Análise Crítica Liderança de Equipes
Por: JulianaVillar • 28/8/2021 • Resenha • 1.455 Palavras (6 Páginas) • 104 Visualizações
Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2021. Caio da Silva Bastos
Profª: Angela Buzetto Curso: Liderança e Motivação
Análise Crítica
A importância da liderança frente à complexidade do mundo contemporâneo
Pedras preciosas são minerais cristalinos raros que tem particularidades próprias e de importante valor. Um talento é uma aptidão incomum que, natural ou adquirida, leva alguém a fazer alguma coisa com maestria. Estas duas definições são fundamentais para se exercer o conceito de liderança, que teve início em 1911, e se enriquesse cada vez mais frente à complexidade do mundo contemporâneo. Quando um liderado percebe que o líder o vê como uma peça importante na equipe, como uma pedra preciosa, como um talento que ele não quer perder, o comprometimento deste integrante da equipe, ao sentir este reconhecimento, aumenta. Sabemos que as pessoas, em determinados grupos, possuem características muito diferentes e pensamentos distintos em relação ao reconhecimento. Muitos irão dizer que o único tipo de reconhecimento valioso e que realmente importa para eles é o reconhecimento financeiro, mas é notório que o reconhecimento vindo do líder atrelado ao sentimento de confiança a ele, traz maior segurança e conforto para que os liderados possam desempenhar suas atividades da melhor maneira possível no dia-a-dia de trabalho.
Ainda falando sobre as diferentes caracterísicas das pessoas que compõem determinados grupos, é imprescindível para um líder entender as dificuldades e aptidões de cada uma das pessoas lideradas por ele, para que seja possível alocar as pessoas certas nas tarefas certas e, assim, iniciar o trabalho de transformar grupos em grandes equipes. Liderar exige mais do que nunca, humanizar as relações, entender e se colocar no lugar do outro, sentir o que o outro sente, ouvir o que o outro tem a dizer. Essa é uma das definições do conceito de empatia, algo muito valioso que todo grande líder precisa ter para que seja possível alcançar um dos maiores propósitos de todo líder: desenvolver pessoas para transformar grupos em equipes.
Algumas abordagens teóricas sobre a transformação de grupos em equipes me levaram a concretizar a importância da inteligência emocional de membros de um determinado grupo e, principalmente, do líder. Membros de um grupo não conseguem alcançar um desempenho satisfatório quando o relacionamento entre eles não flui (Lewin, 1942). O comportamento de cada pessoa é definido pela junção entre o conjunto formado pela pessoa e o seu ambiente psicológico. O ambiente de trabalho físico pode ser o mesmo para todos (a sala, a iluminação, os móveis), mas o ambiente psicológico é sempre próprio a cada pessoa que está dentro dele (Lewin, 1942). A partir daí, surge então a resistência que certos grupos já estruturados têm em aceitar mudanças. Para o grupo, por exemplo, é comum haver certa resistência à entrada de novos funcionários pois estes podem provocar o conceito conhecido como “degelo”, ou seja, uma mudança provocada pelos novos membros do grupo. Essa relutância se dá pelo medo do desconhecido. As pessoas tendem a demonstrar necessidades de dependência – alguma insegurança em relação ao desconhecido, ao que não se tem como prever ou como controlar (Bion, 1946). Sem se darem conta, os mais antigos temem a mudança que os novatos possam provocar.
Ao trazer o cenário relatado acima para o contexto em que estou inserido, como um novo membro que ocupará um cargo de liderança, será necessário, então, compreender o meu papel de liderança sobre o grupo e demonstrar ser capaz de comunicar, claramente, as expectativas quanto ao desempenho da tarefa de todos. Além disso, é necessário desempenhar o papel de conciliador e, reforçar as competências de cada integrante, sem demonstrar favoritismo, e conseguir ajudar cada um deixando claro suas melhores habilidades para tentar realizar o conceito de “degelo” da melhor forma possível.
Ainda mencionando as abordagens teóricas sobre a transformação de grupos em equipes, segundo Schutz, a tensão entre os momentos de inclusão e controle vai dar o tom da inserção do indivíduo no grupo e marcar o funcionamento do mesmo, mais ou menos flexível. Em ambos os processos de formação de grupo, descrito pelos três autores, à maturidade emocional dos membros do grupo e também a ação do líder são os pontos chaves para superar a fase inicial do processo de grupalização e atingirem o objetivo de formação de equipes. No mundo contemporâneo, a inteligência emocional, não só do líder, quanto dos colaboradores, é essencial para que possam caminhar juntos, superando obstáculos, até a formação de uma equipe. As dificuldades emocionais com a situação de controle e o excesso de comportamento controlador podem ser complicadores tanto para os membros do grupo quanto para o líder.
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