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AS DIFICULDADES DA APRENDIZAGEM COM ÊNFASE NA DISLEXIA

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Por:   •  7/11/2014  •  9.434 Palavras (38 Páginas)  •  596 Visualizações

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AS DIFICULDADES DA APRENDIZAGEM COM ÊNFASE NA DISLEXIA

1. INTRODUÇÃO

A educação deve ser um meio para a promoção e o desenvolvimento da pessoa, tanto a nível individual como social, não devendo reduzir-se a um instrumento e de seleção e classificação que só contempla aos mais capacitados.

Atualmente no Brasil, existam cerca de 15 milhões de pessoas que possuem algum tipo de necessidade especial, e estas podem ser bem diferenciadas como, por exemplo, a mental, auditiva, visual, física, de conduta ou várias deficiências em conjunto. Diante deste panorama, avalia-se que cerca de 90% das crianças que estão cursando a educação básica enfrentam alguma dificuldade de aprendizagem relacionada à linguagem como disgrafia, disortografia e a dislexia que é o tema central dessa pesquisa. (DAVIS, 2004)

Acredita-se que parte dessas pessoas possa sofrer de alguma forma de dislexia, pois, a grande maioria das crianças que apresentam dificuldades no aprendizado possui algum sintoma da dislexia.

Também, de acordo com Davis (2004, p. 38), a dislexia pode ser definida como,

(...) um tipo de desorientação causada por uma habilidade cognitiva natural que pode substituir percepções sensoriais normais por conceituações; dificuldades com leitura, escrita, fala e direção, que se originam de desorientações desencadeadas por confusões com relação aos símbolos. A dislexia se origina de um talento perceptivo.

Dislexia é uma desordem manifestada na aprendizagem da leitura, escrita e na parte lingüística, independentemente de instrução convencional, adequada inteligência ou oportunidade sócio-cultural. Ela depende de funções cognitivas, que na maioria dos casos são de origem orgânica, mas também pode ser hereditária. Em geral, crianças disléxicas são inteligentes, habilidosas em tarefas manuais, têm facilidade para pintura, colagem e desenho.

Os distúrbios de aprendizagem se manifestam em grande parte da população mundial. Estima-se que só nos Estados Unidos, entre 20 e 30% dos estudantes possuem déficit de aprendizagem maior que a média para a idade.

Já no Brasil, de acordo com os dados da Associação Brasileira de Dislexia, a dificuldade afeta cerca de 10 a 15% da população.

A história familiar é um dos mais importantes fatores de risco na dislexia, isto porque 23 a 65% das crianças com pais disléxicos podem desenvolvê-la.

Muitas vezes a dislexia está associada a um desajuste emocional da criança, mas também pode estar relacionada a problemas sociais e adaptativos. A prevalência da dislexia é alta, ocorre tanto em meninos quanto em meninas, frequentemente ocasionando no futuro quadros de ansiedade e desordem psicológicas.

A dislexia se manifesta através de um conjunto de sintomas que revelam uma disfunção parietal, que em alguns casos é de origem hereditária, porém, algumas vezes é adquirida, e que afeta a aprendizagem da leitura em padrões que podem variar do leve ao severo. (CONDEMARIN, Mabel; MARLYS, Blomquist. Dislexia: Manual de leitura corretiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986)

De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), as principais dificuldades apresentadas pela criança disléxica são:

a) demora em aprender a falar, fazer laço nos sapatos, pular corda;

b) dificuldade para escrever números e letras corretamente;

c) dificuldade para ordenar as letras do alfabeto, meses do ano e sílabas de palavras compridas;

d) dificuldade para aprender a tabuada e outros cálculos;

e) atrapalhar-se ao pronunciar palavras mais extensas.

A Dislexia, de acordo com Rotta; Ohlweiler; Riesgo (2006, p.152) consiste no “transtorno manifestado por uma dificuldade na aprendizagem da leitura e por problemas na escrita, independentemente da instrução convencional, inteligência adequada e oportunidade social”; segundo Frank; Livingston (2003, p. 23) “não é uma doença, mas sim um distúrbio com base neurológica”.

As deficiências são percebidas à medida que a criança apresenta dificuldades na linguagem falada e escrita, colocando-se como um grande desafio para o professor.

De acordo com Davis (2004), a maior parte das escolas ainda ao responde, com eficácia, ao desafio de lidar com as necessidades das crianças que apresentam problemas relacionados ao aprendizado como a dislexia.

A constatação de que uma criança é portadora de dislexia, provoca ansiedade tanto na família quanto na escola e nos profissionais de reeducação, devido as limitações existentes na colaboração familiar e das difíceis adequações escolares. Em relação à criança observa-se um alívio por definir a causa das suas dificuldades, pois pelo menos ela não ficará exposta ao rótulo de preguiçosa, desatenta e bagunceira. Dessa forma, é importante o diagnóstico para dirigir as técnicas mais adequadas para a reintegração do aluno.

Manifestações como decepção, desaprovação, ridicularização, humilhação por parte dos grupos aos quais pertence, afetam a auto-estima da criança. É comum ela ser ridicularizada pelo grupo social no qual está inserida. Com a auto-estima baixa, a criança pode desenvolver distúrbios em seu comportamento, agressividade ou até mesmo depressão. Por outro lado, quando compreendida e amparada, ganha segurança e vontade de colaborar.

Uma das grandes frustrações dos pais é saber que seu filho tem problemas escolares. A maioria não sabe o que fazer e como ajudar. O mais correto é procurar apoio nas escolas, com os professores e orientadores.

Porém alguns professores, por não possuírem subsídios para identificarem os alunos com tal problema e desconhecerem estratégias eficazes, não conseguem auxiliar os alunos a superar suas deficiências de aprendizagem, o que pode gerar além de grande insegurança, alguns atrasos, ocasionando até mesmo problemas de relacionamento para o aluno portador de referido distúrbio.

Muitas crianças que sofrem de dislexia, cujas causas são orgânicas precisam ser acompanhadas multiprofissionalmente. Uma criança disléxica necessita de uma equipe interdisciplinar para o diagnóstico e tratamento, para assim, obter melhores resultados. O médico tem papel muito importante em diagnosticar o mais rápido possível o transtorno da linguagem e verificar se há ou não alguma causa orgânica para o déficit.

O objetivo deste estudo é identificar as causas e conseqüências da dislexia, demonstrar

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