o ascetismo como manifestações típicas dos adolescentes. Seria então algo então normal na vida de todos os adolescentes. Está autora também nos mostra a função do ascetismo, que é manter o id dentro de certos limites por meios de proibições e a função da intelectualização que, consistira em ligas os fenômenos instintivos com conteúdo ideativos e faze-los assim acessíveis à consciência e fáceis de controlar.

A incessante flutuação da identidade do adolescente, que se projeta como identidade adulta num futuro bem próximo, costuma adquirir caracteres que podem ser angustiantes e que o obrigam a um refúgio interior, que é muito característico e é ali no mundo infantil que desempenha um papel predominante e que é absolutamente fundamental levar em consideração para poder entender como o adolescente , frente a todos estes choques do seu mundo

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