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Consumo de substâncias psicoativas

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Por:   •  12/5/2014  •  Tese  •  507 Palavras (3 Páginas)  •  521 Visualizações

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Introdução

O consumo de substâncias psicoativas é uma característica comum à maioria das civilizações. Essas substâncias foram e ainda são utilizadas em diversas épocas e culturas com finalidades terapêuticas, religiosas, lúdicas e para obtenção do prazer.

A Cannabis sativa L., conhecida popularmente como maconha, é uma planta complexa que contém aproximadamente 480 substâncias químicas diferentes, distribuídas em 18 classes químicas. Dentre essas substâncias, destacam-se os óleos essenciais, flavonoides, açúcares, aminoácidos, ácidos graxos, compostos nitrogenados e terpenofenóis. A atividade farmacológica da planta está associada à classe terpenofenólica, composta por mais de 60 canabinoides, os quais não são encontrados em outras espécies vegetais. Eles são os responsáveis pelos efeitos da planta e classificados em dois grupos: os canabinoides psicoativos (por exemplo, Δ8-tetraidrocanabinol, (-)-Δ9-trans-tetraidrocanabinol (Δ9 - THC) e o seu produto ativo, o 11-hidroxi-delta-9-tetraidrocanabinol) e os não psicoativos (por exemplo, canabidiol e canabinol). Dentre todos os canabinoides contidos na Cannabis sativa L., o Δ9 -THC é, reconhecidamente, o principal composto químico devido ao seu pronunciado efeito psicoativo.

Os comprimidos de ecstasy são manufaturados em laboratórios clandestinos sob os mais variados aspéctos, cores, dimensões e logotipos. A maioria dos comprimidos são constituidos por apenas uma substância ativa, a 3,4 – metiletilenodioximetanfetamina (MDMA). Ocasionalmente, podem ser encontradas outras substâncias ativas análogas, tais como 3,4 – metilenodioxietilanfetamina (MDEA), 3,4 – metilenodioxianfetamina (MDA), metanfetamina e anfetamina. Entre outros adulterantes, a cafeína e efedrinas são mais comuns.

A maconha é a droga ilícita mais cultivada, traficada e consumida mundialmente. Dados estatísticos da Policia Federal dos últimos anos apontam que, no Brasil, a maconha é a droga com maior número de apreensões em todas as regiões do país, sendo que a principal região é a centro-oeste seguida pela sul, sudeste, norte e nordeste. Já nas estatísticas da Polícia Civil esse quadro de apreensões é equilibrado entre a maconha e a cocaína e seus derivados.

Os métodos de triagem são empregados para verificar a presença ou ausência de uma determinada classe ou grupo de compostos. A escolha de um método de triagem é fundamental, pois define a gama de analitos que serão procurados e detectados.

Os testes químicos mais utilizados para triagem da Cannabis sativa L. são Fast Blue B e Duquenóis-Levine. As reações colorimétricas que ocorrem nesses testes são atribuídas à natureza fenólica da estrutura química dos canabinoides e, por isso, falta-lhes especificidade, pois outros compostos análogos presentes nos vegetais podem se comportar de maneira semelhante.

O teste de Marquis é muito utilizado em laboratórios de química e toxicologia forense por fornecer resultados orientadores para diversas classes de fármacos e drogas de abuso de interesse forense, sendo o teste mais utilizado para triagem de derivados anfetamínicos, como a MDMA.

Objetivo

Verificar o resultado de testes químicos rápidos (spot tests) de detecção de substâncias entorpecentes, como a maconha, êxtase, opiáceos e opióides.

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