A escolha do cônjuge um entendimento sistêmico e psicodinâmico
Por: Melissa Do Carmo • 24/3/2020 • Trabalho acadêmico • 404 Palavras (2 Páginas) • 233 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE PALMAS – CEULP/ULBRA
Curso: Psicologia
Matéria: Psicologia das Relações Familiares
Professora: Cristina D’Ornellas Souza
Aluna: Melissa do Carmo Cattini
Comparativo entre os capítulos 4 e 5 do livro “A escolha do cônjuge: um entendimento sistêmico e psicodinâmico” de Iara L. Camaratta Anton.
PALMAS
2020
A ESCOLHA DO CÔNJUGE
No sentido psicanalítico, há um paradoxo no que tange às escolhas do ser humano, pois mostra que ele não tem o poder de decisão que imagina ter, mas também não pode inocentar-se perante seus insucessos (IARA, 2000). Ou seja, em se tratando de casamento, percebe-se aspectos inconscientes que delineiam a escolha do cônjuge, mas ao mesmo tempo, percebe-se a responsabilidade de cada envolvido na relação respeitar o outro e não querer moldá-lo ao seu gosto.
As atrações e repulsas, assim como todas as nossas escolhas e posturas adotadas perante a vida, são inconscientemente motivadas. Tudo tem um motivo inconsciente que não passa pela racionalidade. Assim, acertos e desacertos, sucessos e insucessos, felicidade e sofrimento não são frutos do acaso, mas sim de uma construção pessoal, entretanto, atribuir emoções a fatores externos permite ao homem se colocar como coadjuvante da sua própria história.
Quando um sujeito teme determinados estímulos internos ele pode buscar um parceiro que lhe represente a segurança e oportunize alguma espécie de equilíbrio. É comum que, quando duas pessoas experimentem uma forte atração uma pela outra, estejam identificando, reconhecendo e/ou projetando, fatores que fazem parte de anseios e registros próprios, em grande parte inconsciente. Mas o “todo” individual, familiar e social é bem mais complexo do que aquilo que se encaixa ao almejado.
A sistêmica diz que a medida que alguém passa a conhecer-se melhor, tomar decisões, ter mais tolerância as frustrações e se comunicar de forma mais clara com o outro, os conflitos interpessoais se reduzem e são resolvidos mais rápido e facilmente. Isso por quê se um muda, o outro não consegue permanecer o mesmo (IARA, 2000).
Uma família opera através de padrões transacionais, de como, quando, com quem se relacionam estabelecendo papéis e funções, regras e normas. Assim, papéis e funções não estão isentos das influências de outros sistemas (família de origem, amigos, ambiente profissional, etc.)
O indivíduo é a síntese dos sistemas aos quais pertence e nos quais se desenvolve e cada indivíduo, ao unir-se ao outro, segue a serviço dos respectivos sistemas, levando-se em conta o atual, o intergeracional e o transgeracional.
Os valores familiares constituídos por padrões comportamentais, crenças, princípios, ritos e costumes são levados de geração em geração.
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