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Análise Psicológica baseando-se na abordagem comportamental

Por:   •  30/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.722 Palavras (7 Páginas)  •  3.524 Visualizações

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 Caso Clínico

(ENADE/2009 adaptada)

Você e sua equipe são psicoterapeutas e juntos trabalham em uma clínica de atenção psicológica. Nessa clínica são oferecidos os seguintes serviços de plantão psicológico, psicoterapias, grupos de estudo e pesquisa em psicologia, supervisão de atendimentos clínicos e estudo de casos. Nem todos os psicoterapeutas da clínica trabalham dentro do mesmo referencial teórico, mas, sabemos que, dentro das abordagens teóricas temos pelo menos 1 psicanalista, 1 comportamental e 1 humanista/existencial.

É procedimento da clínica que todo paciente ao chegar passe pelo serviço de plantão psicológico e, após ser analisado o caso, verifica-se a necessidade de encaminhamento para psicoterapia ou retorno de mais uma ou duas sessões no próprio plantão.

Nessa semana, uma paciente foi atendida no plantão psicológico e trouxe como queixa sentir muito medo e o apego que tem com o segundo filho. O Plantonista acolheu a queixa, realizou todos os procedimentos de atendimento clínico na modalidade Plantão Psicológico e orientou a paciente a retornar no plantão na próxima semana.

A fim de estudar o caso e utilizá-lo em estudos e pesquisas, o plantonista reuniu toda a equipe para analisar e discutir o caso. Seguem as informações relatadas pelo psicólogo plantonista: “Fabiana, 45 anos de idade, casada, 2 filhos, procura um psicólogo em razão de sintomas que a acometem há cerca de 10 anos. No contato inicial, descreve sua situação familiar atual como de muito sofrimento, pois ninguém a entende nem a ajuda a resolver seus problemas, inclusive seu marido, que, segundo ela, já não lhe dá muita atenção. Recusa-se a alimentar-se normalmente ‘por não sentir fome’ e revela que os familiares tentam motivá-la, sem muito sucesso. Reporta a perda do pai precocemente, aos 12 anos de idade, e da mãe, há dois anos, e o fato de ter sofrido tentativa de abuso sexual na adolescência. Sempre foi tratada com muito mimo pela família nuclear (pai, mãe e irmãos), pois era a única filha. Culpa-se por não ter podido cuidar da mãe doente, já que também se sentia enferma. Na juventude, era muito alegre, gostava de sair, de dançar e de beber com os amigos. Após o nascimento do segundo filho, cuja gravidez, inicialmente, não aceitou, tendo, inclusive, fantasias de aborto, começou a sentir tonturas, que pioraram com o tempo. Passou, então, a apresentar taquicardia, dores no peito, respiração ofegante, tremores, transpiração excessiva e medo de morrer e de ficar louca. Começou a ficar mais em casa e a não sair sozinha, com medo de ter alguma crise na rua. Descuidou-se dos seus afazeres e distanciou-se das pessoas. É excessivamente apegada ao segundo filho e não admite a hipótese de que ele, algum dia, fique longe dela” (ENADE, 2012).

A importante tarefa da equipe de psicólogos é estudar o caso e elaborar um relatório interno, o qual, a princípio, não será entregue a paciente, mas sim usado para fins de pesquisa e estudo.

ETAPA 3

Sintomas Observados

Medo do apego que tem com o segundo filho (não admite a hipótese de que ele, algum dia, fique longe dela)

Gravides complicada, com fantasias de aborto e tonturas que piraram com o passar do tempo

Sintomas a 10 anos

Acredita que a família não entenda seu problema (sofrimento aumentado)

Não recebe atenção do marido

Falta de apetite

Abuso sexual na adolescência

Mimo excessivo da família Nuclear

Culpa por não cuidar de sua mãe (falecida a 2 anos)

Sintomas físicos (Taquicardia, dores no peito, respiração ofegante, transpiração excessiva)

Isolamento

Medo de sair sozinha (devido as suas crises)

Análise psicológica baseando-se na abordagem comportamental

As técnicas desta abordagem se baseiam na análise experimental do comportamento. Identificando quais são os comportamentos disfuncionais, ou seja, os hábitos e ações do indivíduo que causam sofrimento ou trazem algum malefício a sua saúde. E ao ter melhor consciência sobre si, o tratamento busca o controle sobre suas ações focando em criar novos comportamentos.

O caso de Fabiana podemos identificar um apego excessivo com seu segundo filho onde em suas próprias palavras ela relata que não aceitou gravidez, criando assim uma culpa excessiva, relata também ter dificuldade para se alimentar normalmente, medo de sair sozinha e tem ataques relacionado a estresse que acarreta em sintomas físicos (taquicardia, dores no peito, respiração, e transpiração excessiva) fazendo com que a mesma aumente seu estado de isolamento e se negue a sair de casa sem a companhia de alguém.

O comportamento humano deve ser reforçado para que continue a ser emitido. No caso de G. não havia ser emitido. No caso de Fabiana não havia consequências reforçadora a seus comportamentos, ocorrendo gradualmente o aumento de seus sintomas a comportamentos que ela considera desajustado e não funcional e faz com que passa a comportar--se isoladamente, buscando reforçadores em outros aspectos, como no desenvolvimento de seu segundo filho e em seu apego exagerado ao mesmo.

A baixa taxa de reforçamento no ambiente interpessoal (Marido e família) não pode identificar satisfação contingente a relacionamentos interpessoais positivos, impediu que desenvolvesse o repertório social mais amplo acarretando assim ataques de pânico em público e criando uma projeção distorcida do ambiente que só aumentaram com a perda de sua mãe, desenvolvendo assim um Transtorno de ansiedade de separação com transtorno de pânico.

Proposta de intervenção terapêutica na abordagem comportamental

Trabalhar auto-imagem: mudar as distorções sobre si e sobre as pessoas, para possibilitar que a mesma se relacionasse de forma mais satisfatória comas pessoas e consigo mesma;

Identificar os principais medos de Fabiana: instalar repertório de testar o ambiente para verificar as consequências (positivas ou negativas) e os sentimentos associados;

Ajudá-la a discriminar os antecedentes de sua história de depressão: modelos aprendidos e condicionados e suas funções no processo de esquiva da cliente.

Modelagem: Que consiste em reforçar somente variações de respostas que se desviam na direção desejada por Fabiana, auxiliando no desenvolvimento de seu comportamento adequado que entra como substituto de seu outro comportamento. É um método bastante eficaz de mudança de comportamento,

Segundo Atkinson (2002) a modelação é eficaz na superação de medos e ansiedades porque oferece uma oportunidade para observar outra pessoa passar pela situação geradora de ansiedade sem se ferir.

ETAPA 4

Análise psicológica baseando-se na abordagem Humanista/Existencial

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