A influência da mídia na vida das pessoas
Por: flaviaokura • 20/9/2016 • Dissertação • 1.395 Palavras (6 Páginas) • 632 Visualizações
A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA VIDA DAS PESSOAS
Introdução
Vamos abordar bem resumidamente nesse texto, a trajetória da sociedade desde antes do aparecimento da energia elétrica, passando pelo surgimento da televisão até os dias atuais, descrevendo a maneira que a maioria das pessoas se comportou diante desta evolução tecnológica, os reflexos e consequências de tais mudanças em sua rotina.
Vamos também, tentar pôr o assunto em reflexão, para que, na menor das hipóteses, desperte o interesse em prestar mais atenção às nossas atitudes em relação ao convívio com amigos e familiares.
Durante muito tempo a sociedade viveu sem o uso de luz elétrica, foram tempos difíceis de certo modo, levando em consideração que nos dias de hoje, não podemos nem imaginar como seria nossas vidas sem esse benefício; porém, vivia-se com mais qualidade de vida, no sentido psicossocial naquela época. As pessoas com certeza acordavam mais cedo e dormiam mais cedo também, aproveitavam a luz do dia para seus trabalhos, afazeres em geral, encontrar amigos e claro, o lazer. As crianças brincavam com outras crianças, os adultos interagiam com outros adultos.
A evolução foi chegando e com ele, os benefícios da luz elétrica, o conforto. Espantosamente, foi como se o dia tivesse ficado mais longo e consequentemente, as famílias aproveitaram esse momento para ficar mais com seus familiares, conversar mais sentados à mesa do jantar, enfim, aumentou o tempo de convívio dentro de seus lares e fora dele também; com as ruas iluminadas, podia-se passear à noite, caminhar pelas ruas da cidade, encontrar amigos para “bater papo”.
Na década de 20, surgem então as primeiras televisões; apenas em preto e branco, de baixa qualidade, mas eram as “televisões”. Com ela abriu-se uma janela com vista desconhecida e inusitada. Um primor para a época. Mal poderiam imaginar o tamanho da influência que ela exerceria sobre a sociedade em tempos futuros.
Dia após dia, vemos a nossa vida ser invadida por artefatos tecnológicos irresistíveis. A internet que surge como algo tão inovador, colocando o mundo todo dentro de uma tela, trazendo informação, cultura, desenvolvimento, enfim, uma gama de benefícios; impossível não se apaixonar por ela. As avós não precisam mais de caderno de receitas, podem encontrar qualquer prato dentro de um notebook. As pessoas não precisam mais visitar as outras para saber se estão bem, elas podem entrar no “Facebook” ou no “Whatsapp” e perguntarem, verem suas fotos, saber se estão mais gordas ou mais magras; não precisa mais ficar nas filas dos bancos para pagar suas contas porque elas podem ser pagas pela internet ou até mesmo pelos celulares; podemos comprar produtos de qualquer parte do mundo sem nem sair da sua sala para conseguir fazê-lo. Podemos ter o mundo ao alcance do “mouse”. Tudo isso é tão maravilhoso que queremos cada vez mais usufruir.
Podemos assim dizer que sentimos um sentimento de poder, cada vez que realizamos facilmente com um toque no “enter”, algo que precisaríamos nos desprender até algum local, de carro, de ônibus ou a pé, para realizá-lo.
A televisão acompanhou toda essa evolução, nos informa, nos distrai, nos ensina, dita tendências, nos influencia, nos convence; mas também nos afasta, nos subestima. Casa vez mais frequente, vemos pessoas imitando artistas, cantores, personagens, achando que por que viu na “tv” é legal, é normal, que tem que estar no mesmo padrão estético, comprar as mesmas roupas, dietas, tratamentos estéticos estapafúrdios, suplementos, chás, enfim, tudo se tenta imitar, muitas vezes colocando suas vidas em risco por causa de cirurgias plásticas absurdas e repetidas, tendo como foco, algum artista ou celebridade das redes sociais, dentre outras atitudes sem coerência.
Identifica-se então o crescimento de psicopatologias como a vigorexia, corpolatria, oneomania, bulimia, anorexia, etc. A diminuição do contato físico com outras pessoas e interação com elas, também são consequências dessa overdose de mídia a qual estamos passando no mundo atual.
Formou-se um outro mundo dentro do nosso mundo. O mundo virtual, onde as pessoas podem ser quem quiserem ser, ter o que imaginarem ter, podem fingir, fantasiar. E isso acaba afetando negativamente o indivíduo, que muitas vezes acaba se transformando numa pessoa introvertida em seus sentimentos quando se afasta do ser humano, limitando suas habilidades naturais de interação e tolerância a um “esc” no computador. Se não quer mais aquela conversa, simplesmente muda de tela; se cansar de ser loiro de olhos verdes, muda de “amigo” e inventa outro eu. Muito comum para esse tipo de indivíduo, desenvolver uma depressão, porque no fundo sabe que apesar de ter cinco mil e tantos amigos nas redes sociais, ele não tem verdadeiramente ninguém.
E quanto malefício pode trazer a falta de tolerância?
- A falta de tolerância traz discórdia entre as relações, sejam elas entre amigos, familiares, pessoas do nosso convívio e principalmente aos estranhos, pessoas que passam por você pela rua por exemplo. As pessoas estressadas e assoberbadas por suas atividades diárias, se irritam com pormenores, não tem paciência com as situações corriqueiras as quais deveriam estar habituadas. A intolerância leva também a violência, as injustiças, a julgamentos sem base, etc.
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