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Atps De Psicologia Social

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Por:   •  9/9/2014  •  2.567 Palavras (11 Páginas)  •  427 Visualizações

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Sumário

INTRODUÇÃO 3

1-CULTURA E MANIFESTAÇÕES SOCIAIS PRESENTES NO FILME TROPA DE ELITE 4

2- CONFLITOS SOCIAIS 5

3- FORMAÇÕES DE UM GRUPO E SUAS CARACTERÍSTICAS 7

4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10

INTRODUÇÃO

Neste trabalho serão apresentados dois conflitos sociais, retirados das cenas do filme Tropa de Elite, na qual será destacada a importância do Serviço Social na resolução desses conflitos e serão interrogadas as medidas de intervenção, isto é, como o trabalho do Assistente Social é relevante para intervir na realidade social, a qual produziu estes conflitos.

Essa atividade nos mostra o comportamento do homem, baseando-se no filme Tropa de Elite, relatando suas culturas, conflitos, manifestações e grupos sociais podem influenciar na vida dos indivíduos e de uma sociedade.

O filme explicitou uma sociedade desamparada, onde o BOPE usa de tortura e crueldade para mostrar a dinâmica de seu exercício, os personagens se encontram encurralados no caos, na violência e na corrupção.

Existe um conflito social entre a Polícia e o tráfico de drogas, assim como a escolha profissional e a familiar necessitando da intermediação da Psicologia e o Serviço Social para resolução desses conflitos.

1- CULTURA E MANIFESTAÇÕES SOCIAIS PRESENTES NO FILME TROPA DE ELITE

Cultura são os valores que guiam o nosso comportamento social, está sempre em evolução, desenvolvimento e processo de mudança. O texto nos mostra uma análise em que a cultura se firma em aprendizado e imitação, mostrando também que sua base pode não ter influências humanas e sim outros fatores como ambientais e genéticos.

A cultura relatada no filme Tropa de Elite mostra que pobreza e falta de recursos financeiros não são sinônimos de criminalização generalizada, da mesma forma que a cultura de que a polícia também se corrompe, e ainda há a segregação racial que vê o negro pobre como um potencial criminoso. Mas a maior lição que tiramos é que podemos romper com os estigmas e pesos impostos pelo meio, e redefinir a nossa maneira não só de ver, mas de viver, romper com customização que nos é imposta por uma forma errada de ver a cultura, não trazendo para a nossa vivência a máxima popular que diz “eu nasci assim, vou ser sempre assim”.

O filme Tropa de Elite mostrou uma realidade dura que sabemos que existe, porém a evitamos por ser tão cruel, possui cenas intensas e críticas entrelaçando ficção com realidade e gerando muita violência. Tropa de Elite expõe manifestações culturais objetivando aproximar ao máximo as cenas com a realidade, o filme mostrou o cotidiano da periferia (pobreza extrema e violência), mostra a guerra urbana apresentada pelo BOPE, cuja preparação é para a guerra e pelos estudantes que fazem um trabalho em ONGs e reclamam da ação dos policiais e ao mesmo tempo usam e traficam drogas, favorecendo também a violência.

No filme existe a denuncia de policiais corruptos, que usam da tortura para abordar tanto os criminosos quanto a população pobre das favelas, criticam a classe média e ainda nos mostra cenas de miséria no submundo social da metrópole, onde existe a crueldade e a marginalidade é explícita. Essas manifestações culturais, assim como, gírias, rituais, roupas, bordões, criaram uma identificação do filme com o telespectador, pois imitaram copiosamente a vida real.

A mídia também tentou passar uma imagem de herói a esses policiais que usavam e abusavam da sua força, foram mostradas manifestações de protestos, como aquele em que algumas pessoas pediam paz com velas e roupas brancas. Observamos também manifestações culturais como bailes funks e auxílio em deveres escolares das crianças realizados por voluntários das

ONGs.

