A Talidomida (Medicamento) – Agente Teratogênico
Por: Barbara Cramer • 20/5/2020 • Dissertação • 284 Palavras (2 Páginas) • 302 Visualizações
Talidomida (medicamento) – Agente Teratogênico
Os agentes teratogênicos são substâncias, organismos, ou agente físicos capazes de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Tais danos podem causar a perda da gestação, malformações ou alterações funcionais (ex: retardo de crescimento), ou ainda distúrbios neurocomportamentais (ex: retardo mental).
Um exemplo de agente teratogênico é a Talidomida (C13H10N2O4). Apesar de descoberta em 1953 por Wilhelm Kunnz, na então Alemanha Ocidental, a Talidomida só foi lançada no mercado em 1956. Divulgada como um antigripal, em seu primeiro ano de produção, a Talidomida vendeu quase noventa mil unidades por mês em vinte países, difundindo-se por todos os continentes. A droga acabou ganhando fama de “droga mágica”, por ser utilizada para se tratar náuseas, dores de cabeça e insônia.
O medicamento, fortemente indicado para grávidas por combater o enjoo, logo começou a apresentar seus primeiros problemas. Um tipo peculiar de malformação congênita se provou derivado do uso de Talidomida na gravidez, caracterizado pelo desenvolvimento defeituoso dos ossos longos dos braços e pernas e por mãos e pés que variavam entre o rudimentar e o normal (focomelia).
Entre as anormalidades ocasionadas pela talidomida estão: perda de audição, alterações oculares, surdez, paralisia facial; malformações na laringe, traqueia, pulmão e coração, e retardo mental em torno de 6% dos indivíduos afetados. Quanto a taxa de mortalidade, essa varia entre 40% e 45%. Estima-se que entre dez e quinze mil crianças nasceram com as malformações típicas associadas à talidomida no mundo, e 40% delas morreram no primeiro ano de vida.
O exato mecanismo de ação da talidomida ainda não é conhecido, mas algumas hipóteses incluem uma diminuição dos níveis do fator de necrose tumoral (TNF), a inibição da interleucina 12 e produção e co-estimulação de linfócitos CD818.
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