Analise Fenomenológica Do Filme Minha Vida Sem Mim
Monografias: Analise Fenomenológica Do Filme Minha Vida Sem Mim. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: LILIANALVES • 25/8/2014 • 741 Palavras (3 Páginas) • 1.870 Visualizações
Analise Fenomenológica
Filme:Minha Vida sem Mim
No primeiro momento do filme, Ann está em um momento de angústia existencial, está em contato com o seu interior, pensando sobre sua vida, suas escolhas e suas atitudes, e assim redescobrindo o poder-ser, entrando em contato com as coisas que ela gostava e não fez por achar que era eterna.
Isso fica claro no trecho em que ela fala “- está é você, quem teria imaginado”.
Ela vive em seu impessoal, todas as suas decisões até aquele momento da descoberta da doença, foram por influência das pessoas,ela era parecida com sua mãe e esse pode ser um dos motivos da relação delas ser tão ruim, sua mãe também vivia de forma imprópria, não conseguia olhar pra si e para as possibilidades, agia como a maioria das pessoas, conformada com a sua vida sem perspectivas de mudança, não compreendia sua temporalidade e que seu passado estava afetando o seu presente, e por isso ela era amargurada e não tinha prazer na vida.
Mas é essencial destacar que Ann vivia do modo "piloto automático" porque entrou nessa rotina sem perceber, assim como a maioria de nós, mas essa foi uma escolha dela, por isso a responsabilidade pelo rumo de sua vida, caiu sobre ela no momento de angustia.
O dasein não é algo que está pronto, ele muda ao decorrer da vida, não é algo estático. Ann parecia não compreender isso, não havia mudanças em sua vida, havia casado aos 17 anos, tinha duas filhas e morava em um trailer no quintal de sua mãe e isso era tudo, se preocupava com todos ao seu redor, menos com ela mesma, a temporalidade para ela sempre foi levada para o sentido cronológico, como se ela fosse eterna, mas tudo mudou, quando se deu conta de que somos ser-para-morte, a partir deste momento, passou a viver a temporalidade extática, aquela que não nos permite viver de forma programada, nos possibilita escolhas e plena ciência de que o passado e o futuro afetam o presente.
Ao descobrir que tinha um câncer nos dois ovários, em um primeiro momento ela tem uma certa resistência a aceitar sua real situação, talvez por medo, ou por não aceitar que iria morrer, ao compreender sua verdadeira situação e vemos isso no trecho que ela fala: "- sua vida toda foi só um sonho, agora que você está acordando" . Este é o momento de angustia, o dasein tem que lidar com sua real condição finita e a compreensão disso gera medo, pois entendemos que em algum momento iremos morrer, mas compreender isso é difícil, pensar em como será sua continuidade, o medo de não conseguir realizar tudo o que queria ou a forma como vai viver o tempo que resta, é doloroso.
È necessário ao dasein experiência a angustia para assim compreender e viver de uma forma própria e singular, conhecida na fenomenologia pelos termos de poder-ser / ser-livre, ou seja, entender que existem milhares de possibilidades além das quais estamos acostumados.
A personagem começa a se questionar, e vemos como o impessoal tomava conta de sua vida quando ela fala que "talvez estivesse tão prática que tinha esquecido de pensar", e nesse momento ela faz uma lista com coisas que gostaria de fazer antes de morrer, esse ato permite com que ela entre em contato com a sua temporalidade, pensando em seu pai que estava no passado e em
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