O círculo vicioso que se desenvolve em torno das manifestações culturais apresentadas no filme não se define no papel de uma só camada da sociedade, pois a omissão de quem pode dar uma basta na corrupção seja dentro do sistema penal ou na própria sociedade se curvam diante da corrupção ativa e passiva, mediante baixíssimos salários dos policiais além da falta de estrutura para ação efetiva do policiamento, e somando-se a isso ainda há a falta de punição para os criminosos fardados, que se travestem de policiais ou políticos, mas são verdadeiramente criminosos potencialmente perigosos porque estão escondidos atrás de uma farda ou de um poder que a sociedade outorga.

Mas vemos ainda que mesmo em meio a toda sujeira de um sistema corrompido há ainda alguns remanescentes que não vendem sua honra e acreditam que podem fazer a diferença acreditando na justiça, ou ainda o menino pobre que mora em uma favela ou subúrbio, porque não tem oportunidade melhor, se adequa ao sistema da violência que o meio dito e se torna um criminoso, quando poderia romper com o estigma, romper com os padrões comportamentais e saber que mesmo diante de um contexto social opressivo e esmagador, suas manifestações culturais, são referência, mas não dita quem são e como podem ser o futuro destes garotos desprovidos de uma socialização sadia e eficaz para a construção de um caráter criticam e construtivo, podendo refazer seus caminhos e redirecionar sua vida.

Ao assistirmos Tropa de Elite, tentamos buscar a compreensão dos modos de vida, nos remetendo a diferentes culturas, etnias, comportamentos e manifestações culturais.

2- CONFLITOS SOCIAIS

De acordo com a percepção da equipe o filme Tropa de Elite pode-se perceber duas situações de conflitos sociais que eram gritantes. A primeira entre a polícia (BOPE) e o tráfico de drogas, a polícia querendo acabar com o tráfico de drogas exterminando e torturando, porém é o BOPE que luta contra as milícias nas favelas. O tráfico de drogas submete o trabalhador, que se vê sem alternativas a usar os seus métodos de justiça e segurança tornando o bandido como o herói do povo, esse mesmo herói que trafica, explora e vicia os seus filhos dentro do morro.

Um segundo conflito é quando acontece uma discussão dos alunos contra a corrupção dos policiais onde o policial André está presente na sala de aula, mas não assume a sua identidade. A importância para que esses conflitos diminuam, pois no primeiro caso em que os policias atiram em local publico sem saberem quem é o bandido e quem não é, e atualmente é o que mais assistimos nos telejornais o estado deveria averiguar melhores esses treinamentos dados antes de suas posses e aplicar maiores punições assim como são aplicadas a qualquer outro cidadão as pessoas principalmente os familiares tem feito manifestações, mas os seus direito perante a justiça têm sido pouco correspondidos.

No segundo caso os estudantes e a população quase por inteira tem uma opinião generalizando todos os policiais como corruptos mais não são todos que participam de atos corruptos existem profissionais que dão sua vida pela vida de um cidadão em perigo ou algo assim devemos mudar esse modo de vê quem sabe um trabalho com a população e alguns órgãos públicos não poderia mudar esses conflitos entre policias e cidadãos.

O serviço social é importante na resolução de problemas, pois a interação entre os profissionais e os usuários é de comunicação, emoção e expressão. Em conjunto com a Psicologia trabalham com base em valores, respeito aos direitos humanos e sociais, lutando por autonomia, valores e cultura.

A categoria profissional dos assistentes sociais tradicionalmente tem registrado uma posição contrária a qualquer forma de violência, entretanto, entende-se que o combate à violência passa também pelo acúmulo de conhecimentos sobre os mecanismos de produção e de reprodução, aprofundamento teórico este que aparentemente pode não significar absolutamente nada, mas pode orientar a ação profissional para que ela contribua com a interrupção do circuito da violência. Assim sendo, a recorrência à teoria não pode existir sem a necessidade da intervenção prática, ou seja, o assistente social precisa investir em seu preparo teórico-prático para estimular uma relação crítica com a realidade e com as demandas existentes.

