A fotografia como meio de memória na terceira idade
Por: carolineabucarma • 23/3/2016 • Trabalho acadêmico • 1.284 Palavras (6 Páginas) • 265 Visualizações
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RESUMO
A fotografia tem como importância trazer o resgate da memória do idoso podendo contribuir na questão do envelhecimento. Assim este trabalho tem como objetivo principal resgatar a memória e verificar se a capacidade cognitiva de reconhecimento de curto e longo prazo é influenciada pelos efeitos do envelhecimento na terceira idade. Esta análise crítica será feita através de pesquisas de campos, pesquisas bibliográficas, livros, etc.
Palavras-chave: Envelhecimento. Terceira Idade. Memória. Fotografia.
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO 10
2. PROBLEMATICA 13
3. OBJETIVOS 14
3.1. OBJETIVO GERAL 14
3.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS 14
REFERÊNCIA 15
- INTRODUÇÃO
A proposta coloca em dialogo relações decorrentes de atitudes, comportamentos e condutas de um grupo de idoso com a fotografia.
Em seu processo de análise se estabelece um diálogo no qual as imagens fotográficas dos participantes os confrontam com o passado em relação ao presente que vivenciam na atualidade do seu cotidiano, ao mesmo tempo essas imagens possibilitam a projeção de futuro reativando na memória algo que foi feito e que é revelado por meio das discussões decorrentes desse processo.
Existe uma quantidade de trabalhos publicados a respeito do envelhecimento, nos quais são apresentados estatísticas que apontam para a necessidade de aprofundar os conhecimentos sobre os idosos, no campo da suade, da cultura, da política e da economia.
Com o aumento da expectativa de vida, a população idosa aumentou consideravelmente. Entretanto, sua posição na sociedade não esta completamente definida, apensar de ter progredido bastante nos últimos anos.
Muitas pessoas acreditam que a terceira idade representa apenas um período de decadência das habilidades físicas e mentais, acreditando que os idosos formam um grupo homogêneo e não produtivo destacado das relações diretamente à manutenção na vida.
Segundo a ONU – Organização das Nações Unidas, é previsto que até o ano de 2047 haja mais pessoas idosas do que jovens no mundo. Isso contribui para a questão do envelhecimento ser muito discutido na comunidade cientifica e em vários segmentos da sociedade.
Assim, nas últimas décadas em nosso país, muitos grupos e centros de convivência vem sendo formados para viabilizar aos idosos, segmentos de atividades e lazer, cultura afim de resgatar o sujeito idoso do processo de exclusão social e cultural.
Dentro deste contexto, visando melhorar a qualidade de vida, existe uma grande importância em se trabalhar com a memória do idoso, por se tratar de uma questão que permite diversas maneiras de interação, tais como através da música, histórias, teatro e outras formas de arte.
Tal gama de experimentações pode compreender aspectos tanto psicológicos quanto cognitivos, auxiliando na saúde geral do idoso.
O desenvolvimento do trabalho a partir da aproximação com a fotografia é recordar o efeito da passagem do tempo e da construção da memória.
A proposta é fazer com que os idosos exercitem sua memoria, por meio de recordações, histórias, experiências, dos homens e mulheres que são, e da história que ajudaram a criar, para vida deles, e dos que estão a sua volta.
Através da fotografia, os idosos podem resgatar as experiências que construíram nossa história, trazendo à tona narrativas que inclusive nos auxiliam na compreensão do nosso presente.
Ao trabalharmos com idosos e suas fotografias tendemos a valorizar reminiscências da juventude e fotografias que os conduzem a um retorno ao passado.
Assim, se, por um lado, este tipo de trabalho valoriza o idoso como detentor de experiência e de sabedoria adquirida com o tempo, por outro lado, o reafirma como aquele para o qual lhe resta pouco tempo de vida e, por isso, mais vale retomar e narrar o passado do que planejar o futuro.
O presente trabalho busca ainda enfraquecer o estereótipo do idoso atado ao passado ao investigar possibilidades de prospecção resultantes do encontro do idoso com o ato fotográfico
A máquina fotográfica foi o instrumento através do qual o idoso pôde se fazer ouvir, contar a sua versão da história e do mundo, através da produção de imagens. Na presente pesquisa a fotografia assumiu um lugar de extrema importância, não apenas como recurso, mas como instrumento linguístico e de expressão da subjetividade.
Portanto, que as fotografias tornam as experiências da vida mais palpáveis, como por exemplo, quando uma pessoa mostra as fotografias de uma viagem, ela traz aos outros aquela vivência; conta uma versão única dos lugares e pessoas encontradas, das experiências vividas. Outras pessoas viajam com ela através das fotografias, conhecendo lugares sem precisarem ter estado lá. A fotografia atua na construção da memória, fixando uma imagem como sua extensão e suporte. Organizar e fotografar eventos em nossas vidas são uma maneira de assegurar uma memória coletiva, salvando a experiência do esquecimento.
A fotografia é, portanto, um instrumento interessante a ser utilizado na pesquisa qualitativa, especialmente para dar voz aos sujeitos, já que o ato fotográfico os impele à contemplação e reflexão sobre o sentido do mundo ao nosso redor, possibilitando descrevê-lo através de imagens.
A fotografia, que imperativamente resgata um momento do passado, quando é retomada impõe o presente. Podemos então afirmar que a fotografia mostra o passado, mas o ato de olhar fotografias, é realizado no presente.
Desta forma, rever fotografias é trazer o passado ao presente, é resgatar experiências e, assim, possibilitar que tais experiências sejam ressignificadas, atualizadas pelo grupo e também por aquele que os narra. Nesse sentido, a fotografia permite intervenções no tempo, possibilitando que aqueles que a observam retomem suas histórias e as modifique, atualize, ganhando novos sentidos. Olhar fotografias e comentá-las trouxe muitas vezes o resgate da memória, principalmente quando os participantes narraram acontecimentos significativos como casamentos, nascimentos e perdas de entes queridos.
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