A transformação so dofrimento psiquico ao longo da história
Por: Priscilla Costa • 4/8/2017 • Trabalho acadêmico • 616 Palavras (3 Páginas) • 222 Visualizações
O Sofrimento psíquico ao longo do tempo foi se transformando, se relaciona com a maneira do individuo de viver em sociedade, cada época um sofrer, a maneira como o ser se posiciona diante do sofrimento ou até mesmo a ausência de posicionamento determina cada época.
A primeira idéia que o vídeo nos faz refletir, é que o sofrimento é subjetivo e singular, não podemos generaliza-lo e minimiza-lo, acomete cada individuo de uma forma particular.
Ao olhar para aquele que sofre nos remetemos a nós enquanto sujeito passível de sofrimento, nosso olhar empático faz com que tenhamos o desejo de compreender o sofrimento e ajudar de acordo com nossas experiências, mas muitas vezes a partir do senso comum o ser humano julga o sofrimento alheio a partir de suas próprias ideias, incorrendo no erro do julgamento com expressões do tipo “é frescura”, “isso não é pra tanto”.
O sofrimento sob o olhar de Freud se deu através dos estudos das histerias, fobias e obsessões.
No pensamento do Psiquiatra e Neurologista George Miller Beard, o sofrimento ganha outra definição, ele desenvolveu a teoria da neurastenia.
Em 1940 surge uma nova maneira de olhar para o sofrimento com as Neuroses de caráter, e em 1950 surgem as neuroses narcísicas.
Entendendo que o sofrimento era visto como a maneira em que a sociedade vivia, Christopher Lash e outros autores como Guy Debord, Gilles Lipovestsky, Zygmunt Bauman , propuseram-se a maneira de se referir a esse sofrimento, como cultura do narcisismo, todos esses críticos sócias embasados pela psicanálise usaram essa estratégia, encarando o sofrimento como algo que fala de toda uma sociedade e de sua maneira de viver.
Nos anos 80 ocorre uma nova mudança na maneira de olhar para o sofrimento, surge os pacientes borderlines, colocam a prova o olhar clinico e dos críticos sóciais, são pessoas que desafiam a relação com o outro, e apresentam dificuldade de manter relações estáveis e duradouras.
Nos anos 2000 todas essas formas de sofrer são sintetizadas nas depressões, transtornos de pânico e anorexia.
Ao longo do tempo muitas foram as transformações sobre o sofrimento, devido as mudanças de se relacionar com a sociedade, evolução do tempo e o tudo que permeia nosso contexto social podendo ser gerador de sofrimento, as diversas forma citadas acima era a maneira com que o sujeito que sofria era visto e categorizado.
Jacques Lacan Psiquiatra Psicanalista que através de seus estudos reformulou os fundamentos da psicanálise, criticou a idéia de doença mental, primeiramente não considerava como doença e sim formas de sofrimento, onde o sujeito que sofre perde um fragmento de sua liberdade, afetando a si mesmo e os que os cercam, isso altera a maneira de pensar sobre o sofrimento, considerando como uma experiência universal e tem uma dimensão que afeta a toda uma sociedade.
A maneira como o ser que sofre consegue ou não falar do sofrimento, altera sua maneira de vivenciar, sendo sua forma de expressão, e o sofre vai obtendo novas formas. Muitas vezes o individuo na impossibilidade de lidar com seu sofrimento,ele se apropria do outro como forma de se libertar de suas amarras do sofrer, tornando-se incapaz de falar sobre o seu sofrimento quando não encontra no outro uma empatia, fazendo com que não seja possível se expressar de modo que forneça dados suficientes para que o próprio sofrimento seja compreendido.
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