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A importância de criar conhecimento na escola, começando com a compreensão de professores e alunos

Abstract: A importância de criar conhecimento na escola, começando com a compreensão de professores e alunos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  26/8/2014  •  Abstract  •  2.114 Palavras (9 Páginas)  •  454 Visualizações

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RESUMO

A proposta do artigo é descrever a importância da construção do conhecimento na escola, partindo da compreensão dos docentes e discentes que estão inseridos no processo de ensino-aprendizagem. É pela competência de aprender a pensar, que a pessoa humana produz conhecimentos expressos em teorias, conceitos, metodologias e a sua própria liberdade.

Palavras-chave: Construção do conhecimento, práticas pedagógicas, sujeito histórico.

ABSTRACT

The proposal of the article is to describe the importance of the construction of the knowledge in the school, leaving of the understanding of the educational ones and student that are inserted in the teaching-learning process. It is for the competence of learning to think, that the human person produces knowledge expressed in theories, concepts, methodologies and its own freedom.

Key-words: Construction of the knowledge, pedagogic practices, historical subject.

INTRODUÇÃO

A etimologia do termo “conhecimento” provém do latim “cognoscere”, que significa “conhecer pelos sentidos, conhecer por experiência, saber. Portanto, o ato de conhecer se traduz numa relação entre dois termos correspondentes: sujeito e objeto; não há conhecimento sem um sujeito que conhece ou sem um objeto conhecido”. (VERBO – Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. São Paulo: Editorial Verbo, 1967. V.5 p. 1391-1395)

A função do sujeito enquanto ser histórico e construtor de sua história, consiste em aprender o objeto, acolhe-lo, torna-lo presente; a do objeto, em deixar-se aprender, em especificar o conhecimento, dando-lhe um conteúdo.

Hoje, uma das questões decisivas para as práticas pedagógicas é a consciência sobre o conhecimento construído na sala de aula. Muitas vezes o termo conhecimento é compreendido como saberes acabados, prontos, e encerrado em si mesmo, sem relação com sua produção histórica. Há ainda aqueles educadores que tratam o conhecimento como uma predestinação, teorias, fórmulas que “caem dos céus”.

DESENVOLVIMENTO

Um(a) educador(a) ao negar a compreensão das condições culturais, históricas e sociais no processo de produção do conhecimento, reforça a impressão de indecisão, impotência e incapacidade de se construir múltiplos saberes. Cortella afirma que:

“o conhecimento é fruto da convenção, isto é, de acordos circunstanciais que não necessariamente representam a única possibilidade de interpretação da realidade”.

Ressalta-se a influência dos filmes de faroeste sobre milhões de pessoas dos séculos passados que criaram seu conhecimento sobre os povos selvagens. Filmes que envolviam tramas entre mocinhos e índios. Os primeiros, segundo a compreensão das massas populares, eram os assim chamados “civilizados” que iam de encontro com os índios para “amansa-los” utilizando as mais variadas forças brutais que sabiam dos efeitos produzidos.

Filósofos franceses contribuíram significadamente para que os estudiosos da educação se conscientizassem de que a escola não é como instituição que só prepara para a vida em sociedade, mas como instância reprodutora da ideologia da classe dominante. Neste contexto, afirmam que a escola não é a mesma para todos, e nem trata a todos da mesma forma. O mérito desta teoria é a de desmascarar a escola, revelando-a como a instituição que impede os alunos pobres de desenvolver seu potencial de vida, pois ao entra¬r na escola os alunos encontram uma linguagem e conteúdo que não se relaciona com suas vidas e seus problemas.

A escola tradicional é uma instituição que tem por objetivo a adaptação do indivíduo ao meio social e por isso acaba por condicionar os alunos a aceitarem como naturais as desigualdades geradas pelo capitalismo e acentuadas pela internacionalização da economia. Isto porque nas pedagogias conservadoras só existe a preocupação com a transmissão de conteúdos ao aluno, sem que se identifiquem esses conteúdos com as relações políticas que estão presentes na sociedade.

Constata-se, porém, no cotidiano, que professores, mesmo os críticos construtivistas e progressistas, sonhadores com a transformação social a partir da escola, inconscientemente, colaboram para a transmissão da ideologia da classe dominante quando não recignificam os vocábulos ou não refletem as informações geradas pelos meios de comunicação de massa.

São muitos os professores que se recusam a “transmitir” os valores da sociedade capitalista como os únicos verdadeiros. São educadores que se empenham cada vez mais em desenvolver a consciência crítica dos alunos, procurando denunciar em suas aulas as relações de poder e dominação presentes em nossa sociedade. Existem professores-educadores conscientes que são da classe trabalhadora e por isso são sensíveis aos problemas que esta classe enfrenta assumindo por convicção a educação como um projeto de transformação social.

Os professores progressistas conseguem em alguns casos até "adequar" a sua linguagem à dos alunos, de tal forma que conseguem com sucesso não apenas “transmitir” aos alunos conhecimentos novos, como também ajudá-los a desenvolver o senso crítico diante dos conhecimentos transmitidos.

Apesar dos elementos conservadores que dentro da escola atuam a serviço da classe dominante, consciente ou inconscientemente, existem nela forças realmente progressistas e isto faz a escola se destacar como instituição importante para a classe trabalhadora. Por isso, é comum nas periferias das grandes cidades vermos sempre caminhadas de protesto, abaixo-assinados e outras manifes¬tações pelas quais a população local exige mais escolas, professores competentes e comprometidos assim como uma educação de qualidade.

Cortella (p. 110-111), afirmou que “o conhecimento, qualquer um, origina-se do que fazemos e aquilo que fazemos está embebido da cultura por nós produzida, ao nos produzirmos”. No artigo “A didática e a produção do conhecimento” de Maria Isabel da Cunha foi desenvolvida uma pesquisa com alunos de 2° grau e o que mais foi percebido pelos alunos se refere ao significado do conteúdo, aos procedimentos de ensino e às relações dos professores com os alunos. Nesses três aspectos há uma constatação da necessidade da participação dos alunos na produção do conhecimento. São eles:

1- Conteúdo

O conteúdo deve ser significativo para o aluno. Ao professor, cabe significar as informações para que elas sejam

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