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A dissolução do complexo de édipo

Por:   •  20/6/2021  •  Resenha  •  747 Palavras (3 Páginas)  •  235 Visualizações

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Resumo

A dissolução do complexo de Édipo

É um fenômeno central do período sexual da 1ª Infância. Significa que as catexias libidinais direcionada aos pais neste período são desfeitas. A dissolução do complexo de édipo, sucumbe à regressão, estabelecendo posteriormente o período de latência.

O que acarreta essa destruição?

Segundo Freud, perpassa a experiência de desapontamentos penosos.

Freud apresenta duas possibilidades:

  1. Ausência da satisfação esperada e negação continuada do bebê desejado;
  2. Decurso de tempo.

O desenvolvimento sexual encaminha-se para fase em que o órgão sexual tem prioridade, fase genital. No entanto essa fase é precedida pela fase fálica, que é contemporânea ao complexo de édipo. Nesta fase o órgão que tem relevância é o pênis.

A região genital desperta o interesse da criança, principalmente a dos meninos. Eles ficam manipulando os seus órgãos. No entanto, os adultos, em especial as mulheres, não aprovam esse comportamento. Ameaças são realizadas no sentido de que essa parte pode ser retirada.

Muitas vezes elas mitigam a ameaça de forma simbólica, dizendo que não é o seu órgão genital que será retirado e sim a mão, que tem o movimento ativo.

Há uma repressão em relação ao ato masturbatório. Freud destaca que a enurese na cama de longa duração seria uma ação semelhante a polução nos adultos.

Na perspectiva Freudiana, é a ameaça de castração o que ocasiona a destruição da organização genital fálica da criança.

Para ele, a psicanálise relaciona a castração a perda de partes altamente valorizadas do corpo. Há duas formas de castração que precedem o complexo de édipo.

  • Uma seria a retirada do seio materno.
  • Outra seria a defecação – saída das fezes.

Essas ameaças, demandadas pelas cuidadoras, levam a criança a começar a avaliar a possibilidade de ser castrada. Quando o menino vê os órgãos genitais femininos, e em especial da menina, convence-se da possibilidade da castração. Então as ameaças tomam consistência e ganha seu efeito adiado.

O complexo de édipo oferece 2 formas de satisfação:

  • Ativa: relacionar-se com a mãe e ter o pai como estorvo;
  • Passiva: comportar-se como a mãe, assumindo seu lugar amoroso junto ao pai.

Essas duas formas de satisfação se findam por meio da ameaça de castração – devido o medo da perda do pênis.

Para o menino a castração vem como uma punição e para a menina vem como uma pré-condição.

Estabelece-se aí um conflito entre:

  • O interesse narcísico nesta parte do corpo;
  • Catexia libidinal de seus objetos parentais.

Nesse sentido, o interesse narcísico de preservar o pênis ganha e o ego da criança volta as costas para o complexo de édipo.

Portanto ocorre:

  1. As catexias de objeto são abandonadas e substituídas por identificações;
  2. Autoridade dos pais é introjetada no ego;
  3. Surge o superego, assumindo a severidade do pai e perpetua a proibição do incesto, defendendo o ego do retorno da catexia libidinal;
  4. As catexias libidinais do complexo de édipo são dessexualizadas e sublimadas – são assim inibidas em seu objetivo e transformadas em impulsos de afeição;
  5. Surge o período de latência, interrompendo o desenvolvimento sexual.

Freud chama de repressão, mesmo sendo repressão um fenômeno do superego.

O complexo de édipo ->  repressão - > destruição e abolição do complexo.

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