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ASPECTOS PSICOPATOLÓGICOS NA CONDUTA ANTISSOCIAL

Por:   •  5/6/2018  •  Seminário  •  1.493 Palavras (6 Páginas)  •  205 Visualizações

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        1

PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO        1

PESPECTIVA FENOMENOLÓGICA EXISTENCIAL        2

PESPECTIVA PSICANALÍTICA        3

ASPECTOS PSICOPATOLÓGICOS NA CONDUTA ANTISSOCIAL        5

CONCLUSÃO        6

REFERÊNCIAS        7


INTRODUÇÃO

O comportamento antissocial, no dicionário, é entendido como aquilo que é contrário ou prejudicial a sociedade; incapaz de socialização; conflituoso. Apesar do conceito dado pelos dicionários, há muitos aspectos que devem ser levados em conta ao pensamos nos transtornos de personalidade antissocial. Deste modo, fez necessária uma análise bibliográfica do artigo - Alcances e limites do Psicodiagnóstico Interventivo no tratamento de crianças anti-sociais (BARBIERI; JACQUEMIN; ALVES, 2004).

Ao falarmos em crianças antissociais, alguns comportamentos podem ser observados no decorrer do desenvolvimento dessa criança. Esses comportamentos são: mentir, matar aula, desobedecer, agredir, irritar, isolar e outros. É importante salientar que cada um desses comportamentos pode ter uma consideração diferente dependendo do nível dos mesmos.

Os fatores que podem contribuir para o comportamento antissocial da criança, são os mais diversos, porém os que mais se destacam são os fatores ambientais e constitucionais. Este trabalhado lança mão de conceitos importantes, no que se refere ao psicodiagnóstico a partir da pespectiva fenomenológica e da psicanálise, além dos aspectos psicopatológicos da tendência antissocial.

PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO

Cunha (2007, p.24) conceitua o psicodiagnóstico interventivo como:

“Um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções, se for o caso.”

“É uma prática surgida no final dos anos noventa e vem crescendo, consideravelmente, em função da procura humana em solucionar seus problemas psíquicos rapidamente” (SANTOS, BERBERT, 2016).

Os autores ainda fizeram “uma busca sistematizada abrangendo artigos de periódicos indexados nas Bases de Dados: Scielo, Pepsic e Google Acadêmico.” A partir da pesquisa de Santos e Berbert (2016), foi possível verificar a existência de duas grandes abordagens da psicologia atuantes no Brasil que propõem práticas de psicodiagnóstico interventivos, são essas: os modelos psicanalítico e fenomenológico existencial.

Psicodiagnóstico Interventivo consiste em uma prática da Psicologia Clínica que integra simultaneamente os processos avaliativo e terapêutico. Nesse método de intervenção são utilizados assinalamentos e interpretações desde a primeira entrevista com o paciente e durante a aplicação de técnicas projetivas. Sua fundamentação repousa no potencial da situação diagnóstica para trazer à tona, de maneira concentrada, aspectos centrais da personalidade do indivíduo (Cunha & Cols., 2000; Ocampo, Arzeno & Piccolo, 1979/1987; Trinca, 1997 citados por BARBIERI; JACQUEMIN; ALVES, 2004)

PESPECTIVA FENOMENOLÓGICA EXISTENCIAL

Os pressupostos teóricos acerca do psicodiagnóstico interventivo, na perspectiva fenomenológica existencial, são ancorados em ideias de autores como: Ancona-Lopez, (1995); Cupertino, (1995); Yehia (1995). É importante ressaltar que sua proposta não se restringe ao processo investigativo, tendo também caráter interventivo. É um processo que busca identificar forças e fraquezas no funcionamento psíquico, com foco na existência e não na psicopatologia. É uma perspectiva que propõe o papel ativo do cliente.

É uma prática realizada em conjunto – psicólogo(a), criança e responsáveis. O saber e as ressignificações são construídos juntos.        As intervenções são feitas ao longo do processo, seja através de pontuações ou esclarecimentos. Evita classificar, busca compreender os sujeitos e seu modo de estar no mundo.

Ancona-Lopez e Cols. (1995, apud BARBIERI; JACQUEMIN; ALVES, 2004), enfatizam que a eficácia do Psicodiagnóstico Interventivo da criança depende das características do ambiente familiar. A importância do meio familiar nos resultados do método não deve, contudo, ofuscar a consideração das características das crianças em tratamento. “As colagens (autoimagem, álbum de retrato), ou seja, construções de cartazes pelo próprio avaliando, a leitura de histórias, fábulas e contos (para intervenção com crianças), e elaboração de histórias a partir de imagens” são algumas das práticas mais utilizadas nesse modelo (SANTOS, BERBERT, 2016).

PESPECTIVA PSICANALÍTICA

A etiologia, vínculo com organizações específicas de personalidade e maior prevalência no sexo masculino, são alguns dos aspectos do Transtornos de Conduta que podem ser melhor compreendidos e esclarecidos se examinados sob a perspectiva psicanalítica.

Alguns autores como Soifer (1992) e Kernberg (2000) apud BARBIERI; JACQUEMIN; ALVES (2004, s/p.), sustentam que o predomínio de mecanismos psicopáticos se deve à existência de um superego de natureza débil, lacunar e deficitária. Contudo, as teorias mais tradicionais sobre a criminalidade, como as de Freud, Klein e Winnicott, rejeitam a ideia de que o superego do infrator seja mais frágil do que o do indivíduo normal, ou que esteja simplesmente ausente.

Freud (1928/1976), se posiciona lançando mão da ideia de que o crime aconteceria em função de uma culpa inconsciente e seria usado para racionalizá-la. Embora Freud considere a intensidade da disposição bissexual como o principal fator na etiologia do comportamento criminoso e atribua uma importância secundária à severidade e rigidez paterna, afirma que as reações edípicas dessa natureza podem desaparecer se não forem sustentadas pela realidade externa.

Melaine Klein (1927/1981), também sustenta a ideia de que o Complexo de Édipo é o ponto estratégico na etiologia da conduta criminosa. Quanto as possibilidades de tratamento, Klein argumenta que se não há deficiência no superego (apenas uma evolução diferente), a análise poderia alterar o comportamento criminoso do mesmo modo como remove as neuroses. Em 1934, ela afirma categoricamente a possibilidade de curar crianças antissociais por meio da análise.

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