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A adolescência e as mudanças corporais e psicológicas

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Por:   •  27/11/2014  •  Artigo  •  1.008 Palavras (5 Páginas)  •  435 Visualizações

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Introdução

Conclusão

Um pouco de história

Até por volta do século XII, a arte medieval desconhecia a infância, ou não tentava representá-la. É difícil crer que essa ausência se devesse à incompetência ou à falta de habilidade. É mais provável que não houvesse lugar na infância nesse mundo. Uma miniatura antonina do século XII nos dá uma ideia impressionante da deformação que o artista impunha então aos corpos das crianças, no sentido que nos parece muito distante de nosso sentimento e de nossa visão. Embora exibisse mais sentimentos ao retratar a infância, o século XIII continuou fiel a esse procedimento. (Ariès, Philippe. História social da criança e da família,1984./Philippe Ariès, tradução Dora Flankman – 2ª edição – Rio de Janeiro,LCT, 2006.).

Segundo Ariès, a criança não era percebida ou era simplesmente ignorada, nessa época. Os opostos dos nossos dias atuais eram chamados “adultos grandes”.

Hoje as crianças são um grande objeto de estudo no desenvolvimento infantil, devido as mudanças corporais e psicológicas, da infância a adolescência e da adolescência ao ser adulto. Da saída da infância e a sua entrada no mundo adulto depois da adolescência. De um olhar psicanalista na análise comportamental do ser humano, seu corpo e as suas mudanças fisiológicas, a aceitação de “um novo corpo”, a saída da infância, a entrada da adolescência, a saída da adolescência e entrada no mundo adulto, e a entrada no mercado de trabalho.

A adolescência e as mudanças corporais e psicológicas

A adolescência inicial (de 10 a 14 anos) é caracterizada, basicamente, pelas transformações corporais e alterações psíquicas derivadas destes acontecimentos.

Na adolescência, o indivíduo se vê obrigado a assistir e a sofrer passivamente uma série de transformações que se operam em seu corpo, e por conseguinte a sua personalidade, o adolescente percebe no seu corpo ainda infantil, mudanças características, como o aparecimento de “pelos” nos meninos, e a “menarca” que é a primeira menstruação na menina, entre outras. Cria-se um sentimento de impotência frente a esta realidade que poderá ser vivida de uma forma persecutória (com o corpo e/ou seus órgãos, transformando-se em um depositário de intensas ansiedades paranoides e confusionais), maníaca(com a negação onipotente de toda a dor psíquica que inevitavelmente acompanha o processo) ou fóbica (com uma evitação que coloca as transformações corporais tão distantes que nem o próprio adolescente ou seus familiares devem mencioná-las), essa mudança leva a criança-adolescente a ver uma morte no seu corpo “ luto” ao perder o seu corpo infantil e torna-se um adolescente.

A adolescência média (de 14 a 17 anos) tem como seu elemento central as questões relacionadas a sexualidade, em especial, a passagem da bissexualidade para a heterossexualidade.

A identidade sexual, que começa a se organizar desde o nascimento, adquire sua estrutura, seu perfil definitivo, na adolescência. É nesta etapa da vida que ocorre a passagem da bissexualidade (infantil) para a heterossexualidade (adulta). Esta “passagem” se dá como uma vivência muito importante, tanto socialmente com o para o mundo interno do indivíduo, a aceitação do “seu novo corpo” para o indivíduo e para a sociedade.

A adolescência final (de 17 a 20 anos) tem vários elementos importantes, entre os quais o estabelecimento com os pais, a questão profissional, a aceitação do “novo” corpo e dos processos psíquicos do “mundo adulto”.

O grupo familiar, que poderíamos que poderíamos chamar de “patriarcal”, cede, atualmente, lugar ao grupo familiar “nuclear”. A família “patriarcal” reunia vários graus de parentesco (avós, tios, primos etc.), geograficamente próximos e, muitas vezes, com ligações econômicas

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