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Artigo : a escolha vocacional

Por:   •  26/10/2016  •  Resenha  •  1.020 Palavras (5 Páginas)  •  925 Visualizações

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Psicologia: mercado amplo de atuação

MAGALHÃES, Mauro et al. Eu quero ajudar as pessoas: a escolha vocacional da psicologia. Psicologia: ciência e profissão, v. 21, n. 2, p. 10-27, 2001.

Resenha. 

    Através de uma pesquisa realizada em universidades Gaúchas, com estudantes de psicologia, relatada pela revista “Eu Quero Ajudar as Pessoas”, revelou por meio de entrevista e questionários quais os motivos que os induziram a pretender ingressar nesta área.    Ficou evidente a capacidade do ser humano de ajudar o próximo, tendo em vista as áreas profissionais de cuidados escolhidas por estes para sua carreira acadêmica.     Participaram desta pesquisa, 146 alunos do primeiro ano do Curso de Psicologia, de ambos os sexos e períodos, em duas universidades, uma particular e outra pública do Estado do Rio Grande do Sul. Houve diálogo entre entrevistador e entrevistado, mas não se limitando ao roteiro previsto, assim expandindo as ideias de acordo com a espontaneidade da conversa. Logo após, foi aplicado um questionário com os mesmos itens da entrevista. E por último, todos tiveram que responder a um protocolo de frases incompletas, que tiveram como lógica expor características da identidade de cada um dos entrevistados. 

     Os resultados foram divididos em duas partes: Uma trouxe o efeito da combinação de entrevista e questionário, e a outra trouxe uma análise vertical dos dados, comparando a ideia da representatividade de cada um dos participantes. “Desta forma, de acordo com os estudantes entrevistados, os motivos que os levaram a optar pelo curso de psicologia, são; ajuda ao próximo” (40,5%), em segunda escala de motivos voltados para a profissão e interesse pela área (31,4%) e (35,4%), e por ultimo se tem motivos voltados para si mesmo e conhecimento da espécie humana (21,9%) e (29,4%).

     Com base na evidência do crescente interesse dos psicólogos em estar em maior contato com seus pacientes, foi relatada na pesquisa uma maior tendência destes, procurarem a área clinica como modelo a seguirem e aprofundarem. De acordo com estudos, os profissionais de ajuda que optarão por esta área mostraram ter situações de privação afetiva na primeira infância, oportunidades de serem mais curiosos sobre relações interpessoais, e assumiram papeis de cuidadores em relações a outros familiares enquanto crianças. Mostrou-se também, uma motivação inconsciente de ser um salvador involuntário, assumindo uma responsabilidade diante do outro, devido a eventos marcados no âmbito familiar, separações, alcoolismo, presença de doenças físicas e mentais, os atentando as necessidades psicológicas de outros. Pois os profissionais da pesquisa informam que psicólogos, e outras áreas relacionadas só dariam continuidade aos seus papeis.  Ficando claro assim, que “a escolha de cada profissão é expressa através da personalidade e do desenvolvimento pessoal de cada indivíduo.” ·.    

    “O modelo individual de atendimento em consultórios foi o ideal de atuação segundo os alunos”, por acreditarem que com seus “poderes”, poderão se dedicar mais ao próximo. O desinteresse as “outras áreas de atuação da psicologia foi justificada, nas entrevistas, pela impossibilidade do psicólogo realmente ajudar as pessoas, pois entre outra razão, na palavra de um entrevistado, não pode acompanha-las de perto”. Houve uma quase ausência de citações financeiras nos depoimentos, mostrando à relativa despreocupação com relação a este aspecto, em contraste as motivações internas para obter resultados de uma relação terapêutica com o paciente. Outro aspecto a ser considerado, e a supremacia das mulheres nos cursos de psicologia. Porem os resultados apresentados proporcionou um entendimento da escolha da psicologia que “ultrapassa estas determinações socioculturais”.

     Através de pesquisas, foi constatado que junto ao publico leigo, “a imagem do psicólogo e restrita ao modelo clinico (Leme,Bussab&Otta, 1989;Weber,1991) “como alguém que sabe, e a partir deste saber ensina ou orienta os outros a como resolver seus problemas”. Tendo em vigor em determinada cultura, os estereótipos profissionais, que os fazem convergir para a mesma área ocupacional, indivíduos  com características de personalidade comuns”. Portanto, se a escolha profissional da psicologia está mediada pela imagem do psicólogo clínico fechado em um consultório, naturalmente os candidatos aos cursos de psicologia apresentam as motivações, interesses e valores descritos nesta e em outras pesquisas. Ultimando, “este fato não seria por si só um problema, porém tem se constatado que a passagem pelos cursos de formação ainda tem acrescentado muito pouco a uma visão mais ampla e complexa da atuação psicológica. Sugerindo assim, uma transformação da cultura ocupacional da psicologia, para que o mundo contemporâneo e a realidade brasileira tenham às demandas atendidas, com a condição da carreira exemplar atuar em outros contextos e não somente a clínica particular”.

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