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As Substâncias Psicoativas

Por:   •  22/2/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.451 Palavras (10 Páginas)  •  318 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS – UNIPAM CURSO:  PSICOLOGIA / 6º B

DISCIPLINA: PROJETO INTEGRADOR VI

PROFESSOR: ELSON KAGIMURA

EQUIPE: ADRIENE, ISABELA H., LUCELMA, LUIZA E SUELLEN C.

REFERENCIAL TEÓRICO

As substâncias psicoativas

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o conceito de droga se direciona a qualquer substância não produzida pelo organismo e que atua sobre um ou mais dos sistemas alterando o funcionamento do corpo. Ainda de acordo com ela, as substâncias psicoativas ou drogas psicotrópicas, são aquelas que alteram o funcionamento do cérebro e causam modificações mentais e psíquicas no usuário.

Segundo a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (2017) as modificações que ocorrem no corpo humano com o uso das substâncias, variam de acordo com as características de cada indivíduo, de cada droga utilizada, a sua quantidade, efeito e as circunstâncias que permeiam o consumo.

Há uma homogeneidade por parte do senso comum o qual trata como drogas apenas os produtos ilegais, como a maconha, cocaína e crack, por exemplo. Contudo, além delas, tem-se ainda as substâncias legalizadas que podem ser igualmente nocivos, como o álcool, por exemplo.

As drogas se dividem em dois grandes grupos – drogas lícitas e ilícitas, como se pode analisar na figura 1.

Figura 1. Subgrupos

[pic 1]

Figura 1: Tipos de drogas. Fonte: NUTE-UFSC (2016).

Neste trabalho, tratar-se-á de ambos os grupos, com foco nas drogas psicoativas. Dentro de tal tema, incluem as drogas psicotrópicas, as quais podem gerar abuso e dependência, podendo agir no Sistema Nervoso Central (SNC) tanto estimulando, quanto deprimindo e ainda, perturbando sua atividade. Segundo Chalout (1971 apud SANCHEZ; SANTOS, 2013), as drogas psicotrópicas são classificadas em estimulantes, depressores e perturbadores do Sistema Nervoso Central.

De acordo com tal autor, as drogas estimulantes são aquelas que estimulam o SNC, deixando o indivíduo mais agitado, sem sono e sem apetite, como por exemplo, a cocaína/crack, tabaco e anfetaminas.  As drogas depressoras diminuem o ritmo do SNC, fazendo com que os usuários se tornem mais lentos e sonolentos, como é o caso do álcool, inalantes e benzodiazepínicos. Os perturbadores do SNC causam alterações no funcionamento cerebral, alterando a percepção da realidade vivenciada pelo usuário e proporcionando a ele, a alucinação de si e do meio – maconha, LSD, por exemplo.

Medicações psiquiátricas

Os medicamentos psicotrópicos têm como principal objetivo o tratamento de pessoas em sofrimento psíquico, contudo, são prescritos e utilizados para as mais diversas situações. Estudos evidenciam que, entre os mais consumidos pela população adulta encontram-se os da classe dos ansiolíticos, sendo que, o motivo envolve vários fatores, entre os quais, cita-se o estresse, a depressão, a ansiedade, a insônia, problemas sociais, entre outros (NASARIO; SILVA, 2010).

Monteiro (2008, p. 3 apud NASARIO; SILVA,2010)  diz que “a utilização de fármacos psicoativos, em determinadas situações, é necessária e são eficazes em muitos casos; no entanto, o abuso e a automedicação pela população são questionados”. O uso exacerbado desses medicamentos é um fato na sociedade atual, gerando preocupação entre as autoridades de saúde, pois, é sabido que a utilização prolongada dos psicofármacos, além de efeitos colaterais indesejáveis, provoca dependência química e geram dificuldades quanto ao término do tratamento.

Álcool

Segundo Chalout (1971 apud SANCHEZ; SANTOS, 2013), o álcool é classificado como uma substância depressora para o SNC. A via de uso comumente utilizada para a ingestão de álcool é a via oral. Contudo, ele pode ser absorvido pela pele e pulmões, via gastrointestinal ou ainda, injetado no sangue e/ou absorvido pela mucosa retal, conforme Dias e Pinto (2006 apud SANCHEZ; SANTOS, 2013).

Dos fatores que influenciam nos efeitos do uso temos:

  • a quantidade ingerida;
  • gênero;
  • contexto;
  • tempo de ingestão;
  • estado emocional;
  • alimentação;
  • quantidade de gordura corporal.

Os efeitos psicológicos e físicos do álcool podem causar sedação, redução de ansiedade, lentidão na fala e desinibição de comportamento. Contudo, a estimulação aparente ligada a ele, ocorre com o uso de pequenas doses e é resultado da depressão de mecanismos inibitórios de controle, desinibindo áreas do SNC (SILVA;PADILHA, 2011).

Ressalta-se que o estilo do padrão de consumo do álcool também é fator essencial para compreender seus efeitos de uso. O abuso de álcool e/ou uso prolongado pode acarretar problemas mais graves, prejudicando cronicamente todos os sistemas do corpo humano (SCHUCKIT, 1991; CARLINI et al., 2001)

Maconha

Segundo Chalout (1971 apud SANCHEZ; SANTOS, 2013), a maconha é classificada como uma substância perturbadora para o SNC. Trata-se de uma planta que cresce em diversos tipos de solo e tem seus efeitos oriundos dos canabinoides, produzindo uma mistura de efeitos similares à psicose, bem como efeitos depressores e periféricos (CARLINI et al., 2001).

Tal substância pode ser utilizada via oral ou pulmonar, sendo esta a mais rápida e de efeito quase imediato. Com relação aos efeitos, estes são parcialmente subjetivos, visto a dependência da dosagem, experiências já vivenciadas com o uso, dos grupos e meios sociais, das expectativas frente ao uso e os objetivos inerentes a ele. Em grande parte dos casos, Brands e Gold (1998 apud SANCHEZ; SANTOS 2013), afirmam que uso da maconha proporciona inicialmente, um período inicial de euforia seguido de relaxamento e sonolência; perda da discriminação de tempo e espaço; coordenação motora diminuída; prejuízo da memória recente; falha nas funções intelectuais e cognitivas; retardo na capacidade de percepção sensorial, intensificando as sensações, os sentidos e exagerando a sensibilidade. Em altas doses podem ocorrer reações psicóticas com ideias paranoicas Gold (1998 apud SANCHEZ; SANTOS 2013).

Além dos efeitos acima citados, tem-se relevância aos efeitos físicos, os quais se tratam de náuseas, taquicardia, aumento do apetite e, efeitos crônicos como é o caso das alterações na memória e aprendizagem, bem como o aumento da possibilidade de câncer, redução da imunidade e testosterona (CARLINI et al, 2001).

Tabaco

Segundo Chalout (1971 apud SANCHEZ; SANTOS, 2013), o tabaco é classificado como uma substância estimulante para o SNC. Outros autores afirmam que ele ainda pode ser ainda perturbador e/ou depressor do SNC (DIEHL; FIGLIE, 2014). Tal substância tem como princípio ativo e de ação central a chamada “nicotina”, encontrada em produtos que derivam do tabaco.

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