Antropologia Margaret Mead e Marcel Mauss
Por: jenycardosoo • 16/3/2021 • Trabalho acadêmico • 631 Palavras (3 Páginas) • 324 Visualizações
1 – Margaret Mead e Marcel Mauss abordam as relações entre indivíduo, sociedade e emoções. Tomando ambos os autores em conjunto, o que se pode aprender com eles no que diz respeito a essas relações?
O objetivo de Mauss é mostrar, através do ritual oral dos cultos funerários australianos, que as indicações dadas para as lágrimas, valem também para outras numerosas expressões de sentimentos. E que são fenômenos sociais, marcados por manifestações não-espontâneas e da mais perfeita obrigação.A coletividade está sempre presente, até mesmo nos ritos mais simples onde se pensa o indivíduo, há sempre a presença do grupo. São fixados os tempos, condições coletivas dos sentimentos e os agentes de expressão. Por isso Mauss coloca que dá para tirar prova da natureza social dos gritos e sentimentos estudando sua natureza e conteúdo, porque todos esses gritos e sentimentos tem sua eficácia e, juntamente
com os cantos, são moldados numa forma coletiva. O autor, portanto, aponta essa demonstração de um considerável número de expressões e emoções, acompanhadas de um caráter coletivo, para o autor, são mais que meras manifestações, são sinais de expressões entendidas, são linguagem. E consequentemente, uma forma simbólica.
Através do texto de Mead vemos que vários fatores apontados por ela beneficia uma passagem da adolescência mais suave (consequentemente, um adulto melhor), menos angustiada e conflitiva que aquela vista nas sociedades ocidentais. Ou seja, ela faz uma correlação importante entre a cultura e as circunstâncias da adolescência. Mead alega que, diferentemente dos adolescentes das sociedades ocidentais cuja puberdade inicia com toda a certeza um período de estresse emocional, sofrimento e diversas formas de desajuste social, as adolescentes samoanas de seu estudo manifestam que não são desiguais a suas irmãs de idade inferior ou posterior à puberdade, exceto às mudanças físicas. A autora dá bastante importância aos métodos educacionais samoanos, que minimizam as diferenças individuais, evitam a afloração de conflitos afetivos entre pais e filhos e,principalmente, tratam das questões do sexo, da gravidez, do nascimento e da morte com “naturalidade”, como “fatos físicos da vida”
2 – Em suas próprias palavras (as suas e não as do autor), o que é a eficácia simbólica tratada por Lévi-Strauss?
O xamanismo é uma expressão concreta daquilo que Lévi-Strauss define como eficácia simbólica, que implica processos de interação social. Lévi-Strauss explana relatos etnográficos onde busca expor os mecanismos psico-fisiológicos penetrados dentro da ordem de concepção daquilo que chama eficácia simbólica. Durante o artigo, Strauss vai nos lançar a relatos onde procura mostrar suas ideias a partir do método estrutural. A concepção é de que o feiticeiro não seria “tanto” (quanto ele parece a primeira vista) porque ele somente desempenha a cura. Na própria ideia de feiticeiro do grupo está sobreposta a idéia de poder que causa alguma coisa. Seria um tipo de “carisma” conduzido do grupo para um indivíduo, apoiado sobre seu inter-relacionamento.
3 – Considerando o texto de Miriam Rabelo, como um futuro profissional de psicologia pode conceber e se relacionar com as curas realizadas por rituais religiosos?
Como psicólogos, precisamos acolher o que faz bem ao paciente em tratamento. Se um indivíduo chega ao consultório dizendo que participou de um ritual de cura e de fato aquilo lhe fez bem, nós, profissionais, não iremos questionar a sua fé ou suas crenças. Não importa qual seja. Muito pelo contrário, precisamos apoiar o paciente e usufruir disso para entendê-lo e ajudá-lo. De fato, não há como conhecer um indivíduo sem conhecer suas crenças. Portanto, a psicologia não é sobre julgamentos ou questionamentos da fé alheia, mas sim sobre promover a saúde mental. Então, como dito anteriormente, se há algo que o indivíduo acredita veementemente e o faz se sentir melhor, então precisamos aproveitar disso para benefícios dentro da terapia.
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