Análise do Vídeo Vída de Maria

FACULDADE DE SAÚDE E HUMANIDADES IBITURUNA – FASI

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

ANÁLISE VÍDEO: VIDA MARIA

VIVIANE AZEVEDO FIGUEIREDO

MONTES CLAROS – MG

MAIO/2021

VIVIANE AZEVEDO FIGUEIREDO

ANÁLISE DO VÍDEO: VIDA MARIA

Trabalho apresentado ao 5º período de Psicologia da Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna - FASI, como requisito parcial para aprovação na disciplina Psicologia na Assistência Social.

Professor(a): Jaciany Soares Serafim

MONTES CLAROS – MG

MAIO/2021

O curta conta a história de três gerações de mulheres de uma mesma família, baseando na personagem Maria, uma menina de aproximadamente cinco anos de idade que se esforça para aprender a escrever o próprio nome. Esta cena mostra as feições descontraídas e o cuidado dela com as letras que preenche no caderno.  Enquanto isso, a mãe, uma mulher da roça e sem instrução, a desestimula dizendo “não perca tempo tentando ‘desenhar’ o seu nome”. Com a aproximação da mãe, na cena, o deleite de Maria é imediatamente substituído pelo olhar assustado e amedrontado, baixando a cabeça diante do olhar duro que a encara, obedece prontamente a mãe e se dirige para o trabalho na roça.

Então, a menina se vê obrigada a abandonar os estudos para trabalhar e ajudar nos afazeres domésticos. Uma concepção de infância esvaziada, que considera o indivíduo apenas um braço a mais para o trabalho. Com o objetivo de mostrar o impacto da ausência da educação e do lúdico de uma geração para outra, o curta acompanha o passar do tempo da vida de uma família sem estudo.

Enquanto Maria trabalha, a câmera, que se movimenta aos poucos, irá enfocar o desenrolar da vida da menina que se tornará moça, engravidará, terá filhos e envelhecerá.

Maria, a partir do exemplo que teve, continua a reproduzir a lógica que aprendeu, com seus próprios filhos, desestimulando a filha das tarefas da escola e impulsionando-a para a lide no campo. Essa história é cíclica, e é observado que existe uma desvalorização da educação como um ciclo, que perpetua desigualdades.

Com uma estética sutil e delicada, o filme mostra também como as experiências vividas na infância são determinantes para a construção do indivíduo e dos valores, vemos os ensinamentos perdurarem e atravessarem gerações

Vale observar como as personagens femininas se distinguem umas das outras. Enquanto as meninas carregam vestidos florais e coloridos, feições leves e tranquilas, as respectivas mães usam vestidos escuros e sóbrios e carregam uma linguagem mais brusca e dura.

Fazendo uma correlação do curta com o Plano Nacional de Assistência Social – PNAS, e suas funções verifica-se que a proteção social, a defesa de direitos e a vigilância socioassistencial poderiam ser utilizados em benefício desta família através de acolhida, apresentando a eles espaços e informações sobre seus direitos, com auxílios financeiros e benefícios caso a equipe do PNAS verificassem a necessidade, mostrando a importância do convívio com a construção, restauração e fortalecimento dos laços de pertencimento, trazendo autonomia, lhes apresentando a importância do exercício de cidadania e ainda apoio e auxílio.