AS REFLEXÕES SOBRE A ÉTICA DO PSICÓLOGO CLÍNICO

CAPITULO V– REFLEXÕES SOBRE A ÉTICA DO PSICOLÓGO CLÍNICO

OBJETIVO- Ater-se à postura ética do profissional que atua na área da Psicologia Clínica sem a intenção de esgotar ou teorizar o assunto. Iniciar traçando um panorama sobre essa área estabelecendo o contexto para reflexões específicas.

DIFICULDADES

COMENTÁRIOS- Em meados da década de 30 e 40 surgiu a figura do Psicotécnico que avaliava as características psicológicas individuais dos indivíduos no contexto do trabalho e da educação visando melhorar suas habilidades para melhor desempenhar seus cargos, com foco em identificar as diferenças de cada um.

A partir deste técnico criou-se o primeiro curso de Psicologia na PUC-RJ e em 1962 houve a regulamentação da profissão de psicólogo onde além de psicodiagnósticos os formados atuariam em psicoterapia individual e em grupo para uma clientela com poder aquisitivo elevado.

Nesta área da psicologia havia uma grande preocupação, pois o modelo médico tinha uma grande influencia sobre ela e a área ganhou projeção com os psicodiagnósticos e necessitava de uma delimitação no seu campo de atuação.

Hoje o que define o perfil do psicólogo clinico é a resolução 02/2001 do CFP que fala que um dos objetivos desta área é promover ao sujeito e grupos mudanças, transformações e prevenção de dificuldades.

O psicólogo clínico atua no diagnóstico de situações de crise, em problemas de desenvolvimento ou em quadros de psicodiagnóstico utilizando de entrevistas, avaliações psicológicas entre outras técnicas.

Nos dias atuais a psicologia tem atualizado seu olhar que baseava-se na clássica teoria psicanalítica direcionando seu compromisso também para o social com trabalhos preventivos e curativos em consultórios particulares, hospitais, instituições e em comunidades com equipes multidisciplinares, utilizando abordagens como, humanista comportamental, cognitiva sócio histórica entre outras.

Portanto com esta constante transformação nesta área se faz necessária uma revisão em suas concepções teóricas pautando a constituição da subjetividade como sendo social e a multidisciplinaridade como bases para a produção de conhecimento da psicologia clinica.

Contudo a alteração da visão de homem visando a aceitação de suas diferenças sem que necessariamente esteja enquadrada dentro das normoses antes concebidas é de grande importância, pois assim se faz uma modificação desde suas bases e não somente na aparência.

Conduzir a atuação de qualidade na área da clínica é preciso em primeira instância que o profissional tenha um conhecimento de si mesmo, para não posicionar suas questões pessoais no atendido, ouvir sem conduzir a uma postura superior, que devido à vulnerabilidade dos humanos, que está em constante movimento sempre se desenvolvendo, torna - se muitas vezes um desafio ao profissional. Não deixando de ter competência técnica e responsabilidade na realização de seu trabalho que propôs a exercer. Para que consiga atingir um atendimento de significância, o profissional precisa ter um importante embasamento teórico, um treinamento e experiência na pratica supervisionada e estar em analise pessoal ou fazendo terapia, assim assegurando a qualidade em seu atendimento. Levando em