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Alcoolismo

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Por:   •  27/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.741 Palavras (11 Páginas)  •  329 Visualizações

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INTRODUÇÃO

É da natureza do ser humano descobrir sempre novos prazeres e sensações. O ser humano está naturalmente exposto a esses prazeres por conta da sociedade de consumo em que está inserido, o que incita ainda mais essa busca pelo prazer com o propósito de alcançar a “felicidade”, que parece eterna, mas, que na verdade, é ilusória e passageira.

O consumo do álcool é culturalmente aceito em todo o mundo. Os anúncios publicitários mostram pessoas em confraternizações, em praias, em encontros, em jogos de futebol... felizes, festivas, corpos sarados, fazendo uso de bebidas alcoólicas, com naturalidade. Vendem a ideia de que o álcool não é prejudicial, não causa danos à vida.

É fato que o álcool, se consumido exageradamente, pode trazer risco físico para a saúde e risco comportamental para o ambiente.

Infelizmente a sociedade brasileira, com toda a sua complexidade, não está preparada para proteger o indivíduo intoxicado. É alto o custo social do uso nocivo do álcool.

[...] e quase sempre consideram absolutamente normal a experiência com o álcool, como se fosse parte do desenvolvimento de qualquer um, e não um primeiro degrau na escalada das drogas. Afinal, dizem eles, tomar o porre é como perder o primeiro dente: marca uma passagem obrigatória para todos os indivíduos de nossa cultura. (ARATANGY, 2000, p.70)

DESENVOLVIMENTO

De acordo com Lapatte (2001, p. 102) os homens primitivos e os animais de alguma forma buscavam algum tipo de prazer e relaxamento no consumo de frutas apodrecidas, que fermentavam.

Existem registros de consumo de cerveja e vinho há mais de 6000 a.C, algumas vezes com fins terapêuticos como no caso da cerveja, que era recomendada como tônico para mulheres que amamentavam.

O teor alcoólico do vinho e cerveja, produzidos inicialmente, era baixo, pois dependiam exclusivamente da fermentação. Na Idade Média, com o advento do processo de destilação, introduzido pelos árabes, na Europa, surgiram novos tipos de bebidas alcoólicas que passaram a ser usadas em sua forma destilada. Naqueles tempos esses tipo de bebida passou a ser considerado um remédio para todos os males, pois “dissipavam as preocupações mais rapidamente que o vinho e a cerveja, além de produzirem um alívio mais eficiente da dor”. Assim, surgiu a palavra uísque, do gálico usquebaugh, que significa “água da vida”.

O uso do álcool esteve presente em vários momentos da História: na construção de impérios, vitória de guerras, organização de sociedades democráticas, ao desbravar o planeta, além de ajudar a humanidade a superar epidemias e inventar tecnologias, essenciais para todos.

No Brasil, no período pré-colonial, a bebida produzida pelos índios, usada por eles em rituais e celebrações de vitórias de guerras era o cauim, uma bebida feita de raízes de mandioca e milho, que eram mascadas pelas mulheres da tribo e cuspidas em uma vasilha. Depois eram aferventadas em guardadas em vasilhames os quais eram enterrados para a fermentação.

Essas festas, regadas a cauim pelos indígenas, não eram vistas com bons olhos pelos colonizadores, por conta das alterações de comportamento que os mesmos apresentavam.

Através das ações dos missionários que intencionavam domesticar os índios, outras bebidas começaram a ser introduzidas no Brasil, como a cachaça, por exemplo. Os índios começaram, juntamente com os colonizadores a fazer uso dessas bebidas, deixando de lado suas tradições.

Com o advento da Revolução Industrial o álcool passou a ser produzido e consumido em enormes quantidades, por conta da produção em larga escala e redução de preços.

No início do século XX os EUA instituiu a Lei Seca no país. As pessoas, começaram, então a se encontrar clandestinamente em bares. Esse fato fortaleceu as máfias e aumentou a criminalidade, porém, teve um fator positivo que foi a consolidação da igualdade dos direitos entre os homens e mulheres. Esse contexto criou o Movimento Feminista, que se mobilizou contra a Lei Seca, e, em 1932 essa Lei foi revogada.

O fato é que, hoje, o álcool faz parte de nossas relações cotidianas. O álcool tem sua venda liberada em todo o Brasil e está sempre ligado a festas, baladas, comemorações, eventos felizes.

O que a grande maioria das pessoas desconhece é que o álcool é considerado uma droga psicotrópica. Atua no sistema nervoso central, provocando mudanças no comportamento de quem o consome e tem potencial para desenvolver a dependência.

É uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo liberado e incentivado pela sociedade, motivo pelo qual é diferenciado das demais drogas. Mesmo com toda sua aceitação social, as bebidas alcoólicas quando consumidas em excesso, passam a ser um problema. Os episódios de embriaguez causam diversos acidentes de trânsito e até mesmo eventos de violência.

A longo prazo, o consumo de álcool, dependendo da dose, freqüência e circunstâncias pode causar dependência, que chamamos de alcoolismo.

O consumo inadequado de álcool é um sério problema de saúde pública, principalmente nas sociedades ocidentais, pois acarreta custos elevados para a sociedade em questões médicas, profissionais, psicológicas e familiares.

Efeitos agudos do álcool

Os efeitos provocados pelo álcool aparecem em duas fases distintas: a primeira é estimulante e a segunda, depressora.

Os primeiros efeitos estimulantes, logo após a ingestão de álcool podem ser de euforia, desinibição, tendo inclusive mais facilidade para falar.

Com o passar do tempo começam a aparecer os efeitos depressores como a falta de coordenação motora, sono e descontrole.

Nos casos de ingestão exagerada de álcool o indivíduo pode até mesmo entrar em coma.

Os efeitos do álcool variam de pessoa para pessoa. Uma pessoa que esteja acostumada a beber sentirá menos os efeitos do álcool do que uma pessoa que não tem o hábito de consumir essas bebidas.

Alguns efeitos desagradáveis que podem ser desencadeados pelo consumo do álcool: enrubescimento da face, dor de cabeça e mal estar geral. Ocorrem com maior intensidade entre pessoas cujo o organismo tem dificuldade em metabolizar o álcool.

Efeitos do álcool durante a gravidez

O consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez pode trazer conseqüências para o recém-nascido. É aconselhável a gestante não fazer

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