ADOÇÃO: DA REALIZAÇÃO A ADVERSIDADE
Por: ptaglianetti • 18/5/2019 • Artigo • 774 Palavras (4 Páginas) • 198 Visualizações
ADOÇÃO: DA REALIZAÇÃO A ADVERSIDADE
SANTOS, Luciana Ferreira dos
lutiph@gmail.com
TAGLIANETTI, Priscila Mendes de Souza
ptaglianetti@gmail.com
Universidade de Santo Amaro – Curso de Psicologia – 5º Semestre
Projeto de Pesquisa apresentado à Disciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa em Psicologia I
Professora Dra. Maria Imaculada Cardoso Sampaio
RESUMO
A adoção é um ato jurídico que cria um vínculo de parentesco por pessoas que não possuem laços biológicos, tendo como um de seus objetivos buscar uma família que garanta a reinserção do menor em um núcleo familiar que ofereça condições para que a criança cresça e se desenvolva da melhor forma possível e, conforme a Lei 4.655, as crianças e adolescentes adotados passaram a ter os mesmos direitos e deveres dos filhos naturais. Hoje em dia as leis têm como principal objetivo a proteção integral da criança e do adolescente, tornando o interesse da criança como central. Todos os adolescentes lutam para encontrar sua identidade, então faz sentido que as crianças adotadas tenham que lutar mais que as outras. Torna-se fundamental a intervenção de profissionais que atuam na área, para compreender os fatores psíquicos envolvidos na relação na família adotiva e da maneira que esses fatores se manifestam dificultando, em determinados casos, a consolidação de um vínculo mais forte com a criança, ajudando os adotantes a elaborarem da melhor forma os conflitos que podem aparecer durante o processo. O objetivo desse estudo é analisar diversos fatores de risco ligados à adoção como os preconceitos e estereótipos ligados ao filho adotivo e o excesso de idealizações e expectativas postas sobre a criança e comparar dados para considerar ou não que os filhos adotivos sao mais problemáticos do que os biológicos.
Palavras-chave: Adoção. Família. Responsabilização. Adolescência. Inclusão.
INTRODUÇÃO
A adoção ocorre quando a família biológica da criança ou adolescente, por algum motivo, não pode dar continuidade à relação familiar, e pode ser definida como um procedimento pela qual a criança é levada para dentro de uma família da qual seus pais biológicos não fazem parte, mas que são reconhecidos pela lei como seus pais. O art. 28 declara que a colocação em família substituta pode ocorrer de três formas: guarda, tutela ou adoção.
O sofrimento experimentado pelos adotantes é consequência de expectativas extremadas depositadas na adoção e na criança, com isso, os adotantes que não têm sua expectativa cumprida experimentam sentimentos ligados ao fracasso, como se a adoção houvesse “falhado”, o adotado se vê rejeitado e passa a ter que lidar com o luto pelo abandono, podendo haver um comprometimento da identidade, da autoestima e da sociabilidade, além de um comportamento agressivo e baixo rendimento escolar. Todos os envolvidos no processo (pais, criança e profissionais), acabam experimento de alguma forma, sentimentos ligados a frustração, rejeição e fracasso, o que pode provocar a procura por culpados e, na maioria das vezes, essa culpa é direcionada à criança por apresentar um comportamento “inadequado”. Nessa hipótese é que parte das crianças adotadas tendem a ser tornar problemáticos, devido as rupturas que sofreram em suas vidas.
Segundo Ebrahim (2001,p.75) “Uma forte orientação altruísta esta substancialmente associada com um ambiente familiar coeso e harmonioso, onde há ênfase constante em atividades intelectuais e culturais”. De acordo com o autor, um ambiente harmonioso pode influenciar na estrutura cognitiva e psicológica do indivíduo e ajuda nas decisões de sua vida.
Os conflitos surgem em qualquer relação familiar, sendo uma família adotiva ou não, e o objetivo desse trabalho é analisar se adolescentes que foram adotados tem maior probabilidade de serem mais problemáticas do que os adolescentes biológicos.
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