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As Organizações Antigamente, Não se Preocupavam com a Qualidade de Vida no trabalho

Por:   •  6/11/2016  •  Relatório de pesquisa  •  2.802 Palavras (12 Páginas)  •  2.153 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

As organizações antigamente, não se preocupavam com a Qualidade de Vida no trabalho, pensavam apenas em alcançar seus objetivos, atingindo assim, á tão esperada lucratividade. Isso foi durante muitos anos em diversas organizações. Porém hoje o cenário mundial mudou, e com isso as atitudes das organizações para com o colaborador também mudaram. Uma vez que se tornou importante a valorização do capital humano, a organização passa a pensar na saúde e no bem estar dos colaboradores, já que estes são as fontes que fazem aumentar os lucros. É a era das grandes realizações e conquistas, a preocupação excessiva com a profissão leva o indivíduo a uma má qualidade de vida emocional, pois vive sob pressão psicológica.

Em virtude do modelo de vida atual nos centros urbanos, o corre-corre diário e a realidade de milhões de brasileiros, conciliar vida profissional e estudo pessoal não é tarefa fácil para o cidadão de hoje; desse modo, o estresse tem se tornado assunto comum, discutido por profissionais da área de gestão, entre outras visando qualidade de vida.

Muito se diz sobre o estresse no ambiente de trabalho está associado às novas tendências tecnológicas, responsáveis pelo estado de constante prontidão em que os empregados estão sujeitos em suas jornadas laborais. É importante ressaltar que os colaboradores trazem consigo sentimentos, e expectativas que envolvem a busca do bem estar dentro daquilo que desenvolve e realizam nas organizações.

As pessoas geralmente sofrem de stress quando sentem que há um desequilíbrio entre as solicitações que lhes são feitas e os recursos de que dispõem para responder essas solicitações as dificuldades de lidar com as pressões do dia-a-dia como aturar problemas financeiros, problemas no trânsito questões familiares, violência urbana, mal relacionamento com colegas de trabalho ou chefe tudo isso possibilita o aparecimento do estresse. Embora seja psicológico, o estresse afeta igualmente a saúde física do indivíduo.

O alto nível de exigência no setor profissional faz com que o indivíduo tenha a necessidade de estar a par do que acontece no mundo inteiro, aumentando sua busca constante de conhecer, de atualizar-se, tornando-o não mais um cidadão limitado e sim um cidadão universal.

 Pensando em reter seus colaboradores, as organizações estão passando a investir em programas de Recursos Humanos (RH), tal como Qualidade de vida no trabalho (QVT). Esse trabalho tem como problemática mostrar como o stress ocupacional afeta a qualidade de vida no trabalho.

Assim, tendo como objetivo geral apresentar as principais causas do stress ocupacional, especificamente levantando diferentes tipos de stress dentro da organização, identificando os efeitos na qualidade de vida que o stress causa e propor métodos para a melhora da qualidade de vida no trabalho.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1Origem e conceito de Qualidade de Vida no Trabalho

 Segundo Chiavenato, Idalberto (2010), a origem do movimento de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) começou em 1950, com o surgimento da abordagem sócio técnica. Somente na década de 60, tomaram impulsos, iniciativas de cientistas sociais, líderes sindicais, empresários e governantes, na busca de melhores formas de organizar o trabalho a fim de minimizar só efeitos negativos do emprego na saúde e bem estar geral dos trabalhadores.

A expressão qualidade de vida no trabalho só foi introduzida, publicamente, no início da década de 70, pelo professor Louis Davis (Ucla, Los Angeles), ampliando o seu trabalho sobre o projeto de delineamento de cargos.

Então, na década de 70, surge um movimento pela QVT, principalmente nos EUA, devido à preocupação com a competitividade internacional e o grande sucesso dos estilos e técnicas gerenciais dos programas de produtividade japonesa, centrados nos colaboradores através de práticas gerenciais capazes de reduzir conflitos.

O movimento da QVT foi motivado pelas lutas de trabalhadores e estudantes contra alguns modelos de organização do trabalho que aconteceram na década de 50. Segundo Rodrigues (1994), a qualidade de vida no trabalho tem sido uma preocupação do homem desde o início de sua existência, com outros títulos e em outros contextos, mas sempre voltada para a satisfação e o bem-estar do trabalhador na execução de suas tarefas.

Para WALTON (1973, p.11), ‘’a expressão Qualidade de Vida tem sido usada com crescente frequência para descrever certos valores ambientais e humanos, negligenciados pelas sociedades industriais em favor do avanço tecnológico, da produtividade e do crescimento econômico. ’’

Segundo Fernandes apud Walton, 1973 (1996, p. 36 e37) ‘’O programa de QVT tem como meta gerar uma organização mais humanizada, na qual o trabalho envolve, simultaneamente, relativo grau de responsabilidade e de autonomia a nível do cargo, recebimento de recursos de “feedback” sobre o desempenho, com tarefas adequadas, variedade, enriquecimento do trabalho e com ênfase no desenvolvimento pessoal do individuo.’’

Para Quirino e Xavier (1987 p.72)‘‘... A Qualidade de Vida é uma abordagem que só recentemente tem sido aplicada a situação de trabalho. “Ela tem representado, na literatura de organizações e de recursos humanos, o aspecto globalizante do que antes era abordado através de estudos de motivação, de fatores ambientais, ergonômicos e de satisfação no trabalho”.

Segundo França (1997 p.80), ¨a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), consiste no conjunto das ações de uma empresa e que envolvem a implantação de melhorias e inovações tanto gerenciais como tecnológicas no ambiente de trabalho.

Para Chiavenato (2010, p. 487), ‘’o conceito de QVT envolve tanto os aspectos físicos e ambientais, como os aspectos psicológicos do local de trabalho. ’’

Segundo Chiavenato (2002, p. 391), ‘’A QVT tem o objetivo de assimilar duas posições antagônicas: de um lado, a reivindicação dos empregados quanto ao bem-estar e satisfação no trabalho, do outro, o interesse das organizações quanto a seus efeitos sobre a produção e a produtividade de obter numa empresas’’.

Para Edna de Paula (1997, p.29 e 30), “Qualidade de vida trata da experiência emocional da pessoa com o seu trabalho, no momento em que tantas mudanças sociais e tecnológicas se instalam de forma intensa e acelerada”.

Aborda os efeitos desta realidade no bem-estar da pessoa do ponto de vista emocional e profissional, enfocando as consequências do trabalho sobre a pessoa e seus efeitos nos resultados da organização.

Fernandes (1996, p.46), ¨à gestão dinâmica e contingencial de fatores físicos, tecnológico e sócio- psicológicos que afetam a cultura e renovam o clima organizacional, refletindo-se no bem estar do trabalhador e na produtividade das empresas. ‘’

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