Análise do Abrigo
Por: Gimello • 19/9/2015 • Trabalho acadêmico • 360 Palavras (2 Páginas) • 198 Visualizações
ANÁLISE
O médico percebe-se que é o mais centrado de todos, foi prevenido, de acordo com a época, seria a decisão correta a tomar, como ele pode fazer o abrigo, todos teriam condições de terem feito, como ele mesmo cita no filme, eles perderam tempo com festas e bebedeiras, ao invés de prevenirem, acusaram-no de idiota com a construção do abrigo, e na hora que houve necessidade do tal, não possuíam o lugar apropriado, ficaram histéricos, perderam a razão, cometeram loucuras por sentirem-se sem chão, ficaram agressivos, selvagens, descontrolados. Creio que seriam capazes de matar um ao outro para salvarem a si próprio, a esposa do médico diante do choque da notícia da bomba e ao perceber a destruição que isso causaria a todos, desesperou-se e considerou a idéia de dar cabo de sua vida, esquecendo-se até do próprio filho, caso não ouvissem a voz do filho e o marido não a lembrasse que tinham um motivo maior para lutar pela sobrevivência.
E quando souberam que não havia mais nenhuma ameaça de bomba, que o perigo havia passado, envergonharam-se com suas atitudes, com o descontrole, parece-me que o mal já estava feito, e percebo ao meu modo de entender, que foi desta forma que o médico considerou tudo o que aconteceu, ele viu o quanto o ser humano pode ser desprezível e egoísta, capaz de esquecer-se de uma amizade de anos, de toda a dedicação que eles mesmos falaram ao médico no momento da festa, que o médico havia dispensado a eles e seus filhos, a atenção que o Dr. Havia tido quando o acordavam na madrugada para atendê-los. Entendo que o médico percebeu que bastou uma ameaça de bomba, para todos mostrarem suas verdadeiras naturezas humanas, o pior que tinham dentro de si. E que depois dessa descoberta desprezível, nada mais seria igual, pois cada um conhecia o seu pior.
Percebo que seria difícil a convivência depois do acontecido, provavelmente iriam precisar de cuidados psicológicos, fazer análise, para apreenderem a viver com esse eu até então desconhecido, podendo tratar e buscar o equilíbrio novamente.
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