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Análise do Filme e Manifestações Culturais

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Por:   •  20/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.574 Palavras (11 Páginas)  •  315 Visualizações

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Faculdade de Tecnologia Anchieta

Serviço Social

Psicologia e Serviço Social II

Nome: RA

Edvaldo Lopes 7980701292

Geraldo Pimenta 7568613856

Gerlanda Lourenço de Aguiar 6576302496

Lourdes Carvalho Veronesi 6945438249

Roberta Moreira da Silva 7983703193

Professora: Helenrose A da S Pedroso Coelho

São Bernardo do Campo, 19 de Setembro de 2014.

Introdução

Este trabalho tem como objetivo apresentar e salientar assuntos de gosto amargos como a realidade vivida pelos brasileiros dentro das favelas. Através do filme Tropa de Elite, podemos avaliar algumas de questões dentro das comunidades do Rio de Janeiro, como ações punitivas e coercitivas das instituições policiais, no filme representadas pelo BOPE e a PM, a não garantia dos direitos do individuo, drogadição, tráfico, que é a ação mais forte dos grupos organizados dentro dessas favelas, a corrupção pública, envolvendo a policia e o Estado tão claramente. Assim podemos apontar o tamanho do desafio do profissional e como é necessária a intervenção do Assistente Social amparado pelo Estado se o mesmo trabalhasse em prol de uma reordenação social.

Análise do Filme e Manifestações Culturais

Como base no que vimos sobre cultura, podemos afirmar que o ser humano não nasce pronto, vai se fazendo ao longo de sua história á partir de suas vivências, de acordo com o contexto onde se desenvolve e na interação com o meio em que vive. Essa premissa é necessária para entender o enredo cultural e social em que se passa o filme “Tropa de Elite”. Observa-se que os moradores daquela comunidade já internalizaram a violência como algo natural. Na frase dita pela atriz que interpreta uma liderança comunitária que o “dono do morro, tem consciência social”. Esse contexto vai definindo comportamentos e condutas, principalmente entre a juventude que tem como referência o poder e o status do traficante. São os jovens que se tornam presas fáceis para o tráfico de drogas e vítimas das ações arbitrárias das forças de segurança. Isso é aceito devido a nossa herança cultural que é o resultado de um longo período ditatorial baseado na repressão e na tortura. Chegamos ao ponto de acreditar que tamanha violência policial é inevitável e até necessária. E dividimos em dois grupos os agentes do Estado, de um lado os corruptos que cobram propinas para acobertar ações ilícitas de toda ordem , de outro o que se considera “bons policiais”, torturadores e assassinos, ambos se consideram acima da lei.

O cenário é de abandono, habitações precárias feitas sem nenhum planejamento denotam a ausência de políticas públicas, restando a essa comunidade apoiar-se nas ações do poder paralelo. Essa barbárie explicitada é culturalmente aceita, pois assumimos como verdade estereótipo do favelado-bandido. Dados da AIB(Anistia Internacional Brasil) apontam nessa direção, vez, que das 50 mil mortes por homicídio no Brasil a proporção é maior entre os jovens e destes 78% são negros e moradores das periferias. Quando essas mortes são causadas por policiais justifica-se num eufemismo muito frequente, “que houve resistência seguida de morte”. Mas ao menos, preocupou-se o autor com a coerência, pois o símbolo da tropa de elite da policia é uma caveira, que nos remete a morte.

São muitas a ações que visam aprofundar o processo de redemocratização do País. Organizações Governamentais e não governamentais desenvolvem ações de fortalecimento dos direitos humanos. Mas é preciso fazer mais, como ampliar os recursos destinados á educação desde creche até o ensino superior, garantir financiamento para as políticas de proteção social, ampliar e agilizar o acesso ás políticas de saúde preventiva e curativa, são exemplos do que o Estado deve fazer, pois é investindo em políticas públicas, que o que vimos no filme será apenas obra de ficção.

Com todo esse cenário e contexto sociocultural, podemos ver claramente que para essa juventude muitas vezes a forma de gritar pó manifesto da sua realidade é pela musica, os bailes funks, que ainda é muito marginalizado não só por quem está o enxergando, mas pelos próprios moradores, pela dificuldade de compreender o grito de desespero de muitos daqueles jovens entendendo que é sua única forma de diversão e de extravasar todas as emoções do seu cotidiano. O jovem da comunidade muitas vezes é excluído de qualquer outro tipo de cultura que a sociedade burguesa julga adequada lhe restando assim os seus próprios meios, por mais que nos dias de hoje o acesso a cultura e informação seja mais fácil esse ranço histórico de exclusão social ainda predomina.

Conflitos Sociais

Da conceituação de conflito social, é tudo aquilo que se reproduz e se desenvolve como tensão dentro de um grande grupo de pessoas, podendo gerar construções ou destruições de acordo com os interesses desses indivíduos, choque entre os parâmetros civilização e os interesses do individuo. Conseguimos assim exemplificar no filme Tropa de Elite (2007) esse conflito, que muitas vezes podem sim ser positivo, mas como vimos nessa realidade não é. As partes caracterizadas e representadas no filme têm interesses diferentes, a comunidade que o Estado intervenha a favor deles, o Estado por sua vez representado por outras instituições trabalhando para garantir seu próprio interesse que é o bom funcionamento do sistema capitalista. A apologia a violência policial e o alimento do tráfico são dois pontos muito fortes nessa ficção, nesse caso os conflitos se associam a se alimento dos sentimentos negativos dessa relação, pois a policia direciona a responsabilidade de manter o trafico a burguesia que por sua vez o mantém, o alimenta aumentando a violência

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