Pesquisa comparativa: Conhecimento sobre qualidade vocal de professores de escolas públicas e privadas
Por: Lanuza Figueiredo • 7/10/2015 • Projeto de pesquisa • 1.467 Palavras (6 Páginas) • 624 Visualizações
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Universidade Federal da Paraíba
Centro de Ciências da Saúde
Amanda Pontes Almeida
Pesquisa comparativa: Conhecimento sobre qualidade vocal de professores de escolas públicas e privadas do município de João Pessoa.
João Pessoa-PB, 2014
Amanda Pontes Almeida
Pesquisa comparativa: Qualidade vocal de professores de escolas públicas e privadas do município de João Pessoa.
Projeto de pesquisa apresentada a disciplina
de Pesquisa aplicada a Fonoaudiologia, com
requisito de preenchimento de uma das
notas da disciplina em curso.
João Pessoa-PB, 2014
- Introdução
Devido à rotina árdua de trabalho, dizer que um professor está rouco é visto como algo normal. Deve haver um consenso social que a categoria docente está mais vulnerável a ter distúrbios vocais. Este tipo de pensamento, de aceitação com o fato, evidencia a falta de informação de como a voz do professor é afetada e também como minimizar e evitar problemas vocais, se a classe tivesse acesso a políticas de prevenção.
Um problema de voz reflete muito mais que uma simples dificuldade na produção do som básico para a fala, podendo chegar a interferir na própria habilidade de se comunicar. Assim, a comunicação, como um todo, dos professores com seus alunos e com seus colegas fica comprometida quando se tem um problema de voz, prejudicando seu rendimento e aumentando a insatisfação profissional¹. O trabalho tem como objetivo fazer uma comparação a qualidade vocal entre professores de escolas públicas e privadas de João Pessoa e quais fatores interferem na qualidade vocal desses professores. Será aplicado o questionário autopercepção, (Condiçao de Produção Vocal do Professor. CPV-P), que tem como objetivo fazer um levantamento das condições da voz do professor, em 100 professores, sendo 50 de escolas públicas e 50 de escolas particulares.
Esta pesquisa tem como objetivo, comparar a qualidade vocal dos professores de escolas públicas com professores de escolas particulares de João Pessoa, visando ter embasamento no nível de diferença de qualidade vocal entre eles e os fatores que interferem nesse resultado.
Deste modo, a conscientização dos professores quanto a necessidade de cuidar do seu instrumento de trabalho, a voz, é de caráter extremamente importante, visto que o profissional é de é de grande importância para a sociedade. O que deveria se de interesse do governo investir na criação de mais políticas de conscientização sobre o uso correto da voz em profissionais da educação e a também a importância do auxilio profissional de um Fonoaudiólogo.
- Objetivos
- Objetivo Geral
Fazer um estudo comparativo sobre a qualidade de professores de escolas públicas e particulares de João Pessoa e quais fatores interferem na qualidade vocal destes professores.
- Objetivos específicos
- Comparar o nível de conhecimento sobre como cuidar bem da sua voz de professores público com o nível de conhecimento de professores particulares
- Quais os principais fatores que influenciam nas alterações vocais nesses professores.
- Justificativa
Estabelecer uma diferença mais específica sobre onde os distúrbios de voz são mais presentes, em professores de escolas publicas ou particulares e o que causa essa diferença
4.Fundamentação teórica
A voz é o som básico produzido pela laringe, por meio da vibração das cordas (tecnicamente chamada de pregas) vocais. A voz expressa as condições individuais (físicas ou emocionais) e, se o indivíduo não estiver em condições saudáveis, a voz deixará transparecer algum problema, ocasionando qualidade vocal disfônica, que pode vir a comprometer a fala e a comunicação. Sabemos da enorme incidência de alterações na voz do professor, que por muitas vezes interfere de maneira negativa na prática diária de transmissão de conteúdos através da voz. Essas alterações vocais estão diretamente relacionadas ao uso abusivo da voz, os professores dependem da voz para continuar a jornada de trabalho. Comportamentos abusivos como falar durante muito tempo, falar em forte intensidade para superar o ruído da sala de aula, numa postura inadequada, com a voz abafada, presa na garganta, utilizando um padrão respiratório inadequado, e hábitos inadequados com ingestão de pouco líquido, uso de pastilhas para garganta, etc².
A realidade mostra que há muito a ser feito quando o assunto é a da voz do professor. Estudos que dêem base científica para o desenvolvimento de projetos e criação de programas que forneçam orientação e terapia quando necessário. Evidentemente já existem várias iniciativas nesses caminhos- o Programa de Saúde Vocal do SINPRO-SP é uma delas- mas para melhorias mais profundas e duradouras é preciso avançar mais¹.
Segundo dados da Academia Brasileira de Laringologia e Voz cerca de 2% dos professores brasileiros estão afastados da sala de aula por apresentarem distúrbios na voz².
Manter a higiene vocal é de eximia importância na prevenção dessas alterações vocais, tomar no mínimo 2 litros de água por dia é imprescindível, já que as pregas vocais precisam de lubrificação para vibrarem de maneira adequada, o professor muitas vezes fica exposto ao ar condicionado e ao pó de giz que fazem a garganta ressecar facilmente.
A voz do Professor é vulnerável ao tempo e ao uso inadequado, sem cuidados especiais, devendo ser tratada como voz profissional. As condições de sua rotina de vida e trabalho, apresentam situações estressantes e fatores de risco para a sua saúde vocal e geral. As DISFONIAS (distúrbios da voz) são apontadas pelos especialistas como um dos principais problemas diagnosticados em Professores. São causadas por alterações na produção da voz (um dos seus principais instrumentos de trabalho), responsáveis pelo afastamento e/ou aposentadoria precoce de 2% dos 25.000 professores brasileiros. Existem relações entre a saúde vocal, os distúrbios da voz e as condições de trabalho³.
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