O tema Violência é, portanto, de um assunto de absoluta relevância para a formação do assistente social, uma vez que, há uma associação direta entre a violência urbana e a falta de condições básicas de vida da população tudo isso passa pela ausência de políticas públicas e o não conhecimento dos direitos expressos na Constituição federal de 1988. Nesse sentido, o assistente social não pode se permitir ser apenas um mero executor que coloca em pratica o que os outros profissionais não querem fazer, ao contrário o assistente social deve, a partir do acúmulo de conhecimentos sobre luta de classes, capitalismo, demandas do capital, das desigualdades sociais etc. O assistente social deve partir do pressuposto de que os sujeitos daquele território têm direito a morar num ambiente sem violência e com acesso as políticas publicas básica como educação, saúde e assistência social e ainda a lazer, esporte e cultura.

No primeiro conflito social o nosso serviço será muito útil em repassar para autoridades do estado e de poder maior a importância de construir pontos culturais e locais para lazer em cidades de periferia onde a baixa renda é maior com isso seria mais fácil mostrar a essa família que a desigualdade social pode ser cobrada e não aceita como discriminação social por classe baixa, média e alta. O trabalho com as mães onde elas poderiam demonstrar para seus filhos ainda pequenos que elas lutaram e conquistaram um espaço melhor dentro das favelas para que eles crescessem em melhores condições, assim diminuiria a marginalidade e o tráfico onde os adultos tivessem locais de diversão e as crianças e adolescentes tivessem apoio do Estado. A criação de novos empregos para jovens e acompanhantes de um ascendente social para esses jovens com a intenção de fazê-los

No segundo passo o assistente social pode trabalhar os funcionamentos dos ares de segurança para tentarem entender melhor o seu dia-a-dia sua vida familiar e profissional como está o andamento, por que tantas questões de salários baixo que fazem essa classe se corromperem tão fácil assim busca em um trabalho amplo o porquê e o que fazem esse tipo de funcionamento se sentir com autoridade de escolher que eles querem punir ou não, ainda existe policiais honestos mais esses acabam sendo coagido pela parte corrupta que já não aceitam mais seguir as leis. Talvez eles fossem manipulados por outros profissionais de outras áreas, como o psicólogo e o próprio assistente social os faziam.

3- FORMAÇÕES DE UM GRUPO E SUAS CARACTERÍSTICAS

O propósito é investigar como representações fílmicas da violência e da opressão simbólica evidenciam as tensões que se estabelecem no confronto entre traficantes e policiais em ações de combate ao crime nas favelas brasileiras. O Serviço Social tem como objetivo fundamental promover a capacidade, as competências sociais e desenvolvimento, sejam elas coletivas ou individuais, os policiais militares do BOPE podendo ser considerados como um grupo, pois interagem entre si e tem uma dimensão de realidade referida ao tráfico de drogas, a corrupção e até a morte de um policial nos transmite como a identidade é construída pelo papel social que cada policial desempenha isso é uma característica de um grupo funcional, onde o BOPE age a comunidade respeita por mais violento que seja sua entrada nos morros do Rio de Janeiro a sociedade compreende, porém quando se fala da policia militar percebe-se um desajuste e uma fragilidade do sistema, pois os policiais militares se sujeitam a vender ou fazer vista grossa em relação à corrupção, ou as drogas e até mesmo para dentro do batalhão, como mostra os Aspirantes no filme indo pegar o dinheiro do arrego do jogo do bicho, para melhorar as viaturas.

O conflito que a equipe selecionou foi entre o BOPE e os traficantes, a tropa de elite abusa do poder e da violência ilegal contra os traficantes e por mais odiosa que seja a tortura, é como se o crime combatesse o crime, pois os traficantes também são arbitrários, violentos e torturadores. O filme tem várias passagens nas quais o BOPE, ainda dentro da favela, interroga suspeitos violentamente espancamentos, sufocamentos e ameaças verbais a fim de obter informações para detectar criminosos. Uma das ações que poderiam ajudar na resolução desses conflitos, seria a punição dentro da lei, é claro que o policial não só pode como deve defender os direitos da sociedade, porém eles têm que exigir penas e leis rigorosas que não agridam os Direitos Humanos.

