Analise do Filme Ensaio sobre a Cegueira
Por: Lu_lima • 15/12/2024 • Trabalho acadêmico • 1.308 Palavras (6 Páginas) • 21 Visualizações
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Atividade avaliativa de Tópicos Especiais em Psicologia II
Prof. Leandro Groba
12/12/2023
Prazo de entrega: 23/12/2024
Instrução:
- A resposta não tem limite de quantidade de páginas;
- A avaliação pode ser feita até em trio;
- As citações diretas devem estar de acordo com as normas atuais da ABNT;
- Caso faça citações diretas, será necessário incluir ao final da resposta a referência bibliográfica da citação.
Questão:
A partir do relato fictício de uma primeira entrevista terapêutica na clínica escola da UFRB, defenda uma hipótese diagnóstica. Argumente esta hipótese diagnóstica dentro dos critérios expostos no DSM 5. Boa Avaliação! (3,0)
Identificação:
Maria Rita é uma mulher de 38 anos, reside na Urbis 1 em Santo Antônio de Jesus, casada há 5 anos (primeiro casamento), não tem filhos ou filhas, brasileira com o segundo grau completo, de 1,72 metros. Trabalha como atendente em uma farmácia no bairro Andaiá. Declarou não ter deficiência ou comprometimento cognitivo. Não toma remédio atualmente, mas a 5 anos atrás disse que por um período de 6 meses ela tomou por conta própria remédio para ansiedade.
Relato da primeira sessão:
Maria Rita. disse que soube por meio de uma amiga que ouviu uma entrevista na Rádio Andáia que a UFRB estaria abrindo um serviço de terapia para as pessoas que quisessem fazer terapia de graça. Ao chegar no primeiro atendimento, relatou que estava fazendo obra no quintal de sua casa, que isso a estressava muito, que obra é muito custoso, que passava o tempo antecipando as coisas por conta de que acredita que precisar estar preparada para os imprevistos que poderiam surgir. Quando perguntada se houve imprevistos na obra, disse que não, que seu marido que está fazendo a obra sem ajuda de outras pessoas o que acabava sendo mais fácil de controlar financeiramente, pois a obra só avançava quando tinham dinheiro para comprar material. Por outro lado, a obra não tinha previsão para acabar.
Relatou que o marido também a incentivou a ir fazer as sessões. Ele argumentou que ela precisava conversar com algum profissional sobre suas “coisas”, que, segundo ele, já estavam presentes desde o tempo do namoro, mas que desde que a obra começou, alguns meses atrás, esse quadro se intensificou Para ele, ela era muito “nervosa com as coisas”.
Quando perguntada o que era isso que ele chamou de “nervosa com as coisas”, Maria Rita. disse que era uma coisa tipo um frio na barriga, as vezes as mãos tremiam, tinha dores de barriga e ela ficava com muitos “pensamentos esquisitos”. Quando perguntada sobre que pensamentos eram esses, ela disse que eles variavam, que “só Deus pra me ajudar a tirar eles da cabeça”. Ela afirmou que ontem ocorreu um momento assim, mas estranhou pois não tinha muito a ver com a obra. Ela contou que seu marido disse que eles haviam sido convidados para passar o réveillon na casa do cunhado dela na ilha de Itaparica e que isso pegou ela de surpresa. Ela ficou nervosa, com aquele frio na barriga, “piriri”, tremendo, até chegou a suar frio. Não estava preparada para ir para a ilha. Na verdade, não tinha começado a pensar no réveillon por conta do excesso de trabalho por conta de uma mudança de escala e demandas da obra. Ela ficou com a cabeça muito “cheia de coisas”, não sabia o que fazer. Disse que essas “coisas” a tiram do eixo, deixam ela bem “desorganizada”. Disse que gosta de suas “coisinhas bem planejadas”. Relatou que normalmente ela “entra em parafuso” quando ela começa a perder o controle.
Foi dito que de alguma forma ela conseguiu se organizar para poder começar uma terapia e, a partir desse movimento, foi perguntado o que ela buscava ao procurar uma ajuda psicológica. Nesse momento, Maria Rita afirmou que queria deixar de ser assim, de não ter mais “essas crises”, que ela fica com medo de ter novamente isso.
Perguntada se ela lembra de quando isso que ela chama de “crise”, relatou que começou a aparecer quando ela entrou na adolescência. A partir desse momento ela passou a dizer que sentiu isso aos 12 anos quando a situação financeira dos pais apertou. Nesse contexto ela precisou trabalhar como ajudante, uma “faz tudo” em um comercio pequeno que o tio tinha perto do clube dos 1000. Ela disse que foi muito difícil. Foi a primeira vez que ia para tão longe de bicicleta sozinha e que ninguém explicou direito o que ela ia fazer, que tudo era uma bagunça e ficava com medo de brigarem com ela se fizessem algo errado. Nunca chegou a errar nada demais, mas ficava assim. Ela disse que as vezes achava até que ia desmaiar de tão tensa.
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