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A vida continua na terceira idade

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Por:   •  29/11/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.649 Palavras (7 Páginas)  •  451 Visualizações

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INSTITUTO TAQUARITINGUENSE DE ENSINO SUPERIOR

Carla Patricia Marioto

Jozilaine Ap. Rita dos Santos

Ludmila Carvalho

Patrícia Regina Falcai Silvério

VELHICE

A vida continua na terceira idade

1º Semestre Maio 2014

O ENVELHECER

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) define velhice como "prolongamento e término de um processo representado por um conjunto de modificações fisiomórficas e psicológicas ininterruptas à ação do tempo sobre as pessoas"

Envelhecer é um fenômeno que atinge todos os seres humanos. É caracterizado como um processo dinâmico, progressivo e irreverssível e está ligado à fatores fisiológicos e psicológicos.

Características Fisiológicas: Sistema cardiovascular: diminuição dos batimentos cardíacos; aumento do colesterol; menor resistência vascular.

Sistema respiratório: diminuição da elasticidade pulmonar; redução da força dos músculos respiratórios: alterações na pressão arterial.

Sistema músculo-esquelético: diminuição no comprimento: redução da elasticidade dos tendões; perda de massa muscular (ou seja, alterações na musculatura; atrofia (perda gradativa da fibra muscular)

Sistema Nervoso Central: é o mais comprometido pois é o responsável pelas funções psíquicas e pelas funções biológicas, acarretando então: redução do número de neurônios; da velocidade de condução nervosa; diminuição da intensidade dos reflexos; perda da capacidade de reação e coordenação motora; alterações na circulação sanguínea que conduz oxigênio (ou seja,o fluxo sanguíneo para o cérebro fica comprometido).

A perda de parâmetros fisiológicos podem ser adiadas com a atividade física regular, podendo ajudar a manter capacidades motoras até mesmo em pessoas que ultrapassam 90 anos. (FRIES e CRAPO, 1981; LEWITT e CALNE, 1982; ROSENHEIMER, 1985)

Estudos sugerem que o exercício pode melhorar a saúde do sistema cardiovascular e de diversos músculos, e reduzir a probabilidade de doenças circulatórias e cardíacas. (GOLDBERG, 1984; PAFFENBARGER, 1984; ROSENHEIMER e SMITH, 1985)

Características Psicológicas e Sociais: o ser humano apresenta uma série de mudanças psicológicas com o envelhecimento, resultando na dificuldade de adaptações a novos papéis. Essas características tem relação direta com trabalho, experiências de vida, papéis sociais que desempenhamos como: estudante, esposa(o), trabalhador, aposentado entre outros.

Alterações que ocorrem: crise de identidade; perda da auto-estima; mudança de papéis no trabalho, na família e na sociedade; perdas afetivas (parentes e amigos); perda de autonomia; perda da independência e do poder de decisão; aposentadoria (ficam isolados, deprimidos).

Com todas essas alterações psicológicas o idoso se volta ao passado, como uma reflexão da vida e a necessidade de voltar a definir a própria identidade, assim desejando deixar algo de si mesmos como contribuição para as novas gerações. (BUTLER, 1963)

De modo semelhante, num estudo alemão que pesquisou as visões das pessoas sobre as mudanças de personalidade durante o ciclo da vida, constatou-se que crises como essas podem ocorrer em qualquer época da vida. (KRUEGER e HECKHAUSEN, 1993)

QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE

Diante desta realidade demográfica, em que se observa uma população cada vez mais envelhecida, fica evidente a necessidade de não somente garantir aos idosos a vida, mas também uma boa qualidade de vida. O conceito de qualidade de vida, que está relacionado com a autoestima e com o bem-estar pessoal, abrange outros aspectos como a capacidade funcional, o nível socioeconômico, o estado emocional, a interação social, o autocuidado, o estado de saúde, o estado intelectual, valores culturais, éticos e religiosos, satisfação com o emprego e atividades que desempenha. Este conceito de qualidade de vida sofre variações em diferentes autores (VECHIA et al., 2005).

Segundo Xavier (2003), a percepção acerca da velhice e qualidade de vida difere de indivíduo para indivíduo. Para alguns, a velhice é uma fase de desenvolvimento e satisfação, enquanto para outros é um período negativo da vida. A saúde e a qualidade de vida dos idosos são especialmente influenciadas por diversos fatores físicos, psicológicos, sociais e culturais. Desta forma, a avaliação e a promoção da saúde do idoso requerem a consideração de variáveis de campos distintos do saber, em um trabalho pluridimensional (ANDERSON et al., 1998)

Há uma crença de que a velhice é invariavelmente sinônimo de grande debilitação física e intelectual, contudo, tal afirmação é falsa. A maioria das pessoas idosas conserva sua capacidade física e intelectual em um grau considerável (KAPLAN, SADOCK e GREBB, 2003). Hoje em dia, a velhice não está necessariamente relacionada à doença e afastamento das atividades. Sabe-se que a pessoa idosa possui potencial para mudança e muitas reservas que ainda não foram exploradas. Os idosos, quanto mais atuantes e integrados em seu meio social, podem sentir-se mais felizes e realizados, trazendo, assim, menos sobrecarga para os familiares e para os serviços de saúde. (FREIRE, 2000 citados por CARNEIRO e FALCONE, 2004).

Através de todo o mundo, hoje, os velhos são a parcela da população que mais cresce. No Brasil, a década de 70 caracterizou-se pelo “boom” da velhice. A população com mais de 60 anos passou de 4,7 milhões (5% do total) em 1970 para 19 milhoes (10%) hoje. E a ONU estima que esses número continue aumentando consideravelmente nos próximos 50 anos. Em 2050, um em cada quatro brasileiros será idoso. (Gráfico 1e 2)

Enquanto atingir a terceira idade era proeza, até meio século atrás, quando a expectativa de vida beirava os 50 anos, hoje é cada vez maior o número de pessoas com 80, 100 anos. Os centenários quase dobraram no Brasil em uma década. E já se fala de uma Quarta Idade! Gráfico 3

Gráfico 1 e 2

Gráfico 3

O importante papel do idoso

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