O segundo conflito foi em torno da questão da escolha entre o emprego do capitão, que estava sacrificando sua vida social x família, com a chegada de um filho ele se viu na obrigação de zelar pela vida de seu primogênito. Uma das ações que poderiam ajudar nesse conflito, seria o treinamento de mais profissionalismo Batalhão de Operações Especiais.

4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

As nossas considerações sobre o que foi desenvolvido nesta tarefa é justamente sobre o círculo vicioso que é mencionado ao longo deste trabalho mesmo o tráfico não se limitando as favelas, existe hoje uma grande concentração de crimes nas comunidades, o que as tornam rotas das ocorrências de ações e eventos violentos, esses locais passam a ser dominados por grupos que impõem aos moradores regras a serem obedecidas. A vivência social nos mostra que o profissional de Serviço Social e o Psicólogo (em conjunto) possuem uma habilidade em lidar com problemas sociais, econômicos e psicológicos, tais como tensões e conflitos.

As atividades de intervenção, rotinas que aplicam respostas aos problemas dão segurança na relação usuários e Serviço Social. A cultura, os grupos, manifestações culturais e conflitos trazem algumas consequências para as pessoas, assim como os jornais e a mídia televisionada. Topa de Elite mostra o tratamento violento do BOPE que desconhece os valores morais de uma sociedade e impõe o que julga justo, usando de abusos físicos e psíquicos, assim como os traficantes que também usam das mesmas artimanhas, trazendo opressão e medo à comunidade.

Os policiais, talvez por falta de incentivo, sejam devidos um salário que não supra as suas necessidades, seja a falta de estrutura para uma ação efetiva do policiamento, ou talvez a junção desses dois itens, não consegue se diferenciarem dos demais bandidos. Ao invés de lutarem pelos direitos e justiças sociais preferem á camuflagem, fazem o papel de bom samaritano, mas que por traz de sua farda está escondido um cidadão totalmente comparável àquele considerado o marginal. A diferença é que este bandido que é torturado pelos policiais, está de cara limpa e não esconde a sua verdadeira identidade.

Neste círculo a violência é tratada com violência e é apresentado o verdadeiro país do faz de conta, onde os policiais fingem que estão trabalhando de acordo com a lei, as autoridades fingem que acreditam e a sociedade finge que outorga, pois a realidade é visível a olhos nus, e com isso, os considerados verdadeiros marginais não precisam fingir e agem de acordo com seus instintos e necessidades, deixando a mercê os conflitos sociais, que sem um auxílio confiável se torna cada vez mais conflituosos e difíceis de serem solucionados, cabendo aí à intervenção do Assistente Social que munido dos conhecimentos adquiridos e amparado pela lei terá um árduo trabalho de envolvimento e conscientização entre todas as partes envolvidas sendo possível o tão sonhado êxito nas resoluções desses conflitos sociais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DENTILLO, D.B. Nas diferenças e igualdades: linhas tênues separam humanos e animais. ComCiência, n. 134. Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=73&id=910, Acesso em: 20 de maio 2013.

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http://www.tropadeeliteofilme.com.br. Acesso em 15 de agosto de 2013

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-71822008000300018&script=sci_arttext. Acesso em: 20 de agosto de 2013.

MAIORGA, C. Psicologia Social sobre desigualdade e enfrentamentos. Editora Juruá, 2009

MARTINS, S.T. F. Processo grupal e a questão do poder em Martín-Baró. Psicologia & Sociedade. v. 15, n. 1, p. 201-217, 2003, Disponível em: http//www.scielo.br/pdf/psoc/v15n1/v15n1a11.pdf. Acesso em 20 de maio de 2013